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Eletrobras vende participação na Eletronuclear à J&F por R$ 535 milhões, e marca saída definitiva do setor nuclear

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Movimento reforça estratégia de desinvestimento da Eletrobras (BOV:ELET3) e abre espaço para a Âmbar Energia, do grupo J&F, diversificar portfólio e garantir fluxo estável de receitas.

A Eletrobras (BOV:ELET3) anunciou nesta quarta-feira (15/10) a venda de sua participação minoritária na Eletronuclear para a J&F Investimentos, holding dos irmãos Batista, por R$ 535 milhões. O acordo marca a saída definitiva da Eletrobras do setor nuclear, um movimento aguardado desde a capitalização da estatal e alinhado à estratégia de foco em ativos de geração e transmissão sob controle privado.

Com a conclusão do negócio, a Âmbar Energia, braço do grupo J&F no setor elétrico, passa a deter 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear, que permanece sob controle do governo federal por meio da ENBPar. A empresa assumirá as responsabilidades e garantias que antes cabiam à Eletrobras, além da integralização futura de debêntures acordadas com a União no valor de R$ 2,4 bilhões.

A operação representa um passo relevante para a Eletrobras em seu plano de desalavancagem e simplificação de portfólio, liberando-a de obrigações vinculadas ao setor nuclear. Ao mesmo tempo, para a Âmbar, o negócio diversifica a base de ativos e garante uma fonte de receitas previsível, com a operação das usinas Angra 1 e Angra 2 e o projeto Angra 3 em desenvolvimento.

No pregão desta quarta-feira (15/10), as ações da Eletrobras (ELET3) registravam alta de 3,28%, cotadas a R$ 53,54 às 10h12. O papel oscilou entre R$ 53,17 e R$ 54,13 no dia, após abrir a sessão em R$ 53,47. O volume negociado superava 3,6 milhões de ações, refletindo o otimismo do mercado com a estratégia de desinvestimento e o potencial de redução de riscos regulatórios.

A Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (BOV:ELET3) é uma das maiores empresas de energia da América Latina, com foco em geração e transmissão elétrica. Após a privatização, a companhia tem buscado fortalecer sua eficiência operacional e rentabilidade, com desinvestimentos em ativos não estratégicos e foco em energia renovável e infraestrutura.

O movimento reforça o novo posicionamento da Eletrobras no setor elétrico e consolida a entrada da J&F em um segmento de alta relevância estratégica.

VISÃO DO MERCADO

Mais um passo importante na redução de riscos impulsiona as ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) nesta quarta-feira (15). Por volta das 11h30 (horário de Brasília), ELET3 avançava 2,39%, enquanto ELET6 registrava alta de 2,47%.

Nesta manhã, a companhia anunciou a assinatura de contrato com a J&F para a venda de sua participação minoritária na Eletronuclear por R$ 535 milhões. O acordo marca a entrada da empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista no setor nuclear e, ao mesmo tempo, libera a Eletrobras de diversas obrigações ligadas a um segmento do qual buscava se desvincular.

Pelo acordo, a Âmbar Energia, veículo da J&F no setor elétrico, passará a deter 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear, que continua sob controle do governo por meio da ENBPar.

A J&F assumirá as garantias que eram prestadas pela Eletrobras em favor da Eletronuclear e será responsável pela subscrição das debêntures previstas no Acordo de Liquidação firmado com o Governo Federal em fevereiro, totalizando R$ 2,4 bilhões.

Segundo o Itaú BBA, a operação representa o último grande esforço da Eletrobras para reduzir riscos desde seu processo de privatização, com três impactos positivos principais: i) elimina a obrigação de subscrever R$ 2,4 bilhões em debêntures; ii) retira garantias de R$ 6 bilhões em favor da Eletronuclear; iii) potencializa a criação de crédito tributário significativo, já que a companhia provisionará R$ 7 bilhões no 3º trimestre de 2025 relacionados à transação.

O BBA ressalta que o fechamento ainda depende de aprovações regulatórias e estima que ocorra apenas em 2026. “O caixa de R$ 535 milhões deverá contribuir para uma leve desalavancagem de cerca de 0,2 vez. Embora seja cedo para afirmar se a empresa poderá distribuir dividendos extraordinários, estimamos que o dividend yield adicional poderia alcançar 0,4%”, explicam os analistas.

“A Eletrobras concluiu os principais marcos de redução de risco nos últimos meses, abrindo caminho para um novo impulso na tese de investimento. Além disso, fundamentos como os preços da energia permanecem favoráveis”, avalia o BBA, mantendo recomendação equivalente à compra. “A empresa segue sendo nossa principal escolha no setor de serviços públicos de energia.”

O Bradesco BBI destaca que o ponto central é que este ativo representava o último grande risco para a tese de investimento da Eletrobras. “Portanto, o ganho não está no preço de venda do ativo em si — já que o mercado precifica a Eletronuclear a zero —, mas na redução do risco e, consequentemente, na taxa de desconto aplicada”, avaliam.

Para a Ativa Investimentos, a operação está alinhada com o foco estratégico da Eletrobras de se consolidar como a maior empresa de energia elétrica renovável do país após a privatização. “O movimento reforça a otimização de capital e a simplificação corporativa, além de reduzir incertezas jurídicas e regulatórias ligadas à Eletronuclear. Consideramos essa iniciativa positiva para a tese de investimento na companhia.”

Como o valor contábil do investimento era de R$ 7,8 bilhões, a transação resultará em uma provisão de cerca de R$ 7 bilhões no 3º trimestre de 2025, gerando um impacto contábil negativo pontual. A Eletrobras já vinha realizando desinvestimentos em termelétricas, inclusive com operações anteriores envolvendo a J&F, demonstrando consistência na estratégia de concentrar recursos em geração renovável e transmissão. Do ponto de vista de alocação de capital, a venda libera caixa e reduz contingências, abrindo espaço para novos investimentos mais alinhados às diretrizes da empresa e maior distribuição de dividendos aos acionistas.

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