Esse é o Morning Call ADVFN, 29 de julho de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em alta. Os investidores estão à espera das decisões de política monetária do Fed e do Copom, na quarta-feira, 30. O foco dos mercados se volta para os Estados Unidos, onde será divulgado o relatório de vagas de emprego (Jolts) referente a junho. O dado pode influenciar as expectativas para o payroll de sexta-feira (1).
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam no campo positivo, com investidores atentos aos dados da Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra (JOLTS), juntamente com a leitura de julho do Conference Board sobre a confiança do consumidor.
O foco dos mercados, no entanto, segue na decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), prevista para quarta-feira, quando o banco central deve optar por manter as taxas de juros na faixa de 4,25% a 4,5%.
Balanços: a temporada de balanços segue com atenção voltada para os resultados de Boeing e Starbucks, em busca de sinais de recuperação nos negócios. Já o mercado espera uma postura mais cautelosa da Spotify, especialmente em suas projeções futuras.
Os mercados também estarão atentos a possíveis novos acordos entre os Estados Unidos e outros países, como a China, que possam ser anunciados antes do prazo final para a imposição de tarifas, na sexta-feira. Na segunda-feira, autoridades de alto escalão dos EUA e da China se reuniram em Estocolmo para mais uma rodada de negociações comerciais.
Na Europa, as bolsas operam em alta, enquanto investidores analisam uma série de balanços corporativos da região e aguardam mais detalhes do acordo comercial entre União Europeia e EUA, que deixou alguns setores de fora. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,64%, a 552,25 pontos.
Da temporada de balanços, a Philips era o maior destaque positivo, com salto de 10% em Amsterdã, após a empresa holandesa de tecnologia da saúde reduzir projeção do impacto das tarifas dos EUA em seus resultados. A franco-italiana EssilorLuxottica tinha robusta alta de 6,7% em Paris, após a maior fabricante de óculos do mundo divulgar alta no lucro operacional e receita do primeiro semestre.
A Stellantis recuava 2,4% em Milão, depois de sofrer prejuízo e queda na receita entre janeiro e junho. A montadora, porém, restabeleceu seu guidance para 2025, que havia sido cancelado em abril.
No âmbito comercial, persistem incertezas sobre o acordo comercial entre EUA e UE, que reduziu pela metade as chamadas tarifas “recíprocas” para a maioria dos produtos do bloco, para 15%, mas não contempla alguns setores, caso do de bebidas destiladas. O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha aumentou 0,7% no segundo trimestre, um pouco mais do que esperado, em uma espécie de prévia do crescimento da zona do euro, que será conhecido amanhã (30).
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, à espera de um segundo dia de negociações tarifárias entre China e EUA. O índice japonês Nikkei caiu 0,79% em Tóquio, a 40.674,55 pontos, pressionado por ações financeiras e de eletrônicos, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,66% em Seul, a 3.230,57 pontos, o Hang Seng recuou 0,15% em Hong Kong, a 25.524,45 pontos, e o Taiex registrou queda de 0,90% em Taiwan, a 23.201,52 pontos.
Na China continental, o dia foi de ganhos moderados, de 0,33% do Xangai Composto, a 3.609,71 pontos, e de 0,46% do Shenzhen Composto, a 2.222,13 pontos.
Altos funcionários dos EUA e da China vão dar continuidade hoje a uma nova rodada de discussões tarifárias em Estocolmo, na capital sueca. O secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, disse ontem que os dois lados poderão estender a atual trégua comercial por 90 dias.
Investidores também aguardam mais detalhes do pacto comercial entre EUA e União Europeia, que reduziu as chamadas tarifas recíprocas para a maioria dos produtos do bloco pela metade, para 15%, mas deixou alguns setores importantes de fora.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 67,11 (+0,60%).
O Brent é negociado a US$ 69,68 (+0,52%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 118.897,00 (+0,83%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.380,02 a onça-troy (+0,39%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,63%, a 798,00 iuanes (US$ 111,18).
Brasil:
Dívida Pública Federal dispara: impulsionada pelos juros elevados e pelo baixo volume de vencimentos de títulos, a Dívida Pública Federal (DPF) ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 7,8 trilhões. Segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional na segunda-feira (28), o estoque da dívida passou de R$ 7,67 trilhões em maio para R$ 7,883 trilhões em junho, representando uma alta mensal de 2,77%.
