O Santander Brasil registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,659 bilhões no segundo trimestre de 2025, resultado 9,8% superior ao do mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, no entanto, houve recuo de 5,2%. O valor ficou levemente abaixo das expectativas do mercado, que projetava lucro de R$ 3,73 bilhões, segundo o consenso da LSEG.
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O lucro contábil somou R$ 3,593 bilhões, com queda de 5% em relação ao trimestre anterior.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) alcançou 16,4%, representando um avanço de 0,8 ponto percentual em 12 meses.
A margem financeira bruta do banco foi de R$ 15,396 bilhões entre abril e junho, crescimento de 4,4% na comparação anual, mas retração de 3,3% frente ao primeiro trimestre.
O lucro antes de impostos totalizou R$ 4,201 bilhões, alta de 7,5% em um ano e queda de 11,5% em relação ao trimestre anterior.
A receita total do banco atingiu R$ 20,6 bilhões no segundo trimestre, alta de 3,3% na comparação anual e queda de 2,2% frente aos três primeiros meses do ano.
As despesas gerais somaram R$ 6,412 bilhões, com leve crescimento de 1,5% na comparação anual.
O volume de provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceu 16,4% em um ano, totalizando R$ 6,862 bilhões no trimestre.
A carteira de crédito ampliada chegou a R$ 675,5 bilhões, com crescimento de 1,5% em relação ao segundo trimestre de 2024.
Já os ativos totais do Santander somaram R$ 1,224 trilhão ao fim de junho, representando uma queda de 1,9% na comparação anual.
Os resultados do Santander Brasil (BOV:SANB3) (BOV:SANB4) (BOV:SANB11) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2025 foram divulgados no dia 29/07/2025.
VISÃO DO MERCADO
O Santander Brasil foi o primeiro dos grandes bancos a divulgar os resultados do segundo trimestre de 2025, mas os números não empolgaram o mercado. Apesar do lucro líquido de R$ 3,66 bilhões, um crescimento de 9,8% na comparação anual, o valor veio abaixo das expectativas dos analistas da LSEG, que projetavam R$ 3,73 bilhões. No início da sessão desta quarta-feira (30), as units chegaram a cair cerca de 3%, embora tenham reduzido as perdas posteriormente.
Segundo o Bradesco BBI, o lucro ficou 4,1% acima da própria estimativa, mas 2% abaixo do consenso Bloomberg. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 16,4%, abaixo dos 17,4% do trimestre anterior. A surpresa positiva no lucro líquido foi influenciada por uma alíquota efetiva de imposto mais baixa (10%, contra 17% no 1T25), já que o lucro antes dos impostos caiu 12% na comparação trimestral, pressionado por desempenho fraco da tesouraria.
Analistas destacaram o aumento nas provisões para perdas com crédito, que somaram R$ 7,76 bilhões — um avanço de 17% em um ano. O Bradesco BBI observou que o banco segue enfrentando um cenário desafiador para o crescimento do crédito e para o custo de risco, ainda que a qualidade dos ativos tenha se mantido estável. Houve pontos positivos como a expansão do spread com clientes e bom desempenho nas despesas operacionais.
O JPMorgan também apontou fraqueza no resultado gerencial, com ROE de 16% — 6% abaixo da projeção da casa. O lucro antes dos impostos ficou abaixo do esperado devido a uma margem líquida de mercado significativamente pior e maiores provisões. Ainda assim, o banco mantém recomendação de compra (overweight) para SANB11, citando o desconto das ações, que hoje são negociadas a cerca de 1 vez o valor patrimonial — patamar visto como “piso teórico” diante da possibilidade de fechamento de capital, já que a controladora detém 91% das ações.
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