O Ibovespa encerrou em leve queda nesta sexta-feira, apagando boa parte das perdas no final do pregão, e encerrando a semana em firme alta. O período foi marcado pela renovação da máxima recorde de fechamento e intradiária do índice, na esteira de um maior apetite ao risco global após alívio tarifário anunciado entre Estados Unidos e China, bem como olhares mais favoráveis para os mercados emergentes.
O Índice Bovespa fechou com queda de 0,11%, aos 139.187 Pontos, com BB entre destaques negativos, após divulgação de resultados, e Marfrig na ponta positiva, com anúncio de proposta de incorporação da BRF. Desde segunda-feira o Ibovespa acumulou alta de 1,96%. O volume de negociação desta quarta foi de R$22,5 bilhões, levemente acima da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$18,1 bilhões.
Os vértices longos da curva de juros encerraram sem direção definida, com cauda curta e média recuando até 14 pontos-base, enquanto a longa avançou até 1,0 pontos-base.
Ao fim do dia, o dólar futuro operava em queda de 0,31%, cotado a R$5,686, enquanto o índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, operava em alta de 0,29%, aos 101,10 pontos. Em termos semanais, o dólar futuro caminha para encerrar com ligeira alta de 0,2%.
Para o estrategista do Bank of America, Michael Hartnett, as ações de emergentes terão performance superior a outros ativos no próximo bull market. De acordo com ele, “nada funcionará melhor que ações de emergentes”, com enfraquecimento do dólar e uma recuperação da China como impulsionadores para mercados emergentes. No ano, o índice MSCI para emergentes ex-China sobe 7%.
Com uma agenda de indicadores econômicos esvaziada na sessão de hoje a nível local, destaques corporativos ganharam os holofotes entre os investidores, em meio à incorporação da BRF pela Marfrig, e resultado significativamente abaixo do consenso do Banco do Brasil no primeiro trimestre.
A Marfrig anunciou fusão com a BRF, em transação avaliada como positiva por analistas, embora com viés mais favorável à Marfrig em um primeiro momento, de acordo com XP e BTG, enquanto termos de troca não favoreceram os papéis da BRF.
Juntas, ambas formarão a MBRF, buscando se tornar potência global do setor de proteínas, em transação avaliada como de “muito mérito” pelo BTG. As empresas esperam capturar sinergias de R$805 milhões ao ano em integração de cadeias de oferta, consolidação logística e operações comerciais, além de potencial impacto positivo de otimização tributária com valor presente líquido de R$3 bilhões, a ser capturado majoritariamente nos primeiro três anos.
Também estava no radar dos frigoríficos anúncio do Ministério da Agricultura sobre registro de caso de influenza aviária no Rio Grande do Sul, o que levou a China e União Europeia a suspender compras de frango do Brasil.
Na temporada de balanços, o destaque ficou com Banco do Brasil, que reportou queda de 20,7% no lucro líquido ajustado ante o mesmo período do ano passado, em números 20% abaixo dos consensos. Bradesco BBI e Genial cortaram recomendação das ações para “neutra”, por considerarem o balanço fraco.
Foi o primeiro recuo dos números do BB após 16 trimestres consecutivos de crescimento anual, e as ações operavam perto de máximas. A queda ainda veio na contramão do setor – o BB foi o único dos quatro grandes bancos a apresentar uma retração em seus lucros no 1T25.
A rentabilidade (ROE) do BB ficou em 16,7%, uma forte queda de 498 pontos-base ano a ano. O BB afirmou que inadimplência da carteira de agronegócios acima do esperado e a vigência das novas regras contábeis com a resolução 4.966/21, que os bancos brasileiros passaram a seguir este ano, implicaram em um cenário de maior incerteza, e também cortou projeções para o ano, incluindo de lucros.
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As ações do Banco do Brasil registraram um volume de negócios de R$3,8 bilhões, o maior para um dia de negociações desde o IPO da companhia e a pior queda percentual diária desde abril de 2020.
Operadores ainda reagem a balanços incluindo Méliuz, Ambipar, Cyrela, Eztec, Cosan, CPFL, entre outros, que reportaram entre a noite de ontem e a manhã de hoje.
No cenário político, com o risco fiscal de volta ao radar, depois de notícias sobre possíveis novos programas do governo em busca de popularidade, operadores monitoravam possível anúncio de bloqueio de recursos em 22 de maio. Segundo a Folha, área econômica quer garantir que, nas discussões finais, o contingenciamento e o bloqueio nos gastos não fiquem abaixo do piso de R$10 bilhões para não comprometer o plano de voo para o cumprimento da meta fiscal de déficit zero.
Entre as ações, as maiores detratoras do Índice Bovespa foram as ON do Banco do Brasil, da Embraer e as Units do BTG Pactual, recuaram 12,69%, 1,57% e 1,41%, respectivamente.
Entre destaques nas quedas percentuais do Ibovespa, figuravam as ON do Banco do Brasil, da Yduqs e as PN da Azul, que cederam 12,69%, 3,63% e 2,63%, na sequência.
Na ponta positiva, destaque para as ON da Marfrig, da Petz e da CVC, que avançaram 21,35%, 7,18% e 5,86%, na mesma ordem.
Os futuros do petróleo Brent operavam em alta de 1,13%, aos US$65,26 por barril, caminhando para registrar o segundo ganho semanal consecutivo devido ao alívio das tensões comerciais entre EUA e China, embora os ganhos tenham sido contidos pelas expectativas de maior oferta do Irã e da Opep+.
