
Nesta segunda-feira (27/10), o mercado financeiro global se prepara para uma bateria intensa de indicadores econômicos que prometem movimentar os mercados de títulos, juros, câmbio e ações. A agenda será marcada por divulgações cruciais nos Estados Unidos, Brasil, Europa e Ásia, com destaque para os dados de bens duráveis americanos, confiança do consumidor brasileiro e o tradicional índice Ifo na Alemanha.
Nos Estados Unidos, as atenções se voltam para os Pedidos de Bens Duráveis de setembro, que serão divulgados às 09h30 (horário de Brasília). O consenso de mercado aponta para uma queda de 2,7%, após um aumento de 1,1% em agosto. O núcleo do indicador, que exclui o setor de defesa, deve registrar alta de 1,9%, revertendo a queda anterior de 2,5%. Leituras mais fracas poderão reforçar a percepção de que o Federal Reserve tem espaço para adotar uma postura mais acomodatícia, o que tende a pressionar os rendimentos dos Treasuries e enfraquecer o dólar no mercado internacional.
Ainda nos Estados Unidos, às 11h00, o relatório de Vendas de Casas Novas (setembro) deve apontar para 710 mil unidades, abaixo das 800 mil registradas no mês anterior, sinalizando uma possível desaceleração no setor imobiliário. Logo depois, às 12h30, será divulgado o GDPNow do Fed de Atlanta, com expectativa de manutenção da projeção de crescimento de 3,9% no PIB do terceiro trimestre. Resultados mais fracos podem ampliar a percepção de esfriamento da economia americana, com impacto direto sobre as expectativas de política monetária.
No Brasil, a agenda começa às 08h00 com a divulgação da Confiança do Consumidor da FGV (outubro), que marcou 87,5 pontos no mês anterior. O mercado espera uma leve melhora, em linha com a recente estabilidade inflacionária e o câmbio controlado. Pouco depois, às 08h25, sai o tradicional Boletim Focus, trazendo as novas projeções para inflação, PIB, taxa de câmbio e Selic. Alterações significativas nessas projeções podem gerar volatilidade na curva de juros futuros e afetar a trajetória do real frente ao dólar.
Na Europa, a segunda-feira será movimentada a partir das 06h00, com a divulgação do Índice Ifo de Clima de Negócios da Alemanha (outubro), que deve subir de 87,7 para 88,1 pontos, sinalizando uma leve melhora no sentimento empresarial. As Expectativas de Negócios devem avançar de 89,7 para 90 pontos, enquanto a Avaliação da Situação Atual deve recuar marginalmente de 85,7 para 85,5 pontos. Esses dados serão observados de perto, já que refletem o humor das empresas diante de uma economia europeia ainda pressionada por juros elevados e custos de energia persistentes. No mesmo horário, a Massa Monetária M3 (anual) deve mostrar desaceleração de 2,9% para 2,7%, indicando um ritmo menor de expansão da liquidez financeira, o que reforça o viés mais cauteloso do Banco Central Europeu.
Na Ásia, a agenda começa ainda no domingo (26/10), às 20h50, com a divulgação do Índice de Preços de Serviços Corporativos (CSPI) no Japão, que deve subir 2,8% no comparativo anual, acima dos 2,7% anteriores. O resultado pode reforçar as pressões inflacionárias no setor de serviços e reacender expectativas de que o Banco do Japão considere ajustes adicionais na política monetária, fortalecendo o iene e elevando os rendimentos dos títulos japoneses.
Mais tarde, às 22h30, a China divulga o resultado dos Lucros Industriais acumulados até setembro, que anteriormente mostraram avanço de 0,9%. O mercado espera uma leve aceleração, refletindo os efeitos positivos das medidas de estímulo econômico e da recuperação gradual da demanda interna. Caso o resultado supere as projeções, pode impulsionar as bolsas asiáticas, o índice Hang Seng e as ações ligadas a commodities.
Na segunda-feira (27/10), às 05h15, a presidente do Banco da Reserva da Austrália (RBA), Michele Bullock, fará um discurso que poderá fornecer novas pistas sobre a política monetária australiana. Pouco depois, às 05h30, Hong Kong divulga seus dados de Exportações e Importações de setembro, que cresceram 14,5% e 11,5%, respectivamente, no mês anterior. Os números devem ajudar a medir o ritmo do comércio na região e indicar se a recuperação asiática segue ganhando tração.
