As bolsas de valores da Europa encerraram a segunda-feira (18/08) sem direção única, refletindo a cautela dos investidores diante das negociações em Washington sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. O destaque negativo ficou para o CAC 40 (EU:PX1), em Paris, que registrou a maior queda do dia. Já a exceção foi o setor de energias renováveis, que reagiu positivamente às novas diretrizes de incentivos fiscais do Tesouro norte-americano. No campo macroeconômico, o dado mais acompanhado foi o superávit comercial da zona do euro, que mostrou forte desaceleração em junho.
Reino Unido
No Reino Unido, o mercado reagiu de forma moderada à expectativa em torno das negociações políticas nos Estados Unidos e à estabilidade cambial da libra esterlina (FX:GBPUSD). O Banco da Inglaterra (BoE) segue sob pressão devido à inflação persistente, mas o cenário externo limitou maiores movimentos. O índice FTSE 100 (LSE:UKX) fechou em alta de 0,21%, apoiado principalmente pelo desempenho das companhias de energia.
Zona do Euro
O principal dado macroeconômico desta segunda-feira (18/08) foi o superávit comercial da zona do euro, que caiu para 2,8 bilhões de euros, abaixo do resultado anterior de 15,6 bilhões de euros e bem distante da Projeção do mercado. Normalmente, esse tipo de fraqueza no setor externo pressiona o euro (FX:EURUSD) e gera maior volatilidade nos juros futuros. Apesar disso, o índice pan-europeu Euronext 100 (EU:N100) manteve leve alta de 0,02%, refletindo resiliência em setores defensivos.
Alemanha
Na Alemanha, o mercado acompanhou o impacto negativo das tarifas norte-americanas sobre as montadoras locais, além da queda no comércio internacional. O DAX (DBI:DAX), também conhecido como DAX 30, recuou 0,23%, influenciado por perdas no setor automotivo. O euro mais forte, no entanto, trouxe alívio para empresas importadoras e ajudou a moderar expectativas de inflação, permitindo que o Banco Central Europeu (BCE) mantenha sua política de estímulo.
França
A bolsa de valores de Paris foi a mais pressionada do dia. O CAC 40 (EU:PX1) caiu 0,50%, com perdas disseminadas nos setores de consumo e financeiro. O resultado reforçou a percepção de cautela entre investidores, especialmente diante das incertezas sobre tarifas norte-americanas.
Itália
Na Itália, a bolsa de valores também sentiu a pressão externa. O FTSE MIB (BITI:FTSEMIB) encerrou em queda de 0,03%, refletindo incertezas sobre exportações e custos de energia. Os investidores seguem atentos ao rumo da política monetária do Banco Central Europeu, que continua buscando equilíbrio entre controle da inflação e estímulo ao crescimento.
Portugal
Portugal destoou da maioria das bolsas da região. O índice PSI 20 (EU:PSI20) subiu 1,28%, impulsionado pela forte valorização da EDP Renováveis (EU:EDPR), que ganhou força após novas diretrizes do Tesouro norte-americano para o setor de energia limpa. O movimento colocou o mercado português entre os destaques positivos do dia.
Holanda
Na Holanda, a bolsa de valores seguiu o tom de cautela do mercado europeu. O índice AEX (EU:AEX) registrou queda moderada, acompanhando a pressão sobre companhias ligadas ao setor industrial.
Reação a indicadores dos Estados Unidos
Os investidores europeus também acompanharam as movimentações em Washington, onde o presidente norte-americano Donald Trump recebeu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para discutir possíveis avanços no conflito contra a Rússia. A expectativa por sinais concretos da reunião aumentou a volatilidade dos ativos, mas sem resultados imediatos.
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