Bom dia ADVFN – Acordo EUA-China, balanços da Apple e Amazon, Bradesco reporta alta no lucro e mais

Esse é o Bom dia ADVFN,  30 de outubro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam mistos. Os investidores repercutem o acordo de Trump e Xi Jinping, que prevê redução de tarifas comerciais, combate ao tráfico de fentanil e garantias sobre a exportação de terras raras. O encontro ocorreu em Busan, na Coreia do Sul, e foi o primeiro entre os dois líderes desde o retorno de Trump à Casa Branca, em janeiro. No radar, as reações com a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e um conjunto misto de resultados de grandes empresas de tecnologia.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam mistos. Balanços: os investidores se preparam para os resultados das gigantes da tecnologia Apple e Amazon após o fechamento do mercado, seguindo os resultados mistos de suas concorrentes do “Magnificent Seven” Alphabet, controladora do Google, Meta e Microsoft divulgados na noite de quarta-feira. Enquanto as ações da Alphabet subiram cerca de 6% após a divulgação de resultados sólidos, as ações da Meta e da Microsoft caíram cerca de 8% e 4%, respectivamente.

Acordo:   o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, anunciaram na quinta-feira (30) um acordo que prevê redução de tarifas comerciais, combate ao tráfico de fentanil e garantias sobre a exportação de terras raras. O encontro ocorreu em Busan, na Coreia do Sul. Segundo o presidente americano, as tarifas sobre produtos chineses foram reduzidas de 57% para 47%, enquanto as taxas aplicadas a produtos ligados ao fentanil — substância responsável por uma grave crise de opioides nos EUA — caíram de 20% para 10%. Em contrapartida, Pequim se comprometeu a retomar as compras de soja americana e manter o fluxo de exportação de terras raras, insumos estratégicos para a indústria de tecnologia.

Na Europa,  as bolsas operam em baixa, com investidores atentos a divulgação de resultados corporativos, dados de crescimento e da decisão sobre juro do Banco Central Europeu (BCE). A TotalEnergies, ING Groep, Volkswagen, Crédit Agricole, Société Générale, Anheuser-Busch InBev, BBVA e Schneider Electric apresentam hoje seus números trimestrais.

Na Ásia,  os mercados fecharam em baixa. Os investidores avaliam os resultados da reunião dos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping.

Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 0,73%, a 3.986,90 pontos, e o Shenzhen Composto recuou 1,27%, a 2.517,76 pontos.

O Nikkei ficou praticamente estável em Tóquio, com alta de 0,03%, a 51.325,61 pontos, mas garantiu novo fechamento recorde, após o Banco do Japão (BoJ) manter seu juro básico em 0,5%, e o sul-coreano Kospi avançou 0,14% em Seul, a 4.086,89 pontos, também patamar inédito, enquanto o Hang Seng caiu 0,24% em Hong Kong, a 26.282,69 pontos, na volta de um feriado, e o Taiex cedeu 0,03% em Taiwan, a 28.287,53 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo terceiro pregão seguido, com queda de 0,46% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.885,50 pontos. Também repercutiu na Ásia e no Pacífico a última decisão de juros do Federal Reserve (Fed). Ontem, o banco central dos EUA cortou juros pela segunda vez consecutiva, mas alertou que poderá interromper o ciclo de relaxamento monetário na sua próxima reunião, em dezembro.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 60,00 (-0,79%).

O Brent  é negociado a US$  64,40 (-0,80%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 110.851,00  (+0,12%).

Ouro: 

Negociado a US$ 3.981,70  a onça-troy (+0,41%).

Minério de ferro: 

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,38%, a 802,50 iuanes (US$ 113,04).

Brasil:

Aluguel:  A taxa de inadimplência de aluguel voltou a subir em setembro, alcançando 3,80% — o maior índice dos últimos 16 meses, segundo o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica. Em julho e agosto, o indicador havia se mantido estável em 3,76%, o maior patamar em 14 meses. Na comparação com setembro de 2024, quando estava em 3,14%, a alta é de 0,66 ponto percentual.

O Nordeste manteve a liderança no ranking nacional de inadimplência, com taxa de 5,97%, um aumento de 1,03 ponto percentual em relação a agosto. O Norte aparece em segundo lugar, com 4,86%, seguido pelo Centro-Oeste, que recuou para 3,49%. As regiões Sudeste e Sul registraram os menores índices: 3,42% e 3,28%, respectivamente, ambas com leve queda no período.

Economia:.

✔️ Bradesco: divulgou que teve no terceiro trimestre de 2025 (3T25) lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões, aumento de 2,3% na comparação trimestral e de 18,8% na base anual. Com isso, o ROAE (retorno sobre o patrimônio) chegou a 14,7% no 3T25, de 14,6% no trimestre anterior e 12,4% um ano antes (3T24).

