
Resultado trimestral da Ambev (ABEV3) revela lucro líquido de R$ 4,86 bilhões e aumento de margem, apesar da queda de volume. Investidores observam impacto na precificação das ações na bolsa de valores.
A Ambev (BOV:ABEV3) divulgou na madrugada desta quinta-feira (30/10) seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2025, apresentando um lucro líquido de R$ 4,86 bilhões, alta de 36,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado surpreendeu parte do mercado pela combinação de maior rentabilidade e crescimento orgânico de receita, mesmo diante de um ambiente de consumo ainda pressionado.
A receita líquida somou R$ 20,85 bilhões, avanço orgânico de 1,2%, enquanto o volume total vendido recuou 5,8% no comparativo anual. O Ebitda ajustado ficou em R$ 7,06 bilhões, praticamente estável (-0,1%), mas com margem ampliada de 32,0% para 33,9%, indicando melhora na precificação e controle de custos.
Esse movimento de melhora de margem com menor volume reforça uma estratégia que a Ambev já vinha sinalizando: priorizar produtos premium e otimização de portfólio em mercados-chave, reduzindo a dependência de categorias mais sensíveis ao preço, especialmente em um cenário de renda disponível limitada e concorrência crescente no mercado de bebidas.
Segundo a companhia, fatores como mix mais rentável, política de preços e eficiência logística foram determinantes para o desempenho. Embora não tenha havido declaração direta no balanço, analistas do setor interpretam o resultado como um sinal de recuperação gradual no segmento, após um período de forte pressão inflacionária sobre insumos e consumo.
No pregão da quarta-feira (29/10), as ações ABEV3 fecharam cotadas a R$ 12,03, estáveis no dia. Com a divulgação de um resultado acima da expectativa para o lucro, o mercado deve reagir de forma mais favorável no pregão desta quinta-feira, especialmente se investidores institucionais interpretarem os sinais de retomada como sustentáveis.
A Ambev é uma das maiores cervejarias do mundo, controlada pela AB InBev, atuando nos segmentos de cervejas, bebidas não alcoólicas e distribuição. Entre seus principais concorrentes no Brasil estão Heineken e Grupo Petrópolis, além de marcas regionais de forte penetração.
Investidores devem acompanhar não apenas o desempenho da ação, mas a capacidade da Ambev de sustentar margens elevadas em um cenário competitivo e ainda sensível no consumo.
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