Bowman alerta fragilidade no mercado de trabalho e pede ação rápida do Fed

Michelle Bowman, integrante do Conselho de Governadores do Federal Reserve (Fed), defendeu nesta quinta-feira (26/09) que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) aja de forma “decisiva e proativa” diante do que classificou como “sinais emergentes de fragilidade” no mercado de trabalho norte-americano.

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“Na minha opinião, os dados recentes, incluindo as revisões estimadas do índice de emprego na folha de pagamento, mostram que corremos o sério risco de já estarmos atrasados no enfrentamento da deterioração das condições do mercado de trabalho”, afirmou Bowman durante o almoço do Forecasters Club de Nova York. “Se essas condições persistirem, receio que precisaremos ajustar a política em um ritmo mais acelerado e em maior escala daqui para frente.”

Ela ressaltou que a luta contra a inflação segue essencial, mas enfatizou que, em sua avaliação, o Fed deve adotar uma postura flexível para lidar com riscos assimétricos. “Sob uma abordagem flexível à formulação de políticas, é apropriado focar no lado do mandato que está mostrando sinais de deterioração ou fragilidade, mesmo que a inflação esteja acima, mas dentro da faixa de nossa meta”, destacou.

O posicionamento de Bowman reforça o debate interno no Fed sobre o equilíbrio entre o combate à inflação e a preservação da atividade econômica. Se a percepção de fragilidade do mercado de trabalho se confirmar, os investidores podem ajustar suas expectativas sobre os próximos passos da política monetária, afetando diretamente os índices de ações como o Dow Jones (DOWI:DJI), o Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX) e o S&P 500 (SPI:SP500), além do dólar norte-americano (CCOM:DXY) e dos títulos do Tesouro dos EUA.

Embora a fala de Bowman não traga mudanças imediatas na política do Fed, ela adiciona peso à percepção de que o banco central pode ter de agir mais cedo e com mais intensidade. No atual contexto de mercado, em que os investidores acompanham atentamente cada sinal da autoridade monetária, as declarações ganham relevância e podem se refletir em ajustes de curto prazo nos preços dos ativos.

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