Copel conclui venda da Usina Baixo Iguaçu por R$ 1,68 bilhão e reforça foco em energia renovável

A companhia finalizou a transação com a ENERGO-PRO, movimentando R$ 1,68 bilhão e fortalecendo seu plano estratégico de desinvestimentos e foco em geração limpa.

A Companhia Paranaense de Energia — Copel (BOV:CPLE6) — anunciou nesta quinta-feira (23/10) a conclusão da venda da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu para a ENERGO-PRO, após o cumprimento de todas as condições precedentes e aprovações regulatórias. O valor total da operação foi de R$ 1,683,3 bilhão, marcando mais um passo na estratégia da companhia de otimizar seu portfólio e ampliar o foco em energias renováveis e distribuição.

Do montante total, R$ 155,4 milhões foram pagos em fevereiro de 2025, R$ 1,517,9 bilhão foram creditados nesta quinta-feira, e os R$ 10 milhões restantes serão liberados assim que as etapas pós-fechamento forem concluídas. A transação representa um movimento de reequilíbrio financeiro e estratégico, alinhado ao plano de modernização da Copel após sua transformação em corporação de capital disperso.

Nos últimos meses, a companhia tem reforçado seu posicionamento no setor elétrico, priorizando ativos de maior eficiência energética e menor impacto ambiental, enquanto reduz a participação em empreendimentos de menor retorno. O desinvestimento na Baixo Iguaçu, portanto, reflete a nova política de capital e foco em crescimento sustentável.

Ao longo da quarta-feira, as ações da Copel (CPLE6) encerraram estáveis a R$13,49, mantendo-se próximas da máxima das últimas 52 semanas (R$13,60). O mercado recebeu a notícia de forma neutra, mas analistas esperam efeitos positivos sobre o fluxo de caixa e a capacidade de investimento da estatal paranaense nos próximos trimestres.

A Copel (Companhia Paranaense de Energia) é uma das principais empresas do setor elétrico brasileiro, atuando em geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia. Fundada em 1954, a empresa vem ampliando sua presença em fontes renováveis, com destaque para projetos de energia eólica e solar, e competindo diretamente com grupos como Energisa (ENGI11), Eletrobras (ELET6) e Neoenergia (NEOE3).