Ibovespa sobe com IPCA-15 e inflação dos EUA abaixo do esperado, reforçando apostas em corte da Selic e do Fed

O Ibovespa (BOV:IBOV) encerrou o pregão desta sexta-feira (24/10) em alta de 0,31%, aos 146.172 pontos, embalado por dados positivos do IPCA-15 de outubro, que reforçaram a aposta do mercado em cortes futuros da taxa Selic. O volume negociado foi de R$ 16 bilhões, abaixo da média dos últimos 50 pregões (R$ 14,6 bilhões), mas suficiente para garantir uma alta semanal de 1,93%. O contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) também acompanhou o ritmo, sustentado por otimismo local e exterior, enquanto o dólar futuro (BMF:DOLFUT) avançou levemente 0,16%, a R$ 5,400.

O dia foi marcado por uma combinação de fatores que mexeram com o humor dos investidores. No Brasil, o IPCA-15 abaixo das projeções trouxe alívio e fortaleceu o cenário de cortes de juros pelo Banco Central, animando o mercado de ações. No exterior, a inflação ao consumidor norte-americana (EUA) também veio abaixo do esperado, reforçando apostas de flexibilização monetária pelo Federal Reserve ainda neste ano.

Já na China, sinais de desaceleração no setor industrial voltaram a gerar cautela, mas sem ofuscar o otimismo global. No front político, o aumento da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a vantagem sobre adversários nas pesquisas da AtlasIntel trouxeram um viés de estabilidade ao ambiente doméstico.

Entre as ações que brilharam na bolsa de valores B3, destaque para CVC (BOV:CVCB3), que saltou 5,29% após dados positivos do setor de turismo; Eneva (BOV:ENEV3), com alta de 4,25% impulsionada por diretrizes favoráveis em leilões de energia; e Hypera (BOV:HYPE3), que avançou 3,18% com perspectiva de melhora na demanda de medicamentos.

No outro extremo, Brava Energia (BOV:BRAV3) recuou 2,76%, acompanhada por Cosan (BOV:CSAN3) (-2,60%) e Auren (BOV:AURE3) (-1,72%), pressionadas por ajustes setoriais. As ações mais negociadas foram Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR), Vale (BOV:VALE3) e Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) — pesos-pesados da bolsa que representam os setores de energia, mineração e financeiro, respectivamente.

No mercado de juros futuros (BMF:DI1FUT), os vértices encerraram o pregão em queda de até 9 pontos-base, com o trecho intermediário da curva liderando o movimento. O DI para janeiro de 2026 recuou 8 pontos, a 10,45%, enquanto o DI para janeiro de 2031 caiu 6 pontos, a 11,08%. O IPCA-15 abaixo do consenso reforçou o cenário de afrouxamento monetário e aumentou a aposta em corte da Selic já na reunião de janeiro do Copom. O clima mais leve no exterior, com Treasuries em baixa e dólar moderado, completou o ambiente de alívio na renda fixa.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Azevedo & Travassos (AZEV3/AZEV4)

   A Azevedo & Travassos S.A. comunicou nesta quinta-feira (23/10) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que entende não ser necessária a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) de suas ações ordinárias. A medida ocorre após a aquisição pelo fundo Nemesis das ações anteriormente detidas pelo fundo Camaçari, que, segundo a empresa, não resultou em transferência de controle. Saiba mais…

   Azul (AZUL4)

   A Azul S.A. informou nesta quinta-feira (23/10) que projeta uma alavancagem líquida de 2,5 vezes na saída do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, conforme o Capítulo 11. O dado foi divulgado em fato relevante ao mercado, no qual a companhia também revisou para baixo as estimativas de crescimento de receita e Ebitda ajustado em seu novo plano de negócios. Saiba mais…

   Braskem (BRKM5)

   A Braskem S.A. anunciou um investimento estimado em R$ 4,2 bilhões para ampliar a capacidade produtiva de sua central petroquímica no Rio de Janeiro. O projeto prevê o aumento de 220 mil toneladas anuais de etanol e de volumes equivalentes de polietileno, com conclusão prevista para o final de 2028. Saiba mais…

   Copasa (CSMG3)

   A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa deu um passo importante rumo à privatização após a aprovação em 1º turno da Proposta de Emenda à Constituição do Estado (PEC 24/23), na madrugada desta sexta-feira (25), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A emenda elimina a necessidade de referendo popular para autorizar a venda da empresa, recebendo 52 votos a favor e 18 contra. Saiba mais…

   Cosan (CSAN3)

   A Cosan S.A. informou que seu conselho de administração aprovou uma oferta pública primária de 1,45 bilhão de novas ações ordinárias, com potencial acréscimo de até 25% no volume inicialmente ofertado. O objetivo da operação é reduzir o endividamento e melhorar a estrutura de capital da companhia, ampliando sua flexibilidade financeira em um momento estratégico para o grupo. Saiba mais…

   Estapar (ALPK3)

   A Allpark Empreendimentos, Participações e Serviços S.A., controladora da rede de estacionamentos Estapar, informou ao mercado na noite de quinta-feira (23/10) que a participação indireta de André Esteves, presidente do conselho de administração do BTG Pactual, subiu de 55,56% para 81,41% do capital social da companhia. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras deve apresentar aumento significativo na produção de petróleo no terceiro trimestre de 2025, conforme indicam dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção média de petróleo atingiu 2,5 milhões de barris por dia (MMbpd), e especialistas apontam que esse crescimento deve refletir diretamente nos resultados financeiros apresentados no Relatório de Vendas e Produção que será divulgado nesta sexta-feira (24). Saiba mais…

   Telefônica Brasil (VIVT3)

   A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de 50% da Fibrasil pela Telefônica Brasil S.A., que opera sob a marca Vivo. A decisão, publicada no Diário Oficial da União, destrava o avanço estratégico da operadora no segmento de redes neutras de fibra óptica. Saiba mais…

   TPI (TPIS3)

   A Triunfo Participações e Investimentos S.A. divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25) com prejuízo líquido de R$ 16,3 milhões, ampliando o pequeno resultado negativo de R$ 463 mil apurado no mesmo período de 2024. O resultado foi impactado por despesas financeiras e ajustes contábeis, embora a companhia tenha registrado crescimento consistente nas receitas e melhora operacional em suas concessões rodoviárias. Saiba mais…

   Usiminas (USIM5)

   A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – Usiminas reportou um prejuízo líquido de R$ 3,503 bilhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), revertendo o lucro de R$ 185 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. O resultado reflete principalmente o impacto de provisões e menor desempenho operacional em um ambiente ainda desafiador para o setor do aço. Saiba mais…

   Vale (VALE3)

   A agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou nesta quinta-feira (23/10) a elevação do rating da Vale S.A. de “BBB” para “BBB+”, com perspectiva estável, refletindo a melhora no perfil de crédito da mineradora. A revisão abrange também o rating de inadimplência do emissor (IDR) de longo prazo em moeda estrangeira e local, além das dívidas sênior sem garantia da Vale e da Vale Overseas Limited. Saiba mais…

   Wilson Sons (PORT3)

   A Wilson Sons Holdings Brasil S.A. anunciou nesta quinta-feira (23/10) que a SAS Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária da MSC, adquiriu 130.960.732 ações ordinárias por meio da oferta pública de aquisição (OPA), correspondentes a 29,57% do capital social da companhia. O preço por ação foi de R$ 18,53. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)