O Ibovespa encerrou em alta nesta quinta-feira, em sessão de fechamento dos vértices da curva de juros, com dados de vendas no varejo abaixo do consenso na base mensal em março, que apoiam leitura de proximidade do fim do ciclo de alta de juros no Brasil. Treasuries yields encerraram em queda, em meio à deflação na leitura de preços ao produtor dos Estados Unidos em abril, abrindo espaço para precificação de cortes de juros pelo Federal Reserve este ano.
O Índice Bovespa fechou com avanço de 0,66%, aos 139.334 pontos. O volume de negociação desta quarta foi de R$ 25,1bilhões, levemente acima da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$18,1 bilhões.
Os vértices longos da curva de juros encerraram sem direção definida, com cauda curta avançando até 2,0 pontos-base, revertendo queda inicial, com investidores repercutindo cenário fiscal local, em meio a notícias de possíveis novas medidas do governo para aquecer a economia e recuperar popularidade. A cauda longa recuou até 13 pontos-base, na esteira de leilão mais enxuto pelo Tesouro Nacional.
O leilão de títulos pré-fixados (NTN-F e LTN) mais enxuto do Tesouro, que teve colocação parcial. O Tesouro vendeu 4,86 milhões de 6 milhões LTNs e 310 mil de 600 mil LTNs. A efeito de comparação, na semana passada houve venda integral de 19 milhões de LTNs e 3 milhões de NTN-Fs.
Ao fim do dia, o dólar futuro operava em alta de 0,72%, cotado a R$5,704, enquanto o índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, operava em queda de 0,20%, aos 100,8 pontos.
A seara política voltou a ganhar os holofotes entre os investidores e gerar volatilidade no mercado, à medida que presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta de viagem à China com uma agenda de ações para tentar recuperar a popularidade do seu governo, abalada pelo escândalo do INSS.
De acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, o governo estuda implementar uma série de medidas com o objetivo de impulsionar a popularidade do presidente nos próximos meses. As ações estariam sendo avaliadas como parte de uma estratégia para melhorar a percepção pública do governo.
Entre as propostas em análise estão a criação de um novo Vale Gás, uma linha de crédito específica para entregadores por aplicativo e um programa do Ministério da Saúde que permitiria o uso da estrutura de hospitais particulares para a realização de cirurgias do SUS. Também estão sendo discutidas uma linha de financiamento para reformas de imóveis e uma proposta para equiparar os benefícios de motoristas de aplicativo aos concedidos a taxistas.
Posteriormente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o governo prepara apenas medidas pontuais com foco no cumprimento da meta fiscal, descartando um novo pacote de projetos. Ele negou que esteja em estudo um aumento do Bolsa Família, conforme coluna do consultor político Thomas Traumann na Veja, ontem.
Segundo Haddad, todas as ações serão voltadas ao atingimento da meta fiscal por meio de receitas e o governo só anunciará as medidas após autorização do presidente Lula. Haddad reforçou que qualquer medida relacionada ao Vale Gás, por exemplo, deve estar prevista no orçamento e seguir as regras do arcabouço fiscal.
Entre indicadores econômicos, operadores reagem aos dados do volume de vendas do comércio varejista, que cresceu 0,8%, em março, na base mensal, levemente abaixo das expectativas do mercado, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista caiu 1,0% na base anual. O acumulado no ano foi de 1,2%.
De acordo com o IBGE, em março na série com ajuste sazonal, seis das oito atividades pesquisadas apresentaram alta, com destaque para Livros, jornais, revistas e papelaria (28,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%).
No âmbito corporativo, destaque para a Eletrobras, que reportou prejuízo líquido de R$354 milhões no 1T25, revertendo o lucro no mesmo período em 2024. O EBITDA regulatório da empresa totalizou R$5,49 bilhões, declínio de 3,7% ano a ano. O desempenho, segundo a Eletrobras, foi impactado pela re-mensuração de ativos de transmissão da Chesf e pelos maiores custos com energia comprada para revenda.
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Para os analistas da Genial Investimentos, a Eletrobras apresentou “pequena derrapada” no primeiro trimestre, com resultados abaixo das estimativas. A XP avaliou o primeiro trimestre como “fraco”, com EBITDA ajustado 7,5% abaixo das estimativas, alertando que pode gerar uma reação negativa do mercado.
Por outro lado, os analistas da XP destacaram pontos positivos da Eletrobras, como o avanço na contratação de energia, a redução de custos operacionais (OPEX) e despesas PMSO abaixo do esperado, além de diminuição de passivos relacionados a empréstimos compulsórios.
