As exportações e importações da China surpreenderam positivamente nesta segunda-feira (13/10), com resultados muito acima das projeções do mercado. As exportações cresceram em ritmo mais forte do que o esperado, enquanto as importações superaram amplamente as expectativas, sinalizando uma retomada consistente da demanda global e doméstica. Apesar disso, a balança comercial mostrou superávit menor, refletindo o aumento do apetite por insumos importados. O índice Shanghai SE encerrou o dia em leve baixa, enquanto os rendimentos dos títulos de 10 anos chineses recuaram, indicando uma postura mais cautelosa dos investidores após os dados.
Às 00h30 (horário local), a Administração Geral das Alfândegas da China divulgou que as exportações avançaram 8,40 milhões, bem acima da Projeção de 4,80 milhões. O crescimento anual foi de 8,3%, superando as expectativas de 6,0% e acelerando frente aos 4,4% do mês anterior.
As importações também surpreenderam, somando 7,50 milhões no mês, mais do que o dobro da Projeção de 1,70 milhão. No comparativo anual, o avanço foi de 7,4%, contra 1,5% esperados e 1,3% registrados anteriormente, refletindo uma recuperação mais robusta do consumo interno e da produção industrial local.
Já a balança comercial, expressa em yuanes, registrou superávit de 645,47 bilhões, abaixo da Projeção de 710,00 bilhões e do resultado Anterior de 732,70 bilhões. Em dólares, o superávit ficou em US$ 90,45 bilhões, também inferior à expectativa de US$ 98,50 bilhões.
Em termos de impacto de mercado, as exportações em alta costumam apoiar o yuan (FX:USDCNY) e impulsionar empresas exportadoras listadas na bolsa de valores chinesa. No entanto, a elevação simultânea das importações sugere que a recuperação é mais ampla, com reflexos também no consumo interno — fator que tende a reduzir o superávit comercial e limitar ganhos cambiais.
No fechamento do dia, o Shanghai SE recuou 0,19%, aos 3.889,50 pontos, em meio à realização de lucros após os fortes resultados do setor industrial. Os títulos do governo chinês de 10 anos (yield 1,765%) caíram 2,38%, refletindo expectativa de manutenção de estímulos monetários pelo Banco Popular da China (PBOC).
O movimento do câmbio foi contido, com o yuan oscilando próximo de 7,27 por dólar, em um ambiente de liquidez moderada e expectativa de ajustes graduais de política monetária.
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