Kepler Weber registra queda de 13,5% no lucro no 3T25, com avanço forte em Portos e Terminais

Resultado trimestral mostra pressão na rentabilidade, mas crescimento relevante em áreas estratégicas sinaliza recuperação gradual; ação KEPL3 encerrou o pregão a R$7,75.

A Kepler Weber (BOV:KEPL3), referência em soluções para armazenagem, movimentação e secagem de grãos no agronegócio, divulgou nesta quarta-feira (29/10) seu resultado financeiro do terceiro trimestre de 2025. A companhia reportou lucro líquido de R$ 51,6 milhões, queda de 13,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda somou R$ 73,6 milhões, recuo de 20,8% na comparação anual, enquanto a receita operacional líquida atingiu R$ 423,3 milhões, queda de 3,6% na mesma base.

Apesar da retração nos principais indicadores, o trimestre revelou dinamismo relevante em linhas estratégicas de negócio. A receita líquida do segmento de Portos e Terminais avançou expressivos 97,4%, enquanto Negócios Internacionais cresceu 23,6% e a área de Reposição e Serviços registrou alta de 10,8% frente ao terceiro trimestre de 2024.

Segundo a empresa, o movimento aponta sinais de estabilização em um ciclo de readequação de demanda no setor.

“O trimestre sinaliza uma recuperação gradual e tendência de estabilização, mesmo em um ambiente desafiador”, destacou a Kepler no relatório do período.

No mercado, os papéis KEPL3 encerraram o pregão desta quarta-feira cotados a R$ 7,75, estabilidade frente ao fechamento anterior. Como o resultado foi divulgado após o fechamento da bolsa de valores, a expectativa é que o anúncio movimente o desempenho do papel na reabertura do mercado nesta quinta-feira (31/10), principalmente entre investidores atentos ao comportamento da margem operacional da companhia.

A Kepler Weber atua na linha de equipamentos, sistemas e serviços voltados ao agronegócio, com forte presença em armazenagem de grãos, exportação de equipamentos industriais e infraestrutura logística. A companhia compete diretamente com players nacionais e internacionais do segmento de armazenagem agrícola, logística e tecnologia pós-colheita.

Para investidores, o resultado reforça um cenário de transição, com foco no fortalecimento de segmentos de maior valor agregado e exposição internacional.