As ações da BP PLC (NYSE:BP) negociadas em Nova York recuavam mais de 2% na terça-feira, 29 de abril de 2025, depois que reportou lucro líquido subjacente de US$ 1,38 bilhão no primeiro trimestre de 2025, queda de 48% em relação aos US$ 2,7 bilhões do ano anterior e abaixo das expectativas de US$ 1,53 bilhão. A BP PLC também é negociada na B3 através da BDR (BOV:B1PP34).
Parte do recuo foi atribuída à fraqueza nas margens de refino e na comercialização de gás, além da queda de mais de 20% no preço do petróleo nos últimos 12 meses.
Como resposta aos resultados mais fracos, a BP cortou seu programa de recompra de ações de US$ 1,75 bilhão para US$ 750 milhões por trimestre, visando fortalecer o balanço patrimonial, cuja dívida líquida aumentou para US$ 27 bilhões. A empresa anunciou dividendo de 8 centavos por ação.
O CEO Murray Auchincloss enfrenta pressão crescente do fundo ativista Elliott Management, que detém mais de 5% da BP. A Elliott exige fluxos de caixa mais robustos, corte de mais de US$ 6 bilhões em custos e aceleração das metas de retorno, mirando US$ 20 bilhões em fluxo de caixa anual até 2027, acima dos US$ 14 bilhões projetados pela gestão.
Dentro do plano de reestruturação, a BP confirmou a saída da chefe de estratégia Giulia Chierchia, marcada para 1º de junho. A saída reflete o reposicionamento da companhia, que diminuiu investimentos em energia renovável para focar novamente em petróleo e gás. A BP também anunciou que pretende desinvestir ativos no valor de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões em 2025.
No operacional, a BP obteve resultados mistos. A confiabilidade da planta upstream alcançou 95,4% e a disponibilidade das refinarias foi de 96,2%, ambas no primeiro trimestre. Contudo, o fluxo de caixa operacional despencou para US$ 2,8 bilhões, afetado por sazonalidades, pagamentos de bônus e aumento do capital de giro.
A pressão de investidores também se refletiu na assembleia geral anual, quando 24% dos acionistas votaram contra a reeleição do presidente Helge Lund, antecipando sua saída em 2026.
Auchincloss reafirmou o compromisso com crescimento orgânico. Ele ressaltou que a BP iniciou três grandes projetos no trimestre, realizou seis descobertas exploratórias e promete manter investimentos anuais entre US$ 13 bilhões e US$ 15 bilhões até 2027, buscando se posicionar melhor frente a Exxon, Chevron e Shell.
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