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Embraer reverte lucro e fecha o 2T25 com prejuízo líquido de R$ 53,4 milhões

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Resultado negativo reflete reversão do lucro ajustado de R$ 415,7 mi no 2T24, mas receita sobe 31% e EBITDA ajustado cresce quase 40%, reforçando resiliência operacional da companhia na B3.

A Embraer SA registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), revertendo o lucro ajustado de R$ 415,7 milhões alcançado no mesmo período de 2024.

São Paulo, 05 de agosto de 2025 | 10h00 | Cotação EMBR3: R$ 80,00, neutra no dia

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Apesar da queda no lucro, a receita líquida da companhia subiu 31% sobre o ano anterior, totalizando R$ 10,3 bilhões no trimestre. O EBITDA ajustado alcançou R$ 1,391 bilhão, crescimento de 39,7% ano a ano, com margem EBITDA de 13,5%, ante 12,7% em 2T24.

O EBIT ajustado ficou em R$ 1,08 bilhão, com margem EBIT de 10,6% — ambos com forte alta em relação ao ano anterior. Esses números mostram que a Embraer manteve desempenho operacional sólido, mesmo com o resultado final impactado por efeitos financeiros e tributários.

A companhia reafirmou sua perspectiva para 2025, projetando entregas entre 77 e 85 jatos comerciais e entre 145 e 155 aviões executivos, além de receita entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões, com margem EBIT ajustada esperada entre 7,5% e 8,3% — mesmo com o prejuízo registrado no trimestre.

A Embraer afirmou que as tarifas dos Estados Unidos causaram impacto limitado nos resultados do 2T25, apesar das incertezas do cenário internacional.

As ações da EMBR3 fecharam estáveis em R$ 80,00, sem registrar variação no pregão desta terça-feira. A cotação permanece entre a mínima de R$ 37,42 e máxima de R$ 83,95 no acumulado de 52 semanas. Com o lucro ajustado negativo já previsto, o mercado deve seguir focado nos dados operacionais aguardando ver como o segmento de aviação executiva e comercial reagirão nos próximos trimestres.

A Embraer é a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, com forte atuação nos setores de aviação executiva, comercial, serviços & suporte e defesa & segurança. Seus principais concorrentes incluem Airbus e Boeing no segmento comercial e outras empresas de aviação executiva. A companhia também mantém backlog recorde de pedidos firmes: cerca de US$ 29,7 bilhões em 2T25, aumento de 40% na comparação anual.

Carteira de Pedidos e Entregas

A companhia entregou 61 aeronaves no 2T25 considerando todas as suas unidades de negócios. O resultado representa um aumento de 30% em relação ao 2T24, quando foram entregues 47 aviões, e mais que o dobro do número registrado no 1T25, com 30 aeronaves.

A Aviação Comercial atingiu a maior carteira de pedidos em 8 anos, totalizando US$13,1 bilhões (o recorde anterior foi de US$13,4 bilhões no 4T17). O valor representa um crescimento de 31% em relação ao 1T25 e de 16% em comparação com o 2T24. Além do forte desempenho em vendas, a unidade de negócios celebrou o marco de 1.000 unidades vendidas do E175 desde seu lançamento em 2005.

A Aviação Executiva registrou uma carteira de pedidos de US$7,4 bilhões no 2T25 – alta de 62% em relação ao mesmo período do ano anterior (2T24), mas com leve queda de 2% em relação ao trimestre anterior (1T25). As entregas somaram 38 jatos no período, 41% superior aos 27 jatos entregues no 2T24. No primeiro semestre de 2025, as entregas totalizaram 61 aeronaves, o equivalente a 41% do ponto médio da estimativa anual de 2025 (entre 145 e 155), 8 pontos percentuais acima da média de 32% registrada para o período nos últimos 5 anos.

Teleconferência

A Embraer estima que as tarifas adicionais de 10% impostas pelos Estados Unidos à aviação brasileira poderão gerar um impacto de US$ 65 milhões ao longo de 2025. Desse total, 20% já foram realizados até o segundo trimestre deste ano (2T25). Apesar da pressão sobre os números, as ações da companhia operavam de forma estável nesta terça-feira (5), mesmo após o registro de um prejuízo ajustado de R$ 53,4 milhões no 2T25, revertendo o lucro do trimestre anterior.

Durante a teleconferência de resultados realizada nesta manhã, o tema das tarifas dominou a conversa com investidores. O CEO da companhia, Francisco Gomes Neto, ressaltou que, até o momento, não houve repasses nos custos de insumos e que o relacionamento com fornecedores segue em equilíbrio. “Com base no que observamos nos outros países, temos boa expectativa de que também tenhamos alíquota zero para o setor no Brasil”, afirmou.

