O presidente do Federal Reserve Bank de Minneapolis, Neel Kashkari, declarou na sexta-feira (19/09) que considera apropriado realizar dois cortes adicionais de 25 pontos-base na taxa de juros até o fim do ano. Segundo ele, essa trajetória poderá ser acelerada caso o mercado de trabalho norte-americano apresente um enfraquecimento maior que o esperado. No entanto, também não descarta a possibilidade de manter as taxas atuais se a inflação ganhar força ou se o mercado de trabalho mostrar maior resiliência.

Durante sua fala, Kashkari destacou que apoia a decisão de política monetária anunciada nesta semana, ressaltando os riscos de um aumento acentuado do desemprego.

Ele também defendeu que a taxa neutra de juros provavelmente subiu para 3,1%, sugerindo que a política atual do Federal Reserve (DOWI:DJI | SPI:SP500 | NASDAQI:COMPX) “não foi tão rígida quanto se pensava anteriormente”. Ainda, previu que a inflação não deve avançar “muito mais que 3%” em função do impacto das tarifas, mas ponderou que está aberto a novos aumentos caso a conjuntura econômica aponte necessidade de um aperto adicional.

Para os mercados financeiros, esse posicionamento reforça a leitura de que o Federal Reserve segue adotando uma postura flexível diante da inflação persistente e das incertezas no mercado de trabalho. Isso tende a manter os investidores em alerta, com possível impacto nos preços dos títulos do Tesouro norte-americano, no câmbio e no desempenho da bolsa de valores dos Estados Unidos.

No contexto atual, a sinalização de Kashkari reforça a importância de acompanhar de perto os próximos dados de emprego e inflação, já que eles podem redefinir expectativas em relação ao ciclo de política monetária. A mensagem fortalece a volatilidade no mercado financeiro global, especialmente em um momento em que índices como o S&P 500 (SPI:SP500) e o Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX) vêm registrando oscilações em resposta às perspectivas de juros.

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