A Telefônica Brasil encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 1,344 bilhão, um crescimento de 10% em relação ao mesmo período de 2024, quando o lucro havia sido de R$ 1,222 bilhão. No acumulado do primeiro semestre, o lucro alcançou R$ 2,4 bilhões, avanço de 13,5% frente aos R$ 2,1 bilhões registrados nos seis primeiros meses do ano passado.
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A receita operacional líquida da companhia também avançou. No segundo trimestre, totalizou R$ 14,6 bilhões, alta de 7,1% em relação aos R$ 13,6 bilhões registrados no mesmo intervalo de 2024. No semestre, a receita somou R$ 29 bilhões, 6,7% acima dos R$ 27,2 bilhões reportados um ano antes.
O Ebitda da operadora (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 5,9 bilhões entre abril e junho, frente aos R$ 5,4 bilhões do segundo trimestre de 2024, refletindo uma alta de 8,8%. No acumulado do semestre, o Ebitda somou R$ 11,6 bilhões, crescimento de 8,4% sobre os R$ 10,7 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
A Receita de Serviço Móvel (RSM) cresceu 7,3% na comparação anual, impulsionada principalmente pelo bom desempenho dos planos pós-pagos. Segundo a Telefônica, a receita gerada por esse segmento avançou 10,9% em relação ao segundo trimestre de 2024, passando a representar 86% da RSM — um ganho de 2,8 pontos percentuais na comparação anual.
Esse resultado positivo reflete tanto o aumento da base de clientes como a migração contínua de usuários do pré-pago para o pós-pago, movimento que ganhou força a partir do segundo trimestre de 2024. A preferência pelo pós-pago está associada ao maior valor médio por usuário (ARPU) e à menor taxa de cancelamento (churn), o que melhora a previsibilidade e rentabilidade do serviço móvel.
Por outro lado, a receita do pré-pago apresentou queda de 10,6% na base anual, efeito tanto da migração de clientes para planos pós-pagos quanto da menor frequência de recargas observada no período. Atualmente, o segmento pré-pago representa apenas 14% da RSM e 9,2% da Receita Operacional Líquida da empresa.
No mercado de aparelhos e eletrônicos, a receita permaneceu estável em relação ao mesmo período do ano anterior. Um ponto de destaque no trimestre foi o desempenho nas vendas de smartphones com tecnologia 5G, que representaram 95% do total de aparelhos comercializados — uma alta de 8,1 pontos percentuais na comparação anual.
Os resultados da Telefônica Brasil (BOV:VIVT3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2025 foram divulgados no dia 28/07/2025. Confira o Press release na íntegra!
VISÃO DO MERCADO
A Telefônica Brasil, controladora da Vivo, encerrou o segundo trimestre de 2025 com resultados operacionais robustos, reforçando a resiliência de seu modelo de negócios. A receita total de serviços cresceu 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado, superando ligeiramente as estimativas da XP Investimentos. O desempenho foi puxado, principalmente, pelo avanço contínuo dos serviços móveis pós-pagos, da banda larga por fibra óptica (FTTH) e pelo crescimento dos serviços digitais.
O EBITDA da companhia somou alta de 8,8% na comparação anual, superando as projeções da XP, com margem de 40,5%, impulsionado por ganhos de escala. Já o lucro líquido atingiu R$ 1,34 bilhão, crescimento de 10% em relação ao 2T24, mas um pouco abaixo das expectativas, devido ao impacto de resultados financeiros mais fracos.
Ainda assim, a XP destacou a qualidade da receita, com o ARPU móvel batendo recorde de R$ 31,1 (+5,1% A/A) e o churn do FTTH atingindo a mínima histórica de 1,46%, o que reflete maior fidelização e o sucesso dos pacotes convergentes. A corretora reiterou recomendação de compra para o papel, citando o portfólio qualificado, crescimento digital e geração consistente de caixa.
O Itaú BBA também considerou o desempenho da Vivo sólido e dentro das expectativas, com destaque para o avanço do ARPU acima da inflação, especialmente nos planos pós-pagos. No entanto, o lucro ficou 13% abaixo do projetado pelo banco, devido a despesas financeiras relacionadas ao ajuste inflacionário do passivo FISTEL — efeito parcialmente compensado por menor alíquota de imposto, associada ao aumento no pagamento de juros sobre capital próprio. Mesmo assim, o BBA manteve visão positiva, destacando o perfil defensivo da operadora e reafirmando recomendação de desempenho superior (outperform), com preço-alvo de R$ 35.
Já a Ativa Investimentos destacou a consistência operacional da companhia, impulsionada por novas altas nas receitas móveis e fixas. A casa reiterou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 31,50, elogiando a geração sólida de caixa e o controle nos investimentos.
O Bradesco BBI seguiu na mesma linha, avaliando o trimestre como positivo, com resultados em linha ou levemente acima das projeções. O banco enfatizou o bom desempenho da receita líquida, EBITDA e EBITDA após aluguel (EBITDA AL), com destaque para a força do segmento móvel, especialmente no pós-pago. Apesar de um leve aumento no Capex, o BBI não vê esse dado como preocupante, considerando a oscilação natural dos investimentos ao longo dos trimestres, e espera estabilidade nos aportes ao longo de 2025. A recomendação equivalente à compra foi mantida, com preço-alvo de R$ 37.
Por fim, o JPMorgan também apontou como destaque o crescimento da receita de serviços móveis (+7,3% A/A), superando a projeção do banco, além do avanço da receita digital no segmento B2B. Em contrapartida, expressou preocupação com a desaceleração do ARPU da fibra (FTTH). Com isso, manteve avaliação neutra para a ação e preço-alvo de R$ 26, prevendo uma reação moderada do mercado aos resultados.
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