O Goldman Sachs reafirmou sua visão positiva para as ações da Direcional e da Cyrela, mantendo a recomendação de compra após revisar suas estimativas para o setor de construção civil, com base nos dados preliminares do segundo trimestre de 2025 (2T25).
O banco segue confiante no desempenho de ambas as construtoras, destacando o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) elevado e a capacidade de manter preços firmes nos próximos trimestres.
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Para a Direcional (BOV:DIRR3), o Goldman manteve a recomendação de compra e ajustou o preço-alvo de R$ 14,67 para R$ 15,00 em 12 meses. A nova estimativa considera o valor patrimonial líquido projetado para o 1T26 e um custo médio ponderado de capital (WACC) de 20%. O novo valor representa um prêmio de cerca de 80% sobre o NAV, refletindo o aumento nas projeções de ROE para 2026. Mesmo com reconhecimento de receita menor no trimestre, as vendas totalizaram R$ 1,7 bilhão — 14% acima do esperado. A geração de caixa no segundo semestre deve ultrapassar R$ 500 milhões, e o lucro líquido projetado para 2025 está 17% acima do consenso de mercado.
O relatório destaca riscos como alterações no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), elevação de custos e aumento da concorrência no setor.
No caso da Cyrela (BOV:CYRE3), a recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de R$ 35,00 — equivalente a um prêmio de cerca de 20% sobre o NAV projetado para o 1T26 e WACC de 19,4%. Apesar da leve revisão negativa nas estimativas de receita trimestral (queda de 6%) e na margem bruta (redução de 1 ponto percentual), o banco segue otimista, com ROE estimado em 18% para 2025. A previsão de lançamentos subiu 5%, para R$ 10,5 bilhões, embora a expectativa de vendas tenha sido ajustada para baixo, para R$ 9,4 bilhões.
Entre os riscos, o banco menciona aumento no número de cancelamentos, possível desaceleração nas vendas e deterioração do cenário econômico, com impacto sobre as margens.
Para outras construtoras, o Goldman adotou uma postura mais cautelosa. Manteve recomendação neutra para a MRV (BOV:MRVE3), com preço-alvo de R$ 6,00, refletindo os impactos do impairment de R$ 827 milhões relacionado à Resia e maior alavancagem financeira. Possíveis gatilhos positivos para o papel incluem redução mais agressiva da dívida, melhora na margem bruta e geração de caixa acima do esperado, além de um ciclo de cortes de juros mais intenso.
Já a EZTEC (BOV:EZTC3), mesmo com vendas acima das expectativas no trimestre, continua com projeções abaixo do consenso. O banco reiterou recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 14, o que representa um desconto de aproximadamente 40% sobre o NAV. A projeção reflete giro de ativos mais lento e impacto dos descontos sobre a rentabilidade.
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