Fundos mudam estratégia e ampliam apostas na soja na Bolsa de Chicago. Milho e trigo seguem no radar dos investidores

Os fundos de investimento alteraram sua posição em relação às commodities agrícolas na bolsa de Chicago (CBOT) na semana encerrada em 16 de setembro. Dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostram que esses investidores passaram de uma posição líquida vendida de 13.382 lotes para uma posição líquida comprada de 188 lotes em soja, demonstrando maior confiança na valorização da oleaginosa.

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No mesmo período, também houve uma mudança no milho. A posição líquida vendida caiu 18,17%, recuando de 99.593 para 81.497 lotes, o que indica uma redução no pessimismo em relação ao grão. Já no trigo, o movimento foi parecido, mas em menor intensidade: os fundos reduziram em 8% suas apostas na queda, saindo de 93.287 para 85.799 lotes.

Esse reposicionamento pode ter reflexos diretos nas cotações das commodities agrícolas, já que uma maior demanda por contratos de soja tende a sustentar os preços futuros, enquanto a diminuição da pressão vendedora no milho e no trigo pode suavizar eventuais quedas. Para os produtores e exportadores, o movimento pode representar um cenário de maior estabilidade no curto prazo.

No contexto atual do mercado financeiro, a notícia reforça a relevância do comportamento dos fundos de investimento como direcionador de tendências, não apenas nas commodities, mas também em mercados correlacionados, como câmbio e títulos de países exportadores agrícolas. A expectativa é que esse reposicionamento traga volatilidade adicional, especialmente para moedas ligadas ao setor de commodities, como o real brasileiro (FX:USDBRL).

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