Operadores ainda reagiram a balanços incluindo Gol, JHSF, Trisul, Ser Educacional, Dasa, Tupy, Allos, Americanas, Casas Bahia, Equatorial e entre outros, que reportaram entre a noite de ontem e a manhã de hoje.
Investidores também calibram expectativas para os resultados do primeiro trimestre de Banco do Brasil, Méliuz, Ambipar, BRF, Cyrela, Eztec, Cosan, CPFL, Marfrig e entre outros, que serão divulgados após o encerramento do pregão.
Entre as ações, as maiores contribuidoras do Índice Bovespa foram as PN do Itaú, as ON da Vale e da Sabesp, subiram 1,34%, 1,00% e 1,66%, respectivamente.
Entre destaques nas altas percentuais do Ibovespa, figuravam as ON da Yduqs, da BRF e da Vivara, que avançaram 6,82%, 4,78% e 4,68%, na sequência.
Na ponta negativa, destaque para as ON da CVC, as PN da Azul e as ON da IRB Brasil, que recuaram 6,72%, 5,00% e 3,37%, na mesma ordem.
Os futuros do petróleo Brent operavam em queda de 2,13%, aos US$64,68 por barril, devido às expectativas de um acordo nuclear entre EUA e Irã, que pode resultar no alívio das sanções e na liberação de mais barris no mercado global.
Trump disse hoje que os EUA estão “muito perto” de entendimento com o Irã. Em entrevista à NBC News, ontem, um assessor do Líder Supremo do Irã, Aiatolá Al Khamenei, disse que o país aceitaria um acordo emo troca da retirada de sanções econômicas.
No minério de ferro, os futuros na Bolsa de Dalian subiram 1,17%, registrando a quarta alta consecutiva, após o avanço das negociações tarifárias entre China e Estados Unidos.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/05/2025 | 0,05% | 135.133,88 | R$ 24,2 bilhões |
05/05/2025 | -1,22% | 133.491,23 | R$ 21,5 bilhões |
06/05/2025 | 0,02% | 133.515,82 | R$ 22,0 bilhões |
07/05/2025 | -0,09% | 133.397,52 | R$ 19,5 bilhões |
08/05/2025 | 2,12% | 136.231,90 | R$ 34,6 bilhões |
09/05/2025 | 0,21% | 136.511,88 | R$ 29,4 bilhões |
12/05/2025 | 0,04% | 136.563,18 | R$ 24,4 bilhões |
13/05/2025 | 1,76% | 138.963,11 | R$ 27,5 bilhões |
14/05/2025 | -0,39% | 138.422,84 | R$ 24,1 bilhões |
15/05/2025 | 0,66% | 139.334,38 | R$ 25,1 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Allos (ALLOS3)
A Allos teve lucro de R$ 242,1 milhões no primeiro trimestre, alta de 304% na comparação anual, apoiado no melhor desempenho operacional da companhia durante o período e sem impactos dos efeitos contábeis da fusão da Aliansce Sonae e BR Malls. Saiba mais…
Americanas (AMER3)
A Americanas, varejista em recuperação judicial, registrou um prejuízo líquido de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), revertendo lucro de R$ 453 milhões do mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Banco Bmg (BMGB4)
O Banco BMG obteve lucro líquido recorrente de R$ 115 milhões no primeiro trimestre de 2025, representando um avanço de 21,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Casas Bahia (BHIA3)
O Grupo Casas Bahia registrou prejuízo líquido de R$ 408 milhões, resultado 56,3% pior do que os R$ 261 milhões negativos registrados em igual trimestre do ano anterior. Saiba mais…
Copasa (CSMG3)
A Copasa reportou um lucro líquido de R$ 428,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 21,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o resultado foi de R$ 351,6 milhões. O desempenho foi impulsionado pelo aumento da receita líquida, que totalizou R$ 1,86 bilhão, alta de 10,2% na comparação com o 1T24 (R$ 1,69 bilhão). Saiba mais…
Dasa (DASA3)
A Dasa, empresa de medicina diagnóstica, reportou prejuízo líquido de R$ 111 milhões no primeiro trimestre de 2025. A companhia reduziu a cifra negativa registrada um ano antes, de R$ 176 milhões. Saiba mais…
Eletrobras (ELET3)
A Eletrobras apresentou prejuízo líquido de R$ 354 milhões no primeiro trimestre, revertendo o lucro de R$ 331 milhões apurado no mesmo período em 2024, conforme balanço da companhia de energia. Saiba mais…
A Eletrobras, em conjunto com sua subsidiária Eletronorte, anunciou o fechamento parcial da venda de cinco usinas termelétricas ao grupo J&F S.A., sucessor da Âmbar Energia no acordo. A transação, que inclui a transferência total de ativos e direitos, garantiu à companhia um montante de R$ 2,9 bilhões, referente ao pagamento pelos ativos e à liberação de depósitos em garantia vinculados aos contratos de fornecimento de gás. Saiba mais…
Eneva (ENEV3)
A Eneva teve lucro líquido de R$ 384,4 milhões no primeiro trimestre. Dessa forma, reverte o prejuízo de R$ 60,9 milhões do primeiro trimestre de 2024 (1T24). Saiba mais…
Equatorial (EQTL3)
A Equatorial teve lucro líquido ajustado de R$ 411 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 16,4% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Saiba mais…
Even (EVEN3)
A Even concluiu por meio de sua subsidiária Even SP 121, a venda do Hotel Faena São Paulo, integrante do empreendimento Condomínio Diogo Moreira 250.