A semana começa, portanto, com o mercado global de olho em dados que ajudarão a calibrar as expectativas para os próximos movimentos dos principais bancos centrais do mundo. O comportamento dos juros futuros, das moedas e das ações deve refletir diretamente a leitura desses indicadores, definindo o tom para os negócios até o fim de outubro.
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🇺🇸 Estados Unidos: foco nos bens duráveis e no setor imobiliário
Na manhã de segunda (27/10), às 09h30, o Departamento de Comércio dos EUA divulga os Pedidos de Bens Duráveis de setembro, com projeção de queda de 2,7%, após o aumento de 1,1% em agosto. O núcleo, que exclui o setor de defesa, deve subir 1,9%, revertendo a queda anterior de 2,5%. Uma leitura mais fraca pode pressionar os rendimentos dos Treasuries e reforçar apostas de corte de juros pelo Federal Reserve, impactando também o dólar globalmente.
Às 11h00, será divulgado o dado de Vendas de Casas Novas (setembro), com projeção de 710 mil unidades, abaixo das 800 mil do mês anterior. Caso o número venha menor, pode indicar um arrefecimento do mercado imobiliário, reforçando a percepção de desaceleração da economia americana.
Ainda nos EUA, o GDPNow do Fed de Atlanta (12h30) trará uma estimativa atualizada para o crescimento do PIB do 3º trimestre, atualmente em 3,9%, o que pode influenciar o humor dos investidores.
🇧🇷 Brasil: confiança do consumidor e Boletim Focus no radar
No Brasil, os investidores estarão atentos, a partir das 08h00, ao Índice de Confiança do Consumidor da FGV (outubro), que no mês anterior marcou 87,5 pontos. O mercado espera uma ligeira melhora, acompanhando a recente estabilidade da inflação e do câmbio.
Logo depois, às 08h25, o Boletim Focus trará as novas projeções para inflação, PIB, câmbio e taxa Selic — um indicador importante para balizar as apostas sobre os próximos passos do Banco Central. Qualquer revisão significativa nas expectativas pode afetar a curva de juros futuros e o comportamento do real frente ao dólar.
🇪🇺 Europa: Ifo e massa monetária na Alemanha devem orientar expectativas
A partir das 06h00, a Alemanha divulga o tradicional Índice Ifo de Clima de Negócios (outubro), com projeção de 88,1 pontos, levemente acima do resultado anterior (87,7). As Expectativas de Negócios devem subir de 89,7 para 90, enquanto a Avaliação da Situação Atual deve recuar de 85,7 para 85,5.
Esses dados serão cruciais para medir a confiança empresarial na maior economia da zona do euro, ainda pressionada por custos de energia e juros altos. Leituras fracas podem fortalecer a visão de que o Banco Central Europeu (BCE) manterá uma postura mais cautelosa, pressionando o euro e impulsionando os títulos soberanos da região.
Na sequência, o Agregado M3 da Massa Monetária (anual) deve mostrar desaceleração de 2,9% para 2,7%, sinalizando menor crescimento da liquidez financeira, o que reforça a tendência de moderação monetária na Europa.
🇨🇳 China: lucro industrial sob observação
Às 22h30 de domingo (26/10), serão conhecidos os Lucros Industriais acumulados no ano até setembro, que anteriormente mostraram avanço de 0,9%. O mercado espera uma leve aceleração, refletindo a recuperação gradual da demanda doméstica e os estímulos implementados por Pequim.
Um resultado mais forte pode dar fôlego às ações de commodities e impulsionar o índice Hang Seng e o yuan, além de melhorar o sentimento global de risco.
🇯🇵 Japão: preços de serviços corporativos
Às 20h50 de domingo (26/10), o Índice de Preços de Serviços Corporativos (CSPI) deve mostrar alta de 2,8% ao ano, acima dos 2,7% anteriores, refletindo pressões inflacionárias persistentes no setor de serviços. Caso a alta se confirme, pode reacender apostas de ajuste monetário adicional pelo Banco do Japão, fortalecendo o iene e pressionando os rendimentos dos títulos japoneses.
🌏 Outros destaques na Ásia e Oceania
Na Austrália, às 05h15, a presidente do Banco da Reserva da Austrália (RBA), Michele Bullock, discursa e pode trazer pistas sobre a política monetária. Já em Hong Kong (05h30), serão divulgados os dados de Exportações e Importações de setembro, que anteriormente subiram 14,5% e 11,5%, respectivamente.
Esses números são importantes para medir o dinamismo do comércio asiático e podem influenciar o comportamento das moedas regionais e das ações de tecnologia e logística.
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