O influenciador conhecido como Crypto Beast está no centro de uma controvérsia após ser acusado de orquestrar um esquema de pump-and-dump com o token ALT, que resultou em perdas superiores a US$ 187 milhões em valor de mercado em questão de minutos, segundo investigação do analista on-chain ZachXBT.

O colapso do ALT ocorreu em 14 de julho de 2025, quando seu preço caiu de US$ 0,19 para US$ 0,003, reduzindo sua capitalização de mercado de US$ 190 milhões para US$ 3 milhões.

A investigação mostrou que 45 carteiras ligadas ao influenciador despejaram coletivamente mais de US$ 11 milhões em tokens ALT durante o episódio.

A análise apontou que as carteiras envolvidas foram financiadas por um único endereço da rede Celestia, rastreado até o próprio Crypto Beast.

Ele teria promovido ativamente o token nas redes sociais dias antes da queda, atraindo milhares de investidores de varejo, e apagado as postagens após o ocorrido.

A movimentação coordenada teria começado em 7 de julho, com carteiras acumulando grandes volumes de ALT rapidamente. Após o aumento do interesse público alimentado pelas campanhas do influenciador, esses tokens foram despejados no mercado, provocando o colapso do preço em menos de uma hora.

ZachXBT também identificou que um grupo secundário de carteiras, apelidadas de “atiradores”, lucrou cerca de US$ 2,6 milhões no processo. No entanto, a maior parte da perda de valor foi provocada pelas carteiras diretamente vinculadas ao influenciador, responsável por cerca de 10% da oferta total do token.

O ALT não é uma moeda meme, mas sim o token oficial de governança do AltLayer, um projeto lançado via Binance Launchpool. A quebra afetou seriamente sua credibilidade e reacendeu críticas à influência de figuras não verificadas no mercado cripto, especialmente em projetos emergentes.

Crypto Beast negou envolvimento, chegou a divulgar sua própria versão dos fatos, e apagou sua conta após a exposição pública.

Investidores agora alertam para o risco de novos golpes e reforçam a importância de analisar fundamentos e carteiras antes de comprar ativos promovidos por influenciadores.