Esse é o Morning Call ADVFN, 04 de agosto de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em alta, após as quedas registradas no pregão anterior, sustentados pelo aumento das apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) após a divulgação de dados fracos de emprego nos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em alta. Na sexta-feira, a elevação da taxa de desemprego e a menor criação de vagas provocaram forte realização em Wall Street e reforçaram as expectativas de que o Fed agirá para sustentar a economia. Os números mais fracos colocaram em dúvida a capacidade do país de resistir à pressão das novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, apesar do cenário ainda positivo para a temporada de balanços do segundo trimestre.
Aparentemente, as tarifas dos EUA começaram a afetar o mercado de trabalho dos EUA. Em julho, a maior economia do mundo criou apenas 73 mil empregos, bem menos do que se previa, segundo relatório de emprego conhecido como payroll. Além disso, os números dos dois meses foram fortemente revisados para baixo.
O payroll decepcionante ajudou a derrubar as bolsas de Nova York na sexta-feira (01), impulsionou apostas de que o Federal Reserve (Fed) voltará a cortar juros em setembro e levou o presidente dos EUA, Donald Trump, a demitir a chefe do órgão de estatísticas do país.
O Federal Reserve anunciou, na sexta-feira (1º), que Adriana Kugler deixará o cargo de governadora, abrindo espaço para que o presidente Donald Trump indique um novo membro alinhado à sua defesa por juros mais baixos.
Na Europa, as bolsas operam com alta em sua maioria após perdas da sexta-feira, mas o índice SMI, de ações blue-chip da Suíça, recua 1,5% nas primeiras negociações, enquanto os investidores avaliam o que está por vir em termos de tarifas americanas.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, enquanto investidores avaliam a última rodada de tarifas do governo Trump e dados fracos do mercado de trabalho dos EUA, que derrubaram Wall Street no fim da semana passada. O índice japonês Nikkei caiu 1,25% em Tóquio, a 40.290,70 pontos, pressionado por ações de bancos, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,91% em Seul, a 3.147,745 pontos, o Hang Seng avançou 0,92% em Hong Kong, a 24.733,45 pontos, e o Taiex recuou 0,24% em Taiwan, a 23.378,94 pontos.
Na China continental, o dia foi de ganhos, de 0,66% do Xangai Composto, a 3.583,31 pontos, e de 0,78% do Shenzhen Composto, a 2.192,56 pontos.
Decreto da Casa Branca da semana passada estabeleceu tarifas “recíprocas” de 10% a 41% a 69 parceiros comerciais dos EUA. As alíquotas entram em vigor na quinta-feira, dia 7.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 67,10 (-0,34%).
O Brent é negociado a US$ 69,39 (-0,40%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 114.410,56 (-0,04%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.359,16 a onça-troy (-0,04%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,76%, a 790,50 iuanes (US$ 109,61).
Brasil:
Novas regras FGC: O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na sexta-feira (1º) um conjunto de mudanças nas regras do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mecanismo que protege correntistas e investidores em caso de falência de instituições financeiras. As alterações, divulgadas em nota pelo Banco Central, entram em vigor em 1º de julho de 2026 e têm como objetivo desestimular práticas de risco excessivo por parte de bancos associados ao fundo.
Embora a resolução não cite nomes, o novo regramento é interpretado no mercado como um recado após a polêmica envolvendo o Banco Master, atualmente em processo de aquisição pelo Banco de Brasília (BRB). O caso gerou preocupação no setor financeiro devido à estratégia do Master de captar recursos por meio de certificados de depósitos bancários (CDBs) com juros acima do mercado — todos garantidos pelo FGC — e direcioná-los a investimentos considerados arriscados, como precatórios e ações de empresas em dificuldades.
Em março, estimativas indicavam que esses CDBs poderiam comprometer quase metade do patrimônio líquido do FGC, disparando alertas sobre o impacto de um eventual resgate em massa. Com a popularização das plataformas de investimento, esses títulos de bancos menores ganharam ampla distribuição e atraíram grande volume de aplicadores em busca de rentabilidade superior à oferecida por instituições tradicionais.
Entre as mudanças aprovadas pelo CMN está a elevação do multiplicador da Contribuição Adicional (CA) paga pelas instituições garantidas, que passa de 0,01% para 0,02%. Além disso, a razão entre o valor de referência (VR) e as captações de referência para o cálculo da contribuição foi reduzida de 75% para 60%.