Os futuros do minério de ferro caíram 0,95% na última madrugada em Dalian devido a sinais de desaquecimento da demanda de curto prazo e à cautela em relação à resolução da guerra tarifária entre China e EUA, embora a trégua comercial entre os países tenha mantido os preços no caminho para um ganho semanal.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/05/2025 | 0,05% | 135.133,88 | R$ 24,2 bilhões |
05/05/2025 | -1,22% | 133.491,23 | R$ 21,5 bilhões |
06/05/2025 | 0,02% | 133.515,82 | R$ 22,0 bilhões |
07/05/2025 | -0,09% | 133.397,52 | R$ 19,5 bilhões |
08/05/2025 | 2,12% | 136.231,90 | R$ 34,6 bilhões |
09/05/2025 | 0,21% | 136.511,88 | R$ 29,4 bilhões |
12/05/2025 | 0,04% | 136.563,18 | R$ 24,4 bilhões |
13/05/2025 | 1,76% | 138.963,11 | R$ 27,5 bilhões |
14/05/2025 | -0,39% | 138.422,84 | R$ 24,1 bilhões |
15/05/2025 | 0,66% | 139.334,38 | R$ 25,1 bilhões |
16/05/2025 | -0,11% | 139.187,39 | R$ 29,2 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Ambipar (AMBP3)
A Ambipar registrou prejuízo líquido de R$ 165,8 milhões, embora tenha reduzido as perdas em 18% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado de R$ 7,37 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25). O resultado veio abaixo da expectativa de R$ 9,32 bilhões do consenso da LSEG. Saiba mais…
O Conselho de Administração do Banco do Brasil nomeou, Anelize Lenzi Ruas de Almeida como presidente e Elisa Vieira Leonel como vice-presidente do colegiado para o mandato 2025-2027. Saiba mais…
BRF (BRFS3)
A BRF registrou no primeiro trimestre de 2025 lucro líquido de R$ 1,18 bilhão. A alta foi de 99,6% em comparação ao lucro líquido de R$ 594 milhões em igual intervalo de 2024, explicado principalmente, “pelo resultado operacional, com destaque para o crescimento anual da receita em 16% e níveis saudáveis de rentabilidade em todos os segmentos de negócios, e pela redução das despesas financeiras líquidas em relação ao ano anterior”. Saiba mais…
Cosan (CSAN3)
A Cosan reportou prejuízo líquido de R$ 1,788 bilhão no primeiro trimestre de 2025, frente a um resultado negativo de R$ 192 milhões no mesmo período de 2024. A empresa afirma que o prejuízo foi reflexo da menor contribuição dos negócios via equivalência patrimonial. Saiba mais…
CPFL (CPFE3)
A CPFL Energia teve um lucro líquido de R$ 1,62 bilhão no primeiro trimestre deste ano, queda de 8% na comparação anual segundo relatório publicado pela companhia. Saiba mais…
Cruzeiro do Sul (CSED3)
A Cruzeiro do Sul Educacional registrou lucro líquido ajustado no 1T25 de R$ 86,4 milhões, 98,1% maior que no 1T24.
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela Brazil Realty apresentou lucro líquido de R$ 328 milhões no primeiro trimestre de 2025, aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2024, de acordo com balanço. Saiba mais…
Even (EVEN3)
A Even informou que seu Conselho de Administração aprovou a criação de um Programa de Recompra de até 3 milhões de ações ordinárias. O volume representa aproximadamente 1,59% das ações da companhia em circulação no mercado. Saiba mais…
Gafisa (GFSA3)
A Gafisa reportou um lucro líquido de R$ 21,1 milhões no primeiro trimestre do ano (1T25), resultado 6,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O desempenho positivo foi alcançado mesmo com uma retração de 10,6% na receita líquida, que totalizou R$ 226,8 milhões entre janeiro e março. Saiba mais…
Gol (GOLL4)
A companhia aérea Gol anunciou que assegurou financiamento de US$ 1,9 bilhão junto a credores e investidores para poder deixar o processo de recuperação judicial iniciado nos Estados Unidos no ano passado. Saiba mais…
Marfrig (MRFG3)
A Marfrig Global Foods encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 88 milhões, alta de 40,3% ante os R$ 63 milhões de igual período de 2024, informou a companhia. Saiba mais…
Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
A Marfrig anunciou uma proposta de incorporação da totalidade das ações de emissão da BRF ainda não detidas pela companhia. Saiba mais…
Marisa (AMAR3)
A Marisa Lojas teve lucro líquido consolidado de R$ 2,4 milhões nos primeiros três meses do ano, revertendo o prejuízo de R$ 148,3 milhões sofrido no mesmo período de 2024, em mais um resultado do plano de reposicionamento da marca e da reestruturação da companhia, que assegurou expansão de receitas e margens no período, com melhora na linha de despesas. Saiba mais…
Méliuz (CASH3)
A Méliuz registrou lucro líquido de R$ 10 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
A Méliuz anuncia a aquisição de US$28,4 milhões em bitcoin, no que chamou de seu “primeiro ato como uma bitcoin treasury company”, após acionistas aprovarem uma alteração do objeto social da companhia para contemplar a possibilidade de investimentos na criptomoeda como parte de sua estratégia de negócios. Saiba mais…
Oncoclínicas (ONCO3)
A Oncoclínicas encerrou o primeiro trimestre (1T25) com um prejuízo líquido de R$ 128 milhões, revertendo o lucro registrado no mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Ouro Fino (OFSA3)
A Ourofino Saúde Animal registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,1 milhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado representa uma queda de 76,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a companhia lucrou R$ 8,8 milhões. Saiba mais…
Orizon (ORVR3)
A Orizon Valorização de Resíduos reportou prejuízo líquido de R$ 3,557 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 30,194 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Tenda (TEND3)
A Construtora Tenda aprovou a 12ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, com garantia real e garantia fidejussória adicional, em série única, para colocação privada, no valor de R$ 180 milhões. Saiba mais…
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