Klabin contrata linha de financiamento de US$ 150 milhões para reforçar gestão de dívidas

A gigante de papel e celulose fortalece sua posição financeira com novo empréstimo internacional de R$ 819 milhões, em linha com sua estratégia de alongar prazos e reduzir custos de endividamento.

A Klabin S.A. (BOV:KLBN11), maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, anunciou nesta quarta-feira (16/10) a contratação de uma nova linha de financiamento internacional no valor de US$ 150 milhões — cerca de R$ 819,3 milhões no câmbio atual. O crédito foi obtido na modalidade Term Loan, em que o valor é liberado integralmente e pago ao longo do tempo em parcelas.

De acordo com a companhia, as amortizações estão previstas para ocorrer no 5º, 6º e 7º anos, com custo médio all-in de SOFR + 1,61% ao ano. O objetivo, segundo a Klabin, é reforçar a gestão eficiente do endividamento, mantendo sua capacidade de investimento sem comprometer o equilíbrio financeiro — um movimento que reforça a prudência da empresa diante do atual cenário de juros mais altos.

Nos últimos trimestres, a Klabin tem buscado otimizar seu perfil de dívida, alongando prazos e ampliando a flexibilidade financeira para sustentar projetos de expansão e modernização industrial, especialmente no segmento de papéis recicláveis e embalagens sustentáveis.

Analistas de mercado avaliam que o novo financiamento internacional reforça a credibilidade da Klabin no mercado global de crédito, ao mesmo tempo em que evidencia uma postura estratégica em meio à volatilidade econômica.

No pregão desta quarta-feira (15/10), as ações KLBN11 encerraram estáveis, cotadas a R$ 17,50, sem variação no dia. O papel oscilou entre a mínima de R$ 17,35 e a máxima de R$ 17,50, refletindo um movimento de cautela do mercado após a divulgação da operação. A expectativa é de que, com o fortalecimento da estrutura de capital, a ação possa ganhar tração nas próximas semanas.

A Klabin S.A. é uma das mais tradicionais companhias do setor de papel e celulose da bolsa de valores brasileira (B3), com forte presença nos segmentos de papéis para embalagens, sacos industriais, cartões e soluções sustentáveis. A empresa disputa mercado com gigantes como Suzano (SUZB3) e Irani (RANI3).