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Às 10h43, o índice Bovespa (BOV:IBOV) avançava forte, +1,31%, a 139.951,26 pontos.
O resultado abaixo do esperado do IPCA-15 de maio (0,36% frente a projeção de 0,44%) reforça a tese de desaceleração da inflação no Brasil e pode ter impactos variados entre os setores do mercado.
Reagem positivamente: o mercado de renda fixa, pela maior expectativa de corte na Selic; o setor de varejo e construção civil, que se beneficia com juros mais baixos; e o mercado de bolsa, em geral, pela atratividade dos ativos de risco.
Por outro lado, podem reagir negativamente setores ligados ao câmbio, como exportadoras e commodities, caso a perspectiva de corte de juros pressione o real. Além disso, bancos também podem ver margens pressionadas com juros mais baixos por mais tempo.
Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq
Os principais índices dos Estados Unidos abriram em forte alta nesta terça-feira, 27 de maio de 2025, impulsionados pela decisão do presidente Donald Trump de adiar até 9 de julho a implementação das tarifas de 50% sobre produtos importados da União Europeia, inicialmente previstas para junho.
Ás 10h34 (horário de Brasília), o Dow Jones (DOWI:DJI) subia 342,72 pontos, ou 0,82%. O S&P 500 avançava 59,33 pontos, ou 1,02%, enquanto o Nasdaq ganhava 249,68 pontos, ou 1,33%. A taxa de retorno dos títulos do Tesouro de 10 anos recuava para 4,477%.
Trump anunciou a extensão após conversa com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, indicando abertura para negociações rápidas entre as duas partes. Os mercados respiraram aliviados, com os índices dos EUA vindo de perdas superiores a 2% na semana anterior.
Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, sinalizou a possibilidade de novos acordos comerciais serem anunciados nos próximos dias, mencionando especificamente a proximidade de um acordo comercial com a Índia.
Investidores também aguardam com atenção os próximos resultados corporativos, especialmente os da Okta, previstos para hoje após o fechamento.
Na semana, os balanços da Nvidia (NASDAQ:NVDA) (BOV:NVDC34), Macy’s (NYSE:M) (BOV:MACY34) e Costco (NASDAQ:COST) (BOV:COWC34), são esperados com expectativa positiva após cerca de 78% das empresas do S&P 500 superarem previsões anteriores.
Entre outros destaques corporativos de hoje, a Tesla avançava 2,4% em verificação feita durante o pré-mercado. Agradou investidores a promessa de Elon Musk de dedicar mais atenção à fabricante, apesar das vendas europeias em abril registrarem queda de 49% em abril.
As ações fecharam em baixa de 0,5% na sexta-feira depois que a BYD reduziu os preços de vários de seus modelos. As ações da Newmont (NYSE:NEM) recuavam 2,4%, à medida que o preço do ouro recuava refletindo o adiamento das tarifas contra a União Europeia.
Apple (NASDAQ:AAPL) subia 1,6% após cair 3,0% na sexta-feira (mercado estava fechado na segunda-feira), devido à ameaça de tarifas de 25% sobre iPhones importados, com exigência de fabricação nos EUA. Mais tarde, Trump estendeu a ameaça à Samsung, equilibrando as condições comerciais do mercado americano de smartphones.
A Boeing avançava 1,3% com o acordo provisório de US$ 1,1 bilhão para evitar processo pelos acidentes do 737 MAX.
FTSE 100
As ações britânicas estão sendo impulsionadas pelo alívio nos temores comerciais, na qual a decisão, feita após apelo da UE, reaqueceu o apetite por risco nos mercados.
O FTSE 100 subia 0,75%, alcançando 8.783,29 pontos. Entre os destaques positivos estavam IAG (LSE:IAG) (+4,7%), Melrose Industries (LSE:MRO) (+4,2%) e BAE Systems (LSE:BA.) (+3,2%). JD Sports (LSE:JD.), Rolls-Royce (LSE:RR.) e GSK (LSE:GSK) avançaram entre 1,4% e 2,5%. Em contrapartida, a Endeavour Mining (LSE:EDV) e Fresnillo (LSE:FRES) lideraram as quedas.
Os dados econômicos do Reino Unido trouxeram preocupação. O índice de vendas no varejo da CBI despencou para -27 em maio, contra -8 em abril, mostrando uma desaceleração no consumo. As expectativas para junho pioraram ainda mais, com projeção de queda de -37%, o pior resultado desde fevereiro de 2024.
DAX
As ações alemãs também subiam forte, também impulsionadas pela suspensão das tarifas dos EUA sobre a União Europeia e pelos sinais de recuperação na confiança do consumidor.
O índice DAX subia 0,60%, atingindo 24.170,92 pontos, próximo de um recorde histórico, com os setores de tecnologia, defesa e indústria em destaque.
Papéis como Infineon (TG:IFX), Rheinmetall (RHM) e Siemens Energy (TG:SIE) avançavam de forma notável, refletindo otimismo com o cenário macroeconômico e preocupações geopolíticas, incluindo novas ameaças de sanções à Rússia. Apesar da queda de 3,3% nas vendas de carros na Alemanha até abril, as montadoras BMW (TG:BMW) e Mercedes Benz (TG:MBG) ambas marcavam alta de cerca de 0,3%.
O sentimento do consumidor alemão melhorou pelo terceiro mês consecutivo, com o índice GfK subindo para -19,9. Embora as vendas de veículos tenham recuado no acumulado do ano, houve recuperação em abril (+1,3% frente a março).
CAC
As ações francesas subiam mais modestamente, impulsionadas por dados de inflação abaixo do esperado. O índice CAC 40 avançava 0,08%, para 7.832,31 pontos, com ganhos liderados por STMicroElectronics (+2,7%), Stellantis (+2%) e outras blue chips industriais e de tecnologia.
O mercado opera em faixa estreita, preocupado com o crescimento global, limitado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, além do impasse nas negociações nucleares do Irã. Ações da Veolia (EU:VIE), Renault (EU:RNO) e Orange (EU:ORA) registraram leve queda.
Dados preliminares mostram que a inflação ao consumidor na França caiu para 0,7% em maio, menor nível desde fevereiro de 2021. No mês, os preços recuaram 0,1%. A inflação harmonizada pela UE desacelerou para 0,6%. No setor automotivo, as vendas caíram 7,3% na França no acumulado do ano, apesar da leve recuperação em abril.
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