A diretoria da Embraer demonstrou confiança em um desfecho positivo nas tratativas com o governo norte-americano. “Reconhecemos o esforço e a mudança anunciada pelo governo americano (sobre tarifas), e continuamos conversando e levando nosso caso econômico para que eles possam buscar uma saída para voltar à alíquota zero na aviação como foi nos últimos 45 anos”, destacou o CEO.

Mesmo com o cenário de tensões comerciais, a Embraer foi isentada da tarifa adicional de 40% que entra em vigor na próxima quarta-feira, permanecendo com a alíquota de 10% aplicada desde abril.

Sobre o ambiente interno, a Embraer assegurou que não há qualquer plano de redução de pessoal em função de ajustes na produção. Ainda assim, o segundo semestre exigirá atenção redobrada. O CFO Antonio Garcia citou fatores como inflação, volatilidade cambial e os efeitos das tarifas entre os principais pontos de atenção. “As tarifas dos EUA continuam sendo grande preocupação para nossos negócios”, reforçou Francisco Gomes Neto.

Diante do cenário incerto, a empresa decidiu manter suas projeções para o ano. “Por segurança, vamos manter o guidance e, conforme vermos a evolução dos próximos trimestres, podemos fazer ajustes. Ninguém pode saber o que exatamente vai acontecer com relação às tarifas”, disse o CEO.

  • Receita recorde no 2T25

Apesar do prejuízo ajustado, a Embraer classificou o segundo trimestre como sólido. Francisco Gomes Neto afirmou que o período foi “sólido”, enquanto o CFO Antonio Garcia destacou: “O desempenho da Embraer no 2T25 foi brilhante e consistente”.

A receita líquida totalizou R$ 10,3 bilhões no 2T25, representando uma alta de 30,9% em relação ao mesmo período de 2024 (2T24) — a maior já registrada pela companhia para um segundo trimestre.

Para 2025, a Embraer mantém a expectativa de atingir entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões em receitas. Garcia reforçou o foco da gestão financeira: “Estamos focados em alongar o prazo das dívidas e reduzir o custo do nosso capital”. A empresa encerrou o semestre com alavancagem de 0,7x dívida líquida/Ebitda, bem abaixo do índice de 2x registrado um ano antes.

  • Perspectivas para encomendas e produção

O CEO demonstrou confiança nas novas encomendas, especialmente para os jatos E2, mas adiantou que não espera grandes novos pedidos para o modelo E175 ainda neste ano.

Em relação à aviação de defesa, Francisco Gomes Neto revelou estar em negociações com um parceiro estratégico para a produção local do cargueiro militar C-390, caso o modelo seja aceito pelas Forças Armadas dos Estados Unidos.

VISÃO DO MERCADO

A Embraer apresentou resultados positivos no segundo trimestre de 2025, em um momento de tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, surpreendendo o mercado e animando os investidores. Antes da abertura dos mercados, os ADRs da companhia já subiam 3,90% na Bolsa de Nova York, cotados a US$ 60 às 9h30 (horário de Brasília). Na B3, os papéis avançavam 3% pouco após a abertura, sendo negociados a R$ 82,40 às 10h11.

O Ebitda ajustado da companhia — que desconsidera US$ 12 milhões em despesas da Eve — alcançou US$ 246 milhões no período, superando em 40% as projeções do JPMorgan e em 35% o consenso de mercado. Em relação ao mesmo trimestre de 2024, o crescimento foi de 29%.

Mesmo com esses pontos de pressão, o sentimento do mercado foi amplamente positivo. “Esperamos uma reação positiva hoje devido às margens mais fortes do que o esperado, mostrando a melhora contínua na lucratividade da empresa”, afirmaram os analistas do JPMorgan, destacando o potencial do resultado como catalisador para novos recordes.

Na semana anterior, as ações da Embraer já haviam reagido com força após o anúncio de que as tarifas dos EUA para produtos brasileiros seriam elevadas, mas com exclusão de aeronaves e peças da alta de 50%, ficando limitadas a 10%. Na ocasião, o JPMorgan reiterou sua recomendação overweight (acima da média do mercado) para os papéis, reforçando a expectativa de valorização.

O Goldman Sachs também se mostrou otimista, apontando que a receita veio 2% acima do consenso, enquanto o Ebitda ajustado superou em 29% as expectativas, com a margem Ebitda batendo o consenso em 280 pontos-base. “O caixa livre ficou relativamente em linha com nosso modelo. A carteira de pedidos cresceu dois dígitos na comparação anual e sequencialmente. A empresa reiterou a projeção para 2025, que está em linha com o consenso”, destacou o banco, que também mantém recomendação de compra para os ADRs da Embraer (ERJ), com preço-alvo de US$ 60.

A Embraer confirmou suas metas para o ano, com entrega prevista de 77 a 85 aeronaves comerciais e 145 a 155 jatos executivos. A receita total estimada segue entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões, com margem EBIT ajustada de 7,5% a 8,3% e expectativa de fluxo de caixa livre ajustado de pelo menos US$ 200 milhões até o fim de 2025.

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