A Kinder Morgan (NYSE:KMI) reportou lucro líquido de US$ 715 milhões no segundo trimestre de 2025, um avanço de 24% frente aos US$ 575 milhões de um ano antes. O lucro por ação ajustado ficou em US$ 0,28, em linha com as estimativas do mercado, sustentado pela forte performance dos segmentos de gasodutos e terminais.

A receita trimestral total subiu 13,2%, alcançando US$ 4,04 bilhões, acima dos US$ 3,88 bilhões estimados e dos US$ 3,57 bilhões registrados no mesmo período de 2024.

O segmento de gasodutos gerou EBDA (Lucro antes da Depreciação e Amortização) de US$ 1,35 bilhão, crescimento sobre os US$ 1,22 bilhão do ano anterior, puxado pelos sistemas Texas Intrastate e Tennessee. Já os terminais renderam EBDA de US$ 300 milhões, alta frente aos US$ 281 milhões, impulsionados por tarifas maiores da frota da Lei Jones.

No segmento de produtos, o EBDA caiu ligeiramente para US$ 289 milhões, afetado por preços fracos de commodities. Apesar disso, os volumes de produtos refinados e petróleo bruto cresceram 2%, enquanto o segmento CO₂ apresentou queda de EBDA para US$ 145 milhões, devido à pressão nos preços de carbono e RINs.

A empresa aumentou sua carteira de projetos em 6%, totalizando US$ 9,3 bilhões, com destaque para iniciativas voltadas à geração de energia. A Kinder Morgan transportou 44,6 bilhões de BTU/dia de gás natural, frente aos 43,1 bilhões do ano anterior, e projeta chegar a 12 bcfd até 2028.

O balanço segue saudável, com US$ 82 milhões em caixa e dívida de longo prazo de US$ 31,7 bilhões. A KMI reafirmou sua projeção de EPS ajustado de US$ 1,27 em 2025, EBITDA ajustado de US$ 8,3 bilhões e dividendos de US$ 1,17 por ação, além de prever uma alavancagem de 3,8x.

As ações KMI recuavam 1,6% em verificação feita na tarde de quinta-feira. A Kinder Morgan também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:KMIC34).