Ações europeias abrem em alta com recuperação asiática melhorando o humor do mercado global

Os mercados europeus começaram a semana em alta na segunda-feira, 20 de outubro de 2025, impulsionados por ganhos acentuados na Ásia e antes de uma agenda pesada de lucros corporativos.

Às 04h10 (horário de Brasília), o DAX da Alemanha subia 1%, o CAC 40 da França subia 0,5% e o FTSE 100 do Reino Unido subia 0,4%. Isso ocorreu após um fechamento fraco na sexta-feira, quando preocupações com o setor bancário dos EUA puxaram os índices europeus para baixo. Uma recuperação tardia dos bancos regionais dos EUA ajudou a aliviar essas preocupações na nova semana.

Nikkei se anima com acontecimentos políticos

O sentimento europeu foi impulsionado pela alta das ações japonesas durante a noite. O Nikkei 225 disparou mais de 3%, ultrapassando 49.000 pontos, atingindo um recorde após relatos de que o Partido Liberal Democrata do Japão (PLD) obteve apoio parlamentar suficiente para formar um governo de coalizão liderado por Sanae Takaichi.

Takaichi, amplamente vista como uma pessoa complacente em termos fiscais, deve apoiar o aumento dos gastos do governo e resistir a novos aumentos de juros pelo Banco do Japão. O Parlamento deve votar sua nomeação na terça-feira, abrindo caminho para a primeira mulher a ser premiê do Japão.

Crescimento da China desacelera, mas supera previsões

Na China, o PIB do terceiro trimestre cresceu 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, ligeiramente acima das previsões do mercado de 4,7%, mas abaixo do crescimento de 5,2% observado no segundo trimestre, de acordo com dados oficiais divulgados na segunda-feira. Isso marcou o crescimento anual mais lento do país desde o terceiro trimestre de 2024, refletindo a pressão contínua da desinflação persistente e dos atritos comerciais com os EUA.

Enquanto isso, na Europa, os preços ao produtor alemão caíram 0,1% em setembro, uma queda de 1,7% em relação ao ano anterior, ressaltando as pressões inflacionárias limitadas na maior economia da zona do euro.

Setor de luxo em foco com a venda do braço de beleza da Kering

O setor de luxo está atraindo atenção após a Kering (EU:KER) anunciar no fim de semana a venda de sua divisão de beleza para a L’Oréal (EU:OR) por € 4 bilhões. O acordo reflete a estratégia do novo CEO Luca de Meo de reduzir a dívida e se concentrar nas marcas de moda do grupo.

Esta semana começa relativamente tranquila em termos de resultados, mas o ritmo deve aumentar nos próximos dias. A L’Oréal divulga seus resultados na terça-feira, enquanto a SAP (TG:SAP) , o Barclays (LSE:BARC) e a Heineken (TG:HNK1) estão agendados para quarta-feira. Na quinta-feira, os resultados da Kering, Roche (TG:RHO) , Unilever (LSE:ULVR) e Lloyds Banking Group (LSE:LLOY) estarão em foco.

Nos EUA, os principais lucros desta semana incluem (NASDAQ:TSLA) , Ford (NYSE:F) , General Motors (NYSE:GM) , Netflix (NASDAQ:NFLX) , Procter & Gamble (NYSE:PG) e Coca-Cola (NYSE:KO) , juntamente com a gigante aeroespacial e de defesa RTX (NYSE:RTX) e as gigantes da tecnologia IBM (NYSE:IBM) e Intel (NASDAQ:INTC) .

Preços do petróleo caem à medida que aumentam as preocupações com o fornecimento

Os preços do petróleo bruto ampliaram sua queda na segunda-feira, em meio a preocupações persistentes com a fraca demanda e a expectativa de um excedente de oferta. Os contratos futuros do petróleo Brent recuaram 0,8%, para US$ 60,83 o barril, enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) recuaram 0,8%, para US$ 56,72.

Ambos os índices de referência perderam mais de 2% na semana passada, marcando seu terceiro declínio semanal consecutivo, pressionados pelo alerta da Agência Internacional de Energia sobre um iminente excesso de oferta em 2026.

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