Pedidos de hipotecas nos EUA aumentam 9,2%

Os pedidos de hipoteca nos Estados Unidos registraram uma forte alta semanal de 9,2% na semana encerrada em 5 de setembro, de acordo com a Pesquisa Semanal de Pedidos de Hipotecas da Mortgage Bankers Association (MBA), divulgada na quarta-feira.

O levantamento mostrou que a taxa média de juros contratada para hipotecas de taxa fixa de 30 anos recuou para 6,49%, frente aos 6,64% da semana anterior. O Índice Composto de Mercado da MBA avançou para 297,7, enquanto o Índice de Compra cresceu 7%, chegando a 169,1. Já o Índice de Refinanciamento apresentou um salto de 12%, alcançando 1.012,4.

“As taxas de juros das hipotecas caíram pela segunda semana consecutiva, com os rendimentos dos títulos do Tesouro recuando, em meio a dados que indicam o enfraquecimento do mercado de trabalho”, comentou Joel Kan, vice-presidente e economista-chefe adjunto da MBA. “A queda das taxas impulsionou a semana mais forte de demanda por empréstimos desde 2022, com os pedidos de compra e refinanciamento subindo.”

A movimentação pode ter impacto direto nos preços das ações de empresas do setor imobiliário e de crédito nos Estados Unidos, já que o aumento da demanda por financiamentos costuma impulsionar construtoras, seguradoras e bancos listados no mercado norte-americano. Além disso, a queda das taxas de hipoteca tende a aliviar pressões no setor, em meio às incertezas ligadas ao mercado de trabalho.

No cenário mais amplo, a notícia pode influenciar os mercados de ações, câmbio e títulos, já que o maior apetite por crédito imobiliário pode ser interpretado como sinal de maior confiança no consumo das famílias. Para o dólar norte-americano (FX:USDBRL), movimentos desse tipo podem gerar volatilidade, enquanto os rendimentos dos títulos públicos seguem sensíveis à expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve.

Mesmo sem cotação anexa diretamente vinculada ao indicador, a relevância desta notícia se conecta ao momento atual dos mercados financeiros, reforçando o peso das taxas de financiamento imobiliário na dinâmica econômica dos Estados Unidos.

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