Mercado asiático recuou com Nikkei 225 em queda de 1,35%. Expectativas de novas negociações EUA-China dominaram o dia

As bolsas de valores da região Ásia-Pacífico encerraram a quinta-feira (23/10/2025) sem direção única, refletindo o clima de cautela após o recuo das bolsas de Nova York e novos ruídos nas relações comerciais entre Estados Unidos e China. O destaque negativo foi o índice Nikkei 225 (TSE:N225), do Japão, que liderou as perdas do dia, enquanto o Shanghai SE (SSE:000001) e o Hang Seng (HKEX:HSI) avançaram. O principal indicador econômico da região foi a decisão do Banco da Coreia, que manteve inalterada sua taxa básica de juros.

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China

Os mercados chineses voltaram ao campo positivo nesta quinta-feira (23/10/2025). O índice Shanghai SE (SSE:000001) subiu 0,22%, enquanto o Shenzhen Composto (SZSE:399106) avançou na mesma magnitude. A recuperação ocorreu após a divulgação de que o vice-premiê He Lifeng participará de um encontro com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, na Malásia, a partir de sexta-feira (24/10/2025), para tratar de comércio e cooperação econômica. A notícia trouxe alívio aos investidores, que ainda digerem as discussões do Partido Comunista sobre o novo plano quinquenal da economia chinesa. A expectativa é de que as medidas discutidas impulsionem investimentos domésticos e reduzam a volatilidade nas bolsas locais.

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Japão

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 (TSE:N225) caiu 1,35%, refletindo a aversão ao risco após a queda das bolsas norte-americanas na véspera e as novas especulações sobre possíveis restrições comerciais dos EUA à China. O clima externo pressionou ações de exportadoras, especialmente do setor de tecnologia. Sem novos indicadores econômicos relevantes no dia, os investidores reagiram à piora do sentimento global. A moeda japonesa, iene (FX:USDJPY), teve leve valorização frente ao dólar, à medida que buscou-se refúgio em ativos considerados seguros.

Hong Kong

Em Hong Kong, o índice Hang Seng (HKEX:HSI) encerrou em alta de 0,72%, impulsionado pela recuperação de ações do setor imobiliário e de tecnologia. O otimismo foi sustentado pela expectativa de que o encontro sino-norte-americano na Malásia possa reduzir tensões tarifárias. Apesar do ambiente global volátil, investidores locais aproveitaram o momento para recompor posições em papéis descontados.

Austrália

Na Oceania, o S&P/ASX 200 (ASX:XJO) registrou leve alta de 0,03%. O mercado australiano manteve-se praticamente estável, à espera de novas declarações do Banco da Reserva da Austrália sobre a política monetária e da divulgação do índice de preços ao consumidor da próxima semana. O dólar australiano (FX:AUDUSD) oscilou de forma moderada frente ao dólar norte-americano, acompanhando o movimento das commodities metálicas.

Índia

O índice Nifty 50 (NSE:NIFTY) encerrou o pregão com leve queda, refletindo a cautela dos investidores diante da desaceleração no ritmo de crescimento da produção industrial. O dado divulgado nesta quinta-feira (23/10/2025) mostrou alta de 3,8%, abaixo da Projeção de 4,5% e do resultado Anterior de 4,1%. A leitura reforçou as expectativas de que o Banco Central da Índia mantenha os juros inalterados na próxima reunião de política monetária.

Coreia do Sul

Em Seul, o índice Kospi (KSE:KOSPI) recuou 0,98%, após o Banco da Coreia (BoK) manter sua taxa básica de juros em 2,5% pela terceira vez consecutiva. A decisão veio em linha com a Projeção de mercado e seguiu o resultado Anterior, refletindo a preocupação da autoridade monetária com o enfraquecimento das exportações e o aumento da volatilidade global. O won sul-coreano (FX:USDKRW) perdeu força frente ao dólar, refletindo a saída de capitais do país.

Mercado cambial asiático

Nas últimas 24 horas, o mercado de câmbio da Ásia apresentou leve apreciação do iene (FX:USDJPY) e estabilidade do yuan (FX:USDCNY), enquanto o won sul-coreano (FX:USDKRW) e o dólar australiano (FX:AUDUSD) mostraram desvalorização frente à moeda norte-americana. Frente ao euro (FX:EURUSD), as principais moedas da região oscilaram de forma moderada, em meio à busca global por segurança após novas tensões comerciais entre Washington e Pequim.

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