A quarta-feira (17/09) foi marcada pela paralisação dos metalúrgicos da Embraer (BOV:EMBR3) na unidade de São José dos Campos (SP). O sindicato anunciou greve por tempo indeterminado, com a reivindicação de reajuste salarial de 11%, benefício de R$ 1 mil e assinatura de convenção coletiva.
A unidade reúne cerca de 15 mil funcionários e é responsável pela fabricação de jatos comerciais, executivos, sistemas e equipamentos, além de manter um centro de desenvolvimento. A paralisação traz incertezas sobre o ritmo de produção em um momento em que a Embraer busca expandir entregas e consolidar contratos internacionais.
Segundo o sindicato, a decisão foi aprovada em assembleia com ampla adesão dos trabalhadores. A Embraer ainda não divulgou posicionamento oficial sobre as negociações salariais, mas o impasse deve gerar atenção redobrada do mercado e de clientes internacionais da companhia.
No pregão desta terça-feira-feira (16/09), as ações da Embraer (BOV:EMBR3) encerraram estáveis, cotadas a R$75,85, sem variação em relação ao fechamento anterior. No acumulado de 52 semanas, os papéis oscilaram entre R$45,10 e R$84,07, refletindo o forte momento do setor aeroespacial brasileiro. Com o anúncio da greve após o fechamento do mercado, investidores devem acompanhar com cautela a reabertura dos negócios na quinta-feira (18/09).
Fundada em 1969, a Embraer é uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, com atuação nos segmentos de aviação comercial, executiva, defesa e mobilidade aérea. A companhia disputa espaço global com gigantes como Boeing (NYSE:BA) e Airbus (EU:AIR), sendo considerada um dos principais ativos do setor industrial brasileiro listados na bolsa de valores.
O desenrolar da greve pode trazer implicações diretas na produção e no cronograma de entregas da Embraer, além de influenciar o humor dos investidores.
- “Embraer afirma que fábricas operam normalmente e destaca nova proposta da FIESP em negociação salarial”
“As fábricas da Embraer operam normalmente em todo o Brasil.
A Embraer respeita todos os direitos dos colaboradores e estranhou a ação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos nessa manhã, na unidade Ozires Silva, que visa cercear o direito constitucional de ir e vir, tendo em vista que as negociações da data-base estão em andamento junto à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o sindicado ainda não apresentou a proposta mais recente aos trabalhadores.
A FIESP, que representa o grupo patronal do setor aeronáutico nas negociações referente à data-base 2025, apresentou ontem, 16 de setembro, uma nova proposta de reajuste salarial de 5,5% (valor acima da inflação do período) e aumento de 12,5% do vale alimentação para colaboradores com salários de até R$ 11 mil.
As negociações no âmbito da FIESP continuam em andamento com todos os sindicatos que representam os colaboradores no Estado de São Paulo.”
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