O HSBC Holdings Plc (NYSE:HSBC) informou que pode registrar um prejuízo antes de impostos de até US$ 1,6 bilhão devido à recapitalização do Bank of Communications Co. pelo governo chinês. A participação do banco britânico será reduzida de 19% para 16%, sem afetar seus índices de capital, conforme explicado pela CFO Pam Kaur.

O prejuízo decorre da decisão do Ministério das Finanças da China de injetar US$ 69 bilhões em quatro grandes bancos estatais, incluindo o BoCom, para reforçar o setor diante da crise imobiliária. O BoCom reportou crescimento de 0,9% no lucro anual com redução na inadimplência.

O CEO Georges Elhedery reafirmou a satisfação do HSBC com sua parceria com o BoCom, destacando que a recapitalização fortalecerá o índice CET1 do banco chinês e aumentará sua capacidade competitiva no mercado. O HSBC permanece comprometido com suas operações na Ásia, onde gera a maior parte da receita.

Apesar das tensões geopolíticas, o HSBC divulgou um lucro antes dos impostos de US$ 9,48 bilhões no primeiro trimestre, superando as expectativas do mercado. O banco também anunciou uma nova recompra de ações no valor de US$ 3 bilhões, ampliando o programa anterior em US$ 1 bilhão para reforçar a confiança dos investidores.

O HSBC afirmou que, mesmo diante de tarifas comerciais mais altas entre EUA e China, o impacto em sua receita será modesto, de um dígito percentual baixo, com perdas de crédito esperadas em torno de US$ 500 milhões. A instituição manteve a meta de retorno sobre o patrimônio tangível de aproximadamente 15%.

A performance positiva no trimestre foi elevadas pelas divisões de gestão de patrimônio, câmbio e operações em Hong Kong. Embora as ações tenham caído quase 25% no início do ano em meio a tensões tarifárias, elas se recuperaram parcialmente após os resultados e o anúncio de realocação de recursos em unidades de maior retorno. O HSBC Holdings Plc também é negociado na B3 através da BDR (BOV:H1SB34).

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