Seis ações disparam mais de 100% em 2025 e superam perdas de 2024, setor aéreo concentra maiores quedas

O Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) segue próximo das máximas históricas em 2025, mas a disparidade entre os setores mostra um mercado de contrastes. Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, seis ações mais do que dobraram de valor no ano, enquanto outras acumularam perdas superiores a 90% desde o fim de 2023.

Entre os maiores destaques positivos aparecem Cogna (BOV:COGN3) e Helbor (BOV:HBOR3). Ambas sofreram fortes quedas em 2024, de 68,77% e 59,56%, respectivamente, mas tiveram uma virada impressionante em 2025: 156,3% para a Cogna e 115,66% para a Helbor. Ainda assim, no acumulado desde 31 de dezembro de 2023, os papéis seguem negativos, em -19,95% e -12,79%.

A Aura Minerals (BOV:AURA33) é outro caso expressivo. Após subir 126,95% em 2024, engatou nova escalada de 106,82% em 2025, acumulando valorização de 369,39% desde o fim de 2023. Já a CeA Modas (BOV:CEAB3) registrou avanço tímido de 2,81% em 2024, mas acelerou neste ano com 104,34%, totalizando alta de 110,08%.

Outras companhias também brilharam no período: Moura Dubeux (BOV:MDNE3), com alta de 125,41% em 2025, e Serena (BOV:SRNA3), que subiu 119,45%. Ambas apresentam ganhos sólidos quando analisado o biênio 2024-2025.

Na outra ponta, o setor aéreo concentrou as maiores perdas. A Azul (BOV:AZUL4) despencou 77,89% em 2024 e mais 83,90% em 2025, acumulando queda de -96,44% desde dezembro de 2023. A Gol (BOV:GOLL4), por sua vez, perdeu -85,51% em 2024 e -71,60% em 2025, totalizando retração de -95,88% no período. O resultado reflete a crise estrutural do segmento, pressionado por custos elevados e demanda instável.

Além das aéreas, também registraram fortes baixas Recrusul (BOV:RCSL3), Viveo (BOV:VVEO3), Oi (BOV:OIBR3), Infracomm (BOV:IFCM3) e Raízen (BOV:RAIZ4). Todas já vinham em queda superior a 30% em 2024 e aprofundaram as perdas em 2025. Cinco delas acumulam retrações acima de 90% no intervalo de dois anos.

De acordo com a Elos Ayta Consultoria, o desempenho evidencia um mercado de extremos. Setores como minerais metálicos, incorporação e consumo se destacaram positivamente, enquanto transporte aéreo, telecomunicações, energia e agronegócio enfrentaram dificuldades severas.

A forte disparidade entre os setores reforça o cenário de seletividade no mercado de ações em 2025. Para o investidor, a leitura é clara: a valorização expressiva de algumas companhias contrasta com perdas históricas em outros segmentos, destacando a importância da diversificação da carteira em momentos de instabilidade.