O montante segue abaixo das projeções estabelecidas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que estima a DPF entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões ao fim de 2025. A dívida já havia superado pela primeira vez a barreira de R$ 7 trilhões em junho de 2024.
A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi), composta por títulos emitidos no mercado doméstico, cresceu 2,99% e saltou de R$ 7,361 trilhões para R$ 7,581 trilhões. Em junho, o Tesouro emitiu R$ 161,31 bilhões em títulos, enquanto os resgates totalizaram apenas R$ 6,69 bilhões, o que resultou em uma emissão líquida de R$ 154,62 bilhões. A maior parte das emissões foi de papéis prefixados.
As instituições financeiras lideram a lista de detentores da dívida interna, com 31,3% de participação. Em seguida aparecem os fundos de pensão (23,1%) e os fundos de investimento (22,1%). A presença de investidores estrangeiros oscilou de 9,9% para 9,8% no mês, abaixo do pico recente de 11,2% registrado em novembro de 2024.
A Dívida Pública Federal é o principal instrumento usado pelo governo para captar recursos e financiar despesas. Em troca do aporte feito pelos investidores, o governo compromete-se a devolver os valores com correção monetária, que pode ser atrelada à Selic, à inflação, ao câmbio ou a uma taxa prefixada. O prazo médio da DPF teve uma redução, de 4,20 para 4,14 anos. Prazos mais longos indicam maior confiança dos investidores na capacidade de o governo honrar seus compromissos.
Lei Magnitsky: Criada em 2012 durante o governo de Barack Obama, a Lei Magnitsky permite aos Estados Unidos punir estrangeiros envolvidos em corrupção ou graves violações de direitos humanos. O dispositivo surgiu após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção em seu país e morreu em uma prisão de Moscou em 2009, aos 37 anos.
Inicialmente voltada para punir os responsáveis por sua morte, a legislação teve seu alcance ampliado em 2016, permitindo que qualquer pessoa ou autoridade estrangeira suspeita de corrupção ou abusos fosse alvo de sanções. A primeira aplicação fora do contexto russo ocorreu em 2017, durante o próprio governo Trump, quando três figuras da América Latina, Roberto José Rivas Reyes, da Nicarágua, Julio Antonio Juárez Ramírez, da Guatemala, e Ángela Rondón Rijo, da República Dominicana, foram punidas por corrupção e violações de direitos humanos.
Economia:.
✔️ O Banco Central informou que fará na terça-feira, das 10h30 às 10h35, leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) de até US$1 bilhão, para rolagem do vencimento de 4 de agosto. Em comunicado publicado na noite de segunda-feira, o BC disse que a taxa de câmbio a ser utilizada na venda de dólares será a do boletim Ptax das 10h da terça. As operações de venda serão liquidadas em 4 de agosto. Já a recompra de dólares pelo BC ocorrerá em 4 de novembro deste ano. Na terça-feira passada, dia 22, o BC realizou outra operação de linha para rolagem, na qual vendeu US$600 milhões. Uma semana antes, no dia 15, haviam sido vendidos US$400 milhões, também para rolagem.
✔️ Telefônica Brasil: O lucro líquido da Telefônica Brasil, dona da Vivo, cresceu 10% no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, chegando a R$ 1,344 bilhão. O resultado refletiu o faturamento maior tanto nos segmentos de telefonia e internet móvel e fixo, além de serviços de conectividade e dados para empresas.
Outro ponto positivo foi a manutenção dos custos sob controle, o que ajudou na melhoria das margens. Por outro lado, o balanço trimestral sentiu efeitos negativos do aumento das despesas financeiras, bem como da linha de amortização e depreciação.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 8,8% na mesma base de comparação anual, indo a R$ 5,933 bilhões. A margem Ebitda teve leve alta de 0,6 ponto porcentual, para 40,5%.
Já a receita operacional líquida da companhia cresceu 7,1%, totalizando R$ 14,645 bilhões. O desempenho foi puxado pelo segmento móvel, com avanço de 6,7%, enquanto o segmento fixo cresceu 8,0%. Os custos totais da operação subiram 5,9%, para R$ 8,712 bilhões. O aumento se deu pelo impacto da inflação e das maiores despesas relacionadas à atividade comercial.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa líquida de R$ 689 milhões, o que representou uma elevação de 96,1% na comparação anual. A companhia ponderou que esse crescimento refletiu, em grande parte, uma base de comparação atípica. Isso porque o segundo trimestre de 2024 teve um impacto positivo de R$ 330 milhões com a reversão de atualizações monetárias de provisões, decorrente da adesão ao Programa de Anistia do Estado de São Paulo.