Fleury (FLRY3)
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra pelo Fleury da totalidade do laboratório Confiance Medicina Diagnóstica. Saiba mais…
Gol (GOLL4)
A Gol reportou lucro líquido de R$ 1,376 bilhão no primeiro trimestre de 2025 (1T25), montante 63,7% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2024. Saiba mais…
JHSF (JHSF3)
A JHSF, holding de negócios de luxo, teve lucro líquido consolidado de R$ 340 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 139% em relação ao mesmo período de 2024. Saiba mais…
Light (LIGT3)
A Light reportou lucro líquido de R$ 419 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 357 milhões anotado um ano antes. Saiba mais…
Log-In (LOGN3)
A Log-In apresentou forte crescimento no primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 26,5 milhões, aumento expressivo de 219,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A receita operacional líquida totalizou R$ 683,8 milhões, crescimento de 10,4%. Saiba mais…
Mahle Metal Leve (LEVE3)
A Mahle Metal Leve teve lucro líquido no primeiro trimestre de 2025 (1T25) de R$ 158,8 milhões, queda de 20,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2024 (1T24).
Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3)
Minerva e Marfrig atingiram 100% de conformidade nas auditorias do Ministério Público Federal (MPF) sobre a origem do gado abatido ou exportado na Amazônia Legal. Saiba mais…
Moura Dubeux (MDNE3)
A Moura Dubeux reportou lucro líquido de R$ 70,4 milhões, aumento de 67% em relação ao 1T24 e de 56,5% em relação ao 4T24.
Oi (OIBR3/OIBR4)
A Oi, em recuperação judicial, apresentou lucro líquido de R$ 1,67 bilhão no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 2,78 bilhões registrado em igual período de 2024. Saiba mais…
Positivo (POSI3)
A Positivo registrou prejuízo de R$ 13,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo o lucro líquido de um ano antes no valor de R$ 64 milhões. Saiba mais…
Qualicorp (QUAL3)
A Qualicorp registrou lucro líquido ajustado de R$ 14,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 23,6% ante o mesmo período de 2024. Sem considerar os ajustes e itens não recorrentes, o lucro líquido consolidado foi de R$ 15,9 milhões, redução de 14% frente na mesma base de comparação. Saiba mais…
Serena Energia (SRNA3)
A Serena Energia apresentou prejuízo líquido de R$ 155,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 135,5 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, o lucro líquido ajustado do trimestre atingiu R$ 176,5 milhões, valor R$ 72 milhões inferior ao do primeiro trimestre de 2024. Saiba mais…
Ser Educacional (SEER3)
A Ser Educacional reportou lucro líquido ajustado de R$ 43,6 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 17,5 milhões registrado um ano antes. Com ajustes, o lucro foi de R$ 51,8 milhões de janeiro a março, ante prejuízo de R$ 2,8 milhões do primeiro trimestre do ano passado. Saiba mais…
Trisul (TRIS3)
A Trisul reportou lucro líquido de R$ 41,2 milhões no primeiro trimestre, representando um crescimento de 35,6% em comparação ao mesmo período de 2024. Apesar da queda de 10,2% na receita líquida, que totalizou R$ 272 milhões, a empresa conseguiu ampliar sua margem bruta em 7,9 pontos percentuais, atingindo 32,6%. Saiba mais…
Tupy (TUPY3)
A Tupy registrou prejuízo líquido de R$ 12 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 112 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
A Tupy informou que sua subsidiária MWM firmou contrato com o Departamento Hidroviário da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) para o fornecimento de motores marítimos.
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