O Ibovespa (BOV:IBOV) iniciou a sessão desta quinta-feira em um cenário técnico de pura indefinição. O índice segue respeitando a média de 200 dias — um importante referencial de longo prazo — mas permanece pressionado abaixo da média de 21 dias, que sinaliza o humor do mercado no curto prazo. Essa configuração sugere uma batalha clara entre compradores e vendedores, sem que nenhum dos lados tenha tomado o controle definitivo da tendência.
Nos últimos pregões, a faixa dos 143.250 pontos tem se mostrado uma barreira relevante para o avanço dos preços. Caso esse patamar seja superado, projeções por Fibonacci indicam espaço para testes em 147.500 ou até 157.400 pontos, abrindo caminho para um novo ciclo de recuperação técnica. No entanto, o inverso também é verdadeiro: a perda dos 141.000 pontos poderia acionar um movimento corretivo mais agressivo, com alvos em 138.000 e 133.000 pontos.
Os indicadores técnicos reforçam essa neutralidade. O IFR (Índice de Força Relativa) aponta para baixo, sinalizando enfraquecimento momentâneo da força compradora. Já o MACD segue em modo de baixa, confirmando a dificuldade do índice em engatar um rali sustentado.
No curtíssimo prazo, o cenário intraday também mostra sinais mistos. O índice futuro WINFUT opera lateralmente no gráfico de 60 minutos, enquanto nos tempos gráficos de 15 e 5 minutos prevalece uma inclinação baixista. Essa divergência técnica costuma preceder movimentos de ajuste, seja na forma de lateralização mais prolongada, seja com uma correção direcional mais intensa.
O volume vendedor observado na defesa das médias curtas — sobretudo a de 9 e 21 períodos — adiciona um viés ligeiramente mais negativo para os próximos candles. Uma retração mais robusta poderia levar o Ibovespa de volta aos 140.000 ou até 139.000 pontos, regiões que já serviram de suporte no passado recente.
O contexto internacional também joga um papel relevante nesse impasse. O S&P 500 futuro (BMF:WSPU25), negociado na B3, mantém uma tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias, com projeções técnicas em 6.860 e 6.960 pontos. Essa força externa poderia funcionar como um catalisador positivo para a bolsa brasileira — especialmente se os mercados globais sustentarem a alta ao longo do dia.
Entretanto, vale a ressalva: tanto IFR quanto MACD do S&P futuro também apontaram para baixo, sinalizando uma possível realização de lucros no curto prazo. Um eventual fechamento abaixo dos 6.750 pontos traria pressões adicionais para mercados emergentes, incluindo o Brasil.
O dólar futuro também merece atenção. O Dólar Futuro (BMF:DOLU25) | (BMF:WDOU25) fechou acima da média de 21 dias e retomou sinal de alta no curto prazo. Acima dos R$ 5,420, há projeções que levam o contrato para R$ 5,475 ou R$ 5,580, o que poderia pressionar ativos de risco locais. Já uma perda dos R$ 5,350 reabriria espaço para correções.
Os juros futuros, por sua vez, reforçam a tensão no ambiente doméstico. Os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) e janeiro de 2033 (BMF:DI1F33) seguem tecnicamente indefinidos entre as médias de 21 e 200 dias, com IFR apontando para baixo. Abaixo de 13,30%, o DI-2029 tem suportes em 12,98% e 12,40%, enquanto o DI-2033 poderia buscar os 13,30% ou 13,15% se perder os 13,65%. Juros mais baixos tenderiam a aliviar a pressão sobre a renda variável.
No radar internacional, indicadores de inflação e confiança do consumidor nos EUA devem influenciar o humor dos mercados nesta quinta-feira. O dado de expectativa inflacionária, marcado para as 11h, tem potencial de mexer com os rendimentos dos Treasuries e, por consequência, com os fluxos globais de capital.
Enquanto isso, os investidores acompanham com atenção ativos de maior volatilidade intraday, como Vale ON (BOV:VALE3), Weg ON (BOV:WEGE3) e Ambev (BOV:ABEV3), que costumam amplificar movimentos do índice em dias de indecisão técnica. A liquidez concentrada nesses papéis pode definir a direção final do pregão.
Em suma, o Ibovespa está literalmente “em cima do muro”. Sem um gatilho mais claro — seja doméstico ou externo —, a tendência é de que o índice permaneça oscilando em faixas estreitas, com predominância de movimentos técnicos e reações a eventos macroeconômicos pontuais.
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