
Minério de ferro fecha em alta nas bolsas de Dalian e Singapura. Vale (BOV:VALE3) recua na B3 e ADRs (NYSE:VALE) acompanham leve baixa em Nova York nesta quinta-feira (23/10).
Os contratos futuros de minério de ferro encerraram esta quinta-feira (23/10) em alta nas principais praças internacionais, sustentados pela expectativa de novos estímulos econômicos na China e por dados mais firmes da produção de aço no país asiático. O sentimento positivo manteve o mercado em alta pelo terceiro pregão consecutivo em Dalian, mesmo diante de projeções de enfraquecimento da demanda global no quarto trimestre.
Na Bolsa de Dalian (DCE), o contrato mais negociado — para janeiro de 2026 — fechou a 777 iuