Esse é o Bom dia ADVFN, 10 de setembro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam mistos. Os investidores aguardando o índice preços ao produtor (PPI), que deve ajudar nas projeções de corte de juros pelo Fed na próxima semana.
Nos Estados Unidos, os índices futuros mistos. Ontem (09), os três principais índices acionários de Nova York fecharam em novas máximas históricas, após revisão para baixo no número de empregos criados nos EUA no período de um ano até março consolidar apostas de que o Fed anunciará seu primeiro corte de juros deste ano na reunião de política monetária do próximo dia 17.
Conflito: o clima geopolítico segue conturbado, após novos ataques de Israel ao Catar e da Rússia contra drones poloneses. Trump pediu à União Europeia para impor tarifas de 100% sobre produtos chineses e indianos, como forma de pressionar a Rússia e colocar fim à guerra contra a Ucrânia.
Fed: no Tribunal Federal de Washington, foi decidida a permanência temporária de Lisa Cook no Fed, apesar de pressões do presidente Donald Trump.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única, enquanto investidores analisam notícias corporativas e do âmbito tarifário, ao mesmo tempo em que aguardam uma primeira leva de dados de inflação dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,12%, a 553,04 pontos.
Em Madri, a Industria de Diseño Têxtil (Inditex), conglomerado de moda espanhol que controla a Zara e outras marcas, saltava 7% após apontar aceleração nas vendas do primeiro semestre, fator que abafou números de receita abaixo do esperado. A Novo Nordisk subia 2,6% em Copenhague, após a empresa farmacêutica dinamarquesa revelar planos de cortar até 9 mil funcionários como parte de uma estratégia de reestruturação.
A questão comercial também voltou ao radar, após relatos de que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à União Europeia que imponha tarifas de até 100% à China e a Índia por suas compras de petróleo russo.
Os investidores na Europa vão acompanhar números da inflação ao produtor (PPI) dos EUA em meio à convicção de que o Federal Reserve (Fed) cortará juros pela primeira vez neste ano, na reunião de política monetária do próximo dia 17. O interesse maior, no entanto, é por dados da inflação ao consumidor (CPI) americano, que só serão conhecidos amanhã (11).
Na Ásia, os mercados fecharam em alta, após Wall Street avançar para níveis recordes ontem em meio à convicção de que o Federal Reserve (Fed) voltará a cortar juros na semana que vem, diante de sinais de fraqueza no mercado de trabalho americano.
Liderando o movimento na região, o índice sul-coreano Kospi subiu 1,67% em Seul, a um novo patamar inédito de 3.314,53 pontos, superando o recorde anterior, de meados de 2021. O bom desempenho refletiu expectativas de que o presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, aliviará regras para impostos sobre ganhos de capital de grandes acionistas, segundo nota da Shinhan Securities.
O japonês Nikkei teve alta de 0,87% em Tóquio, a 43.837,67 pontos, o Hang Seng avançou 1,01% em Hong Kong, a 26.200,26 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,36% em Taiwan, a 25.192,59 pontos.
Na China continental, o pregão foi de ganhos modestos, de 0,13% do Xangai Composto, a 3.812,22 pontos, e de 0,29% do Shenzhen Composto, a 2.407,52 pontos, apesar de dados fracos de inflação. Na comparação anual de agosto, o índice de preços ao consumidor (CPI) chinês apresentou queda de 0,4%, maior do que o declínio de 0,2% esperado por analistas.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, interrompendo uma sequência de dois pregões negativos. O S&P/ASX 200 avançou 0,31% em Sydney, a 8.830,40 pontos.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 63,22 (+0,94%).
O Brent é negociado a US$ 66,97 (+0,87%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 112.697,68 (+1,24%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.655,56 a onça-troy (+0,59%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,25%, a 805 iuanes (US$ 113,04).
Brasil:
Inadimplência: a proporção de endividados com contas em atraso chegou a 30,4%, o maior patamar da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), iniciada em 2010 divulgou nesta terça-feira, 9, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, o avanço da inadimplência sinaliza que o atual nível de endividamento começa a ultrapassar o limite da capacidade de pagamento das famílias.
