O Brasil registrou fluxo cambial negativo de US$ 1,833 bilhão em agosto até o dia 22, segundo dados preliminares do Banco Central referentes ao câmbio contratado. O movimento foi puxado principalmente pela via financeira, que somou saídas líquidas de US$ 1,814 bilhão no período. Esse canal inclui operações como investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucros e pagamentos de juros.
No comércio exterior, o saldo também ficou no vermelho, embora de forma bem mais modesta, com déficit de US$ 19 milhões até o dia 22. Apenas na semana de 17 a 22 de agosto, o fluxo cambial total foi negativo em US$ 1,982 bilhão, reforçando a pressão de saída de capitais.
No acumulado de 2025 até 22 de agosto, o país já contabiliza fluxo cambial negativo de US$ 16,674 bilhões. Esse desempenho reflete o ambiente internacional de maior cautela, que tem levado investidores estrangeiros a reduzir posições em mercados emergentes, como o brasileiro.
A deterioração do fluxo cambial tende a impactar diretamente a cotação do dólar futuro (BMF:DOLFUT | BMF:WDOFUT) e do dólar à vista (FX:USDBRL), que podem se manter sob pressão caso o movimento de saída de capitais persista. Já o mercado de títulos públicos também pode sentir o efeito, com maior demanda por prêmios de risco, ao mesmo tempo em que a bolsa de valores brasileira segue sensível à entrada e saída de capital estrangeiro.
Embora não haja cotação anexada a este material, o resultado negativo no fluxo cambial reforça a relevância do câmbio como um dos principais vetores de instabilidade no mercado financeiro brasileiro neste momento.
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