A Telefônica também reportou depreciação e amortização 8,1% maior na comparação anual, chegando em R$ 3,689 bilhões. Segundo a companhia, esta linha sentiu o efeito da revisão das vidas úteis e pela depreciação acelerada de equipamentos legados.
Os investimentos no trimestre foram de R$ 2,439 bilhões, subida de 4,2% na comparação anual, e destinados principalmente à expansão da rede 5G, cuja cobertura alcançou596 municípios. Eles representaram 16,7% da receita líquida no período perante 17,1% um ano antes. O fluxo de caixa livre atingiu R$ 2,979 bilhões, recuo de 3,5% na comparação anual.
A dívida líquida total da Telefônica no fim de junho era de R$ 10,652 bilhões, recuo de 5,7% na mesma base. Sem considerar arrendamentos, a dívida foi para R$ 3,9 bilhões, aumento de 66%.
✔️ Lei Magnitsky: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja aplicar a Lei Magnitsky para sancionar três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes. A medida permitiria aos EUA impor restrições financeiras e de circulação aos magistrados, sob a justificativa de que teriam responsabilidade por violações de direitos humanos e abuso de poder. Alexandre de Moraes seria o primeiro alvo das sanções, de acordo com integrantes do governo americano. O ministro é citado pela Casa Branca por suas decisões em processos envolvendo liberdade de expressão e investigações contra aliados de Trump no Brasil. A ideia é avaliar como os demais membros do Supremo reagem após a medida, antes de ampliar as punições.
✔️ Vulcabras acelera no mercado de corrida. Com o sucesso do tênis Corre, a Vulcabras vai investir R$ 200 milhões por ano para ampliar sua produção e surfar o boom da corrida no Brasil. A linha já representa mais de 20% da receita da Olympikus — e segue ganhando tração.
✔️ Juros do crédito pessoa física sobem para 58,3% ao ano. Taxas aumentaram 5,7 pontos em junho, segundo BC. Alta reflete cenário de incerteza econômica e maior percepção de risco pelos bancos. Para consumidores, significa crédito mais caro.
Agenda Econômica:
🇺🇸 09h30 – EUA: Balança comercial de junho
🇧🇷 10h30 – BC faz leilão de linha de até US$ 1 bi para rolagem
🇺🇸 11h00 – EUA: Relatório sobre empregos (Jolts) de junho ⚠️
🇺🇸 11h00 – EUA/Conference Board: Confiança do consumidor de julho
Balanços ⚠️
📈 EUA/antes da abertura: Procter & Gamble, UnitedHealth e Boeing
📈 EUA/após o fechamento: Visa
📈 Brasil/ após o fechamento: Motiva (ex-CCR) e TIM
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em queda de 1,04%, fechando aos 132.129 pontos. O volume negociado somou R$ 12,7 bilhões, abaixo da média. O movimento negativo também levou em conta notícias veiculadas pela CNN Brasil e pelo portal Metrópoles, indicando que os Estados Unidos estudam aplicar sanções a membros do Supremo Tribunal Federal (STF) com base na Lei Magnitsky — com Alexandre de Moraes como possível primeiro alvo.
Maiores altas do Ibovespa
SMTO3 |
+3.56%
|
R$ 18,35
|
YDUQ3 |
+2.26%
|
R$ 12,67
|
UGPA3 |
+2.18%
|
R$ 16,90
|
WEGE3 |
+2.03%
|
R$ 36,73
|
RAIL3 |
+1.02%
|
R$ 16,85
|
Maiores baixas do Ibovespa
VIVA3 |
-5.23%
|
R$ 23,93
|
CSNA3 |
-4.42%
|
R$ 8,00
|
MGLU3 |
-4.27%
|
R$ 7,18
|
AZZA3 |
-3.33%
|
R$ 35,16
|
CVCB3 |
-3.31%
|
R$ 2,34
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,50%, encerrando o dia cotado a R$ 5,5899.
IFIX:
O índice fechou em queda de 0,41%, aos 3.431,00 pontos. A mínima foi de 3.429,91 pontos e a máxima de 3.446,52 pontos.
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Fonte: CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney. atualização: 7h30 (horário Brasília)
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