IPC-S sobe na segunda quadrissemana de setembro

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas, registrou aceleração na segunda quadrissemana de setembro, revertendo o ritmo deflacionário observado no início do mês. O indicador passou de -0,20% na primeira quadrissemana para 0,06% na leitura mais recente, com todas as sete capitais pesquisadas exibindo melhora.

No Rio de Janeiro, a deflação diminuiu de 0,38% para 0,09%, enquanto Salvador manteve variação negativa, mas com intensidade menor, indo de -0,26% para -0,03%.

Em Brasília, o movimento foi de deflação de 0,15% para uma leve inflação de 0,06%. Já Belo Horizonte apresentou deflação mais branda, de 0,08% frente aos -0,33% registrados na quadrissemana anterior.

Recife também saiu do campo negativo, passando de -0,32% para uma inflação de 0,07%. Porto Alegre seguiu a mesma trajetória, com variação de -0,14% para 0,11%. Em São Paulo, a maior praça do país, o índice subiu de -0,11% para 0,14%.

Esse resultado sinaliza que o movimento deflacionário que vinha pressionando os índices de preços perdeu força, o que pode trazer novos ajustes nas expectativas para inflação no curto prazo. O cenário tende a impactar diretamente as projeções do mercado de ações, os preços de títulos públicos atrelados à inflação e a cotação do real (FX:USDBRL), já que investidores acompanham de perto os sinais de retomada da inflação no Brasil.

Embora o IPC-S seja um indicador de frequência semanal e bastante sensível a oscilações pontuais, sua leitura atual ganha relevância em um contexto de expectativas de política monetária mais cautelosa, em meio às discussões sobre o ritmo de cortes na taxa Selic. A mudança na trajetória da inflação, mesmo que tímida, tende a aumentar a atenção do mercado financeiro para os próximos dados de preços.

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