A Eli Lilly (NYSE:LLY) reportou receita de US$ 12,73 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 45% sobre o ano anterior, impulsionada principalmente pelas vendas dos medicamentos Mounjaro e Zepbound. Só nos Estados Unidos, a receita cresceu 49%, com o volume aumentando 57% graças à forte demanda por esses tratamentos.

O lucro líquido da farmacêutica foi de US$ 2,76 bilhões, ou US$ 3,06 por ação, representando crescimento de 23% na comparação anual. Em termos ajustados, o lucro por ação subiu 29%, atingindo US$ 3,34, acima dos US$ 3,02 esperados por analistas. As vendas também superaram levemente as estimativas, que projetavam US$ 12,67 bilhões.

Zepbound arrecadou US$ 2,31 bilhões no trimestre, um salto de mais de 340% em relação ao ano anterior. O Mounjaro teve receita de US$ 3,84 bilhões, alta de 113%.

Apesar dos bons resultados, a empresa reduziu a projeção de lucro anual para US$ 20,78 a US$ 22,28 por ação, frente à estimativa anterior de US$ 22,50 a US$ 24. A revisão se deve a um encargo de US$ 1,57 bilhão, relacionado à aquisição de um tratamento oral contra câncer da Scorpion Therapeutics.

A orientação de receita anual foi mantida entre US$ 58 bilhões e US$ 61 bilhões, com o CFO destacando que o ponto médio implica crescimento de 32%. A estimativa considera as tarifas em vigor nos EUA, mas não inclui potenciais impostos adicionais sobre importações farmacêuticas propostos pelo governo Trump.

O CEO David Ricks reforçou que a empresa está acelerando investimentos em produção doméstica para atender à demanda e mitigar impactos tarifários. Segundo ele, a Lilly defende uma alíquota permanente de 15% para a fabricação local, como incentivo à repatriação de cadeias produtivas.

Apesar do avanço da rival Novo Nordisk, que fechou acordo com a CVS para priorizar o Wegovy, Ricks afirmou que o Zepbound é superior em eficácia e tolerabilidade.

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