No mesmo sentido, o endividamento seguiu sua trajetória ascendente pelo sétimo mês consecutivo, alcançando 78,8% dos lares — o maior índice desde novembro de 2022.
Economia:.
✔️ Impostos: nova tributação de criptos afasta investidores. A MP 1.303 extingue a isenção de vendas de até R$ 35 mil e impõe alíquota única de 17,5%, reduzindo imposto dos grandes aplicadores e elevando a carga sobre a base do mercado, o que pode afastar investidores do Brasil.
✔️ Agência de classificação de risco Fitch: não vê o Brasil reconquistando o grau de investimento nos próximos anos. A avaliação foi feita por Shelly Shetty, head de ratings para Américas e Ásia, em evento realizado na terça-feira (9). Segundo a executiva, a credibilidade fiscal do país segue em xeque, o que afasta a possibilidade de uma melhora rápida na nota de crédito.
“O Brasil não deve voltar a ganhar grau de investimento no curto prazo. A credibilidade fiscal está, novamente, sendo questionada ano após ano pelos participantes do mercado”, disse Shetty.
Entre os fatores que pesam contra o país estão o baixo crescimento estrutural do PIB, a rigidez orçamentária e a percepção de que ajustes de gastos não têm apoio político suficiente. Para a Fitch, parte relevante da classe política considera desnecessário um ajuste fiscal mais profundo, o que limita o avanço de reformas.
O Brasil perdeu o grau de investimento em 2015, durante a crise fiscal do governo Dilma Rousseff. Embora países levem em média seis anos para recuperar a classificação, a Fitch avalia que o Brasil ainda está distante desse cenário. “Os gastos públicos são muito elevados no caso do Brasil e vão continuar crescendo nos próximos anos, no nosso cenário-base. Isso tira pontos do perfil de crédito”, afirmou a analista.
A comparação histórica mostra a deterioração: em 2008, quando recebeu o grau de investimento, o país projetava crescimento de 4% ao ano, déficit de 3% do PIB e dívida abaixo de 60%. Hoje, a expectativa de crescimento é de 2%, o déficit gira em torno de 8% e a dívida se aproxima de 80% do PIB.
Outro ponto de atenção é o peso dos juros elevados, que, segundo a Fitch, aumentam de forma significativa o desequilíbrio fiscal e tornam a dívida brasileira mais vulnerável que a de outros emergentes com rating semelhante. O risco, alerta a agência, pode se ampliar caso a economia desacelere em meio ao combate à inflação.
Agenda Econômica:
🇧🇷 08h00 – FGV: Primeira prévia do IGP-M de setembro
🇧🇷 09h00 – IBGE: IPCA de agosto
🇺🇸 09h30 – EUA: Inflação ao produtor (PPI) de agosto
🇺🇸 11h00 – EUA: Estoques no atacado de julho
🇺🇸 11h30 – EUA/DoE: Estoques semanais de petróleo
🇧🇷 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
Eventos
🇺🇸 11h00 – EUA: Comitê Bancário do Senado vota indicação de Stephen Miran ao Fed
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em baixa de 0,13%, aos 141.610 pontos. O volume de negócios somou R$18,4 bilhões, abaixo da média.
Maiores altas do Ibovespa
PCAR3 |
+7.75%
|
R$ 4,30
|
MRFG3 |
+4.49%
|
R$ 23,75
|
BRFS3 |
+4.12%
|
R$ 19,69
|
RECV3 |
+3.12%
|
R$ 13,22
|
BBAS3 |
+2.15%
|
R$ 21,40
|
Maiores baixas do Ibovespa
RAIZ4 |
-4.44%
|
R$ 1,29
|
BRKM5 |
-4.16%
|
R$ 9,21
|
CVCB3 |
-3.77%
|
R$ 2,04
|
VIVA3 |
-3.76%
|
R$ 27,35
|
CSAN3 |
-3.48%
|
R$ 7,21
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,34%, cotado a R$5,4361.
IFIX:
O índice fechou em queda de 0,10%, aos 3.505,91 pontos.
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Fonte: CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney. atualização: 7h30 (horário Brasília)
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