A Petrobras solicitou sua entrada como terceira interessada no processo de análise do acordo que envolve a possível aquisição das ações da NSP — subsidiária da Novonor — pelo empresário Nelson Tanure.
A Novonor, anteriormente conhecida como Odebrecht, detém 50,1% do capital votante da Braskem, enquanto a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) possui 47% de participação.
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No início de julho, Tanure e a Novonor protocolaram junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um pedido de aprovação para uma possível operação que resultaria na transferência do controle da Braskem. Poucos dias depois, o órgão deu aval à transação, sem impor restrições.
A Petrobras ressaltou que, de acordo com o acordo de acionistas firmado com a Novonor, possui direito de preferência e também o direito de “tag along” — que garante aos sócios minoritários a possibilidade de vender suas ações nas mesmas condições em caso de mudança no controle da companhia.
“Por isso, a companhia solicitou formalmente ao Cade o ingresso no processo como terceira interessada, com base nos direitos assegurados pelo referido acordo”, explicou a estatal.
A Petrobras informou ainda que aguarda a resposta do órgão regulador sobre o pedido e reforçou que, até o momento, não tomou nenhuma decisão sobre sua permanência ou eventual saída da Braskem (BOV:BRKM5).
“A companhia reafirma que qualquer decisão sobre investimentos ou desinvestimentos será baseada em análises técnicas e avaliações criteriosas”, concluiu.
VISÃO DO MERCADO
Por volta das 11h50, as ações preferenciais da Petrobras registravam leve alta de 0,28%, cotadas a R$ 32,03, enquanto os papéis da Braskem caíam 2,98%, sendo negociados a R$ 8,80.
Segundo análise do Bradesco BBI, o pedido feito pela Petrobras para ingressar como terceira interessada no processo em análise pelo Cade não indica, necessariamente, que a estatal exercerá seu direito de preferência na transação. Para o banco, a petroleira não demonstra intenção de participar diretamente da operação.
Já a Genial Investimentos enxerga o movimento como um sinal claro de que a Petrobras está monitorando de perto as negociações entre a Novonor e o empresário Nelson Tanure, o que reforça a importância contratual da estatal no processo.
Apesar de ainda não haver uma definição sobre os próximos passos da companhia, a Genial lembra que a Petrobras possui espaço no orçamento de investimentos para eventuais aquisições de ativos semelhantes à Braskem, no setor petroquímico. “Resta entender qual seria a sua participação nesse ativo. Uma eventual parceria com um investidor privado pode ser uma solução interessante, dependendo do desenho final da operação, caso ela se concretize”, avaliou a corretora.
A Genial manteve recomendação neutra para as ações da Petrobras, com preço-alvo estimado em R$ 48.
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