Outra novidade é a obrigatoriedade de que bancos excessivamente alavancados — com VR superior a dez vezes o Patrimônio Líquido Ajustado — destinem o excedente à compra de títulos públicos federais. A medida busca limitar a exposição a ativos de maior risco e reforçar a estabilidade financeira do sistema.
A implementação das regras seguirá um cronograma gradual, com ajustes semestrais para permitir a adaptação das instituições financeiras e manter o alinhamento com o calendário regulatório vigente. Outras medidas complementares estão em estudo e podem ser anunciadas nos próximos meses.
Economia:.
✔️ Copel (CPLE6): informou na sexta-feira, 1°, após o fechamento do mercado, que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou a suspensão do prazo de antecedência da convocação da assembleia geral extraordinária (AGE), marcada para segunda-feira, 4, por até 15 dias. Na pauta da assembleia está a deliberação sobre o processo de migração da companhia ao Novo Mercado. E também a unificação das ações. Outra proposta a ser deliberada na assembleia é a alteração das preferências e vantagens das ações preferenciais classe B (PNB) para equiparação às ações preferenciais classe A (PNA) e a unificação das classes de ações PNA e PNB, mediante a conversão mandatória da totalidade das ações PNB em PNA, contanto que se aprove, na mesma assembleia, a exclusão do inciso III do § 11º do art. 5º do Estatuto Social.
✔️ Banco do Brasil tem queda histórica. O BB perdeu R$ 7,7 bilhões em valor de mercado em apenas um dia, com ações BBAS3 despencando 6,85%. A maior desvalorização desde 2023 acontece antes do resultado do segundo trimestre. Mercado teme um “mega miss” nos números do agronegócio, setor que é o coração do negócio do banco. O BTG Pactual revisou para baixo as estimativas de lucro neste ano, além de cortar o preço-alvo dos papéis e manter a recomendação de neutralidade.
✔️ Gerdau corta investimentos no Brasil. A siderúrgica cumpriu promessa e reduziu aportes no país após piora do ambiente de negócios. Com tarifas altas e custos crescentes, a empresa prioriza operações no exterior. O “custo Brasil” cobra mais uma vítima no setor industrial.
✔️ Lei Magnitsky: O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, indicou que o banco deve cumprir a legislação norte-americana após a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, na lista de sanções da Lei Magnitsky. A punição ao membro da Suprema Corte brasileira foi anunciada pelo governo americano na última quarta-feira (30). – Não discutimos a lei, nós cumprimos a lei – disse o executivo do banco, em coletiva realizada após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025.
Agenda Econômica:
🇧🇷 05h00 – Prévia do IPC-Fipe
🇧🇷 08h25 – Relatório Focus
🇺🇸 11h00 – EUA: Encomendas à indústria em junho
🇧🇷 14h30 – Caged de junho
🇯🇵 20h50 – Japão: BoJ publica ata da reunião de política monetária
🇯🇵 21h30 – Japão: PMI/S&P Global composto de julho
🇨🇳 22h45 – China: PMI/S&P Global composto de julho
Balanços ⚠️
📈 Brasil/após o fechamento: BB Seguridade
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em queda de 0,48%, aos 132.437 pontos, acumulando baixa de 0,81% na semana.
Maiores altas do Ibovespa
POMO4 |
+7.63%
|
R$ 8,89
|
AURE3 |
+4.10%
|
R$ 9,65
|
ASAI3 |
+3.08%
|
R$ 9,70
|
MGLU3 |
+2.27%
|
R$ 7,22
|
PETZ3 |
+2.02%
|
R$ 4,04
|
Maiores baixas do Ibovespa
BBAS3 |
-6.85%
|
R$ 18,35
|
CSNA3 |
-4.99%
|
R$ 7,62
|
GGBR4 |
-4.69%
|
R$ 16,05
|
GOAU4 |
-4.06%
|
R$ 8,99
|
PRIO3 |
-2.84%
|
R$ 40,99
|
Dólar:
O dólar fechou em baixa de 0,99%, cotado a R$ 5,5456.
IFIX:
O índice fechou em queda de 0,18%, aos 3.430,04 pontos. A máxima foi de 3.441,25 pontos. Na semana, o índice acumula baixa de 0,44%.
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Fonte: CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney. atualização: 7h30 (horário Brasília)
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