✔️ BNDES:  anunciou na quarta-feira (29) a abertura de uma chamada pública para investir até R$ 1 bilhão em fundos de índice (ETFs) de ações, renda fixa ou híbridos. A iniciativa, conduzida pela subsidiária BNDESPar, representa o retorno do banco ao mercado de renda variável após um intervalo de dez anos.

De acordo com o edital, poderão ser selecionados até cinco fundos, com investimento máximo de R$ 200 milhões por ETF e limite de 50% de participação do BNDES em cada um deles. As propostas devem ser enviadas até o dia 5 de dezembro, e o resultado final está previsto para ser divulgado até março de 2026. A expectativa é que os recursos sejam aplicados ao longo do próximo ano. A prioridade será dada a fundos em estágio inicial ou recém-criados, com estratégias complementares ao portfólio da BNDESPar. Os critérios de seleção incluem a experiência da gestora, o histórico de desempenho, a taxa de administração e o alinhamento entre a performance do fundo e o índice de referência.

✔️ Cartão de crédito: a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito registrou leve queda em setembro, passando de 447,9% para 443,3% ao ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Apesar da redução, o patamar segue entre os mais altos do sistema financeiro e mantém o crédito rotativo como a modalidade mais cara do país.

✔️ Inadimplência: no Brasil mostra que 8,1 milhões de CNPJs estão negativados e 78,8 milhões de pessoas estão endividadas. Este cenário tem por trás uma série de fatores que se misturam e se potencializam ao longo dos anos, com empresas e famílias carregando dívidas, por vezes, desde a pandemia, e uma escalada de juros acelerada que foi de 2% em agosto de 2020 para 15% em junho de 2025 – o que tornou o pagamento das dívidas em atraso mais caro. A tendência é este cenário se prolongar, e a perspectiva para 2026 não é lá muito animadora. Embora o ciclo de cortes da Selic esteja à frente, a taxa básica de juros deve encerrar o próximo ano em torno de 12% – patamar ainda elevado, que seguirá comprometendo crédito e renda e, possivelmente, impactando até no número de contratações, que tende a desacelerar no ano que vem.

✔️ Dívida pública: o estoque da dívida federal passou de R$ 8,14 trilhões em agosto para R$ 8,12 trilhões em setembro, segundo o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal divulgado na quarta-feira (29) pelo Tesouro Nacional.  No acumulado do ano até setembro, a dívida subiu 11%, o equivalente a R$ 805,9 bilhões. A maior parte da dívida do governo (96,3%) é interna, ou seja, para pessoas e empresas do Brasil (R$ 7,82 trilhões). A parte externa, devida a investidores de outros países (em dólar), é de R$ 301,5 bilhões (US$ 56,7 bilhões).

Agenda Econômica:

🇩🇪 06h00 – Alemanha/Destatis: PIB preliminar do 3TRI
🇪🇺 07h00 – Zona do euro/Eurostat: PIB preliminar do 3TRI
🇪🇺 07h00 – Zona do euro/Comissão Europeia: índice de confiança do consumidor de outubro
🇪🇺 07h00 – Zona do euro/Eurostat: Taxa de desemprego de setembro
🇧🇷 08h00 – FGV: IGP-M de outubro
🇪🇺 10h15 – Zona do euro: BCE divulga decisão de política monetária
🇧🇷 10h30 – Tesouro: Resultado primário do governo central de setembro, seguido de coletiva
🇧🇷 14h30 – MTE divulga Caged de setembro
🇨🇳 22h30 – China/NBS: PMI composto de outubro

Eventos
🇪🇺 10h45 – Zona do euro/BCE: Christine Lagarde participa de coletiva sobre decisão de juros
🇺🇸 10h55 – EUA/Fed: Michelle Bowman participa de reunião
🇺🇸 14h20 – EUA: Lorie Logan (Fed/Dallas) faz discurso de abertura

Balanços
📊 EUA/antes da abertura: International Paper, Mastercard e Restaurant Brands International
📊 EUA/após o fechamento: Apple e Amazon
📊 Brasil/antes da abertura: Ambev
📊 Brasil/após o fechamento: Gerdau, Marcopolo, Multiplan, Telefônica e Vale

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Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,82%, aos 148.632 pontos. O volume negociado foi de R$ 23,5 bilhões.

Dólar:

O dólar fechou em baixa de 0,04%, cotado a R$ 5,358.

IFIX:

O índice fechou em alta de 0,15%, aos 3.589,68 pontos.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)