Ações asiáticas sobem com estímulos na China e dados fortes no Japão enquanto investidores aguardam cúpula EUA-Rússia

As ações asiáticas fecharam majoritariamente em alta na sexta-feira (15), com os investidores reagindo aos dados econômicos mistos da China e do Japão e aguardando o resultado da cúpula do Alasca entre os presidentes dos EUA e da Rússia.

O índice Shanghai Composite da China subiu 0,83%, para 3.696,77, em meio aos esforços do governo para aumentar a liquidez no sistema bancário.

O banco central da China disse na quinta-feira que realizará 500 bilhões de yuans (US$ 69 bilhões) em operações de recompra reversa direta, em uma tentativa de manter um ambiente de liquidez apropriadamente acomodatício.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,98%, para 25.270,07, caindo pela segunda sessão consecutiva, já que uma série de dados econômicos da China mostraram uma desaceleração na economia do país no mês passado.

O crescimento da produção industrial da China caiu para uma mínima de oito meses em julho e o crescimento das vendas no varejo desacelerou drasticamente, destacando os problemas de demanda no país.

O investimento em ativos fixos cresceu apenas 1,6% nos primeiros sete meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado e os preços de casas novas caíram em um ritmo mais rápido em julho, aumentando as preocupações com uma recessão mais profunda.

Os mercados japoneses subiram acentuadamente, fechando em máximas históricas, com a desvalorização do iene e os dados do PIB do segundo trimestre superando as previsões. O índice Nikkei subiu 1,71%, para 43.378,31, enquanto o índice Topix, mais amplo, fechou em alta de 1,63%, a 3.107,68.

Expectativas de taxas de juros mais altas impulsionaram os bancos, com a Mitsubishi UFJ Financial subindo 6%, ampliando os ganhos pela oitava sessão consecutiva e atingindo um recorde.

As ações de Seul fecharam praticamente estáveis, com o índice Kospi fechando marginalmente mais alto, em 3.225,66, antes da cúpula EUA-Rússia sobre a Ucrânia, que envolve grandes apostas.

Os mercados australianos subiram consideravelmente e fecharam em alta recorde, graças aos fortes lucros de grandes empresas e ao otimismo com o corte de taxas.

O índice de referência S&P/ASX 200 subiu 0,73%, para 8.938,60, enquanto o índice mais amplo All Ordinaries fechou em alta de 0,69%, a 9.212,10.

Entre os maiores ganhadores, a empresa de energia Ampol saltou 7,7%, registrando seu maior fechamento desde 3 de fevereiro, e a mineradora de lítio Liontown Resources adicionou 5,6%.

Do outro lado do Mar da Tasmânia, o índice de referência S&P/NZX-50 da Nova Zelândia subiu 0,43%, para 12.889,38, ampliando os ganhos pela terceira sessão consecutiva depois que uma pesquisa mostrou que a atividade industrial no país se expandiu em julho.

O ouro subiu no pregão asiático, já que o dólar não conseguiu sustentar a recuperação da sessão anterior. Os preços do petróleo caíram, com dados econômicos e americanos decepcionantes aumentando as preocupações com a demanda por combustível.

Durante a noite, as ações dos EUA flutuaram antes de terminarem ligeiramente mistas, já que uma inflação do PPI muito mais alta do que o esperado diminuiu a euforia dos investidores sobre um possível corte nas taxas em setembro.

Dados mostraram que os preços ao produtor subiram 0,9% no comparativo mensal em julho, em comparação às expectativas de 0,2%.

Na base anual, os preços subiram 3,3%, o maior valor desde fevereiro e acima dos 2,4% revisados para cima em junho.

Os preços básicos ao produtor, que excluem alimentos, energia e serviços comerciais, tiveram o maior aumento em três anos.

O S&P 500 subiu ligeiramente para um novo recorde de fechamento, enquanto o Nasdaq Composite, de alta tecnologia, e o Dow Jones fecharam estáveis com viés negativo.

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