Receita líquida sobe 11,1% e Ebitda ajustado cresce 23% com corte de custos e expansão operacional; ações encerram estáveis na bolsa de valores
A JSL S.A. (BOV:JSLG3) apresentou um desempenho financeiro robusto no segundo trimestre de 2025 (2T25), impulsionado por ganhos de eficiência operacional e controle de custos. O lucro líquido ajustado somou R$ 36,3 milhões, crescimento de 10% frente ao lucro ajustado de R$ 33 milhões no 2T24, desconsiderando efeitos não recorrentes.
A receita líquida da companhia atingiu R$ 2,38 bilhões, alta de 11,1% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o Ebitda ajustado avançou 23%, para R$ 491,7 milhões, com margem de 21,6%.
O crescimento reflete o aumento da receita de serviços — que alcançou R$ 2,27 bilhões — e uma gestão estratégica mais enxuta, segundo a própria companhia. Mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, a JSL manteve o ritmo de expansão e demonstrou resiliência.
Outro destaque foi a significativa redução no capex líquido, que caiu 88,4% em base anual, passando de R$ 151,4 milhões para R$ 17,6 milhões. Essa queda faz parte de uma política mais seletiva de alocação de capital, visando fortalecer o caixa e manter a disciplina financeira, conforme explicou o CFO da companhia, Guilherme Sampaio.
“Eficiência significa fazer mais com menos: otimizar recursos, reduzir pessoas, melhorar rotas para usar menos caminhões ou veículos leves e evitar deslocamentos vazios. Isso gera aumento de margem de forma direta”, afirmou Ramon Alcaraz, CEO da JSL. Ele destacou ainda que a companhia enfrenta custos iniciais nos novos contratos, mas que estes devem gerar margens maiores no médio prazo.
No acumulado do semestre, a JSL somou R$ 4,7 bilhões em receita líquida (+11,6%), R$ 950 milhões em Ebitda ajustado (+18,6%) e R$ 81,7 milhões de lucro líquido ajustado. Esses números demonstram uma trajetória sólida de crescimento, mesmo com os juros elevados no Brasil.
Antes da divulgação do balanço, o Itaú BBA reiterou sua recomendação de compra (outperform) para as ações da JSL (JSLG3), com preço-alvo de R$ 7. Os analistas destacaram a estabilidade da demanda, as oportunidades de vendas cruzadas (cross-sell) com aquisições como FSJ e Fadel, e o avanço da estratégia asset-light, que contribui para maior eficiência e possível redução da alavancagem.
No pregão desta quarta-feira (06/08), as ações JSLG3 encerraram estáveis, cotadas a R$ 5,28. O papel manteve-se sem variação ao longo do dia, em linha com a cautela do mercado após a divulgação dos resultados. A performance reflete a expectativa de que a companhia siga consistente nos próximos trimestres, apesar da volatilidade macroeconômica.
A JSL S.A. é uma das principais empresas de logística do Brasil, com atuação diversificada em transporte rodoviário, logística dedicada, gestão de frota e armazenagem. Seu modelo integrado permite ganhos de escala e eficiência, posicionando-a entre as líderes do setor, ao lado de nomes como Tegma e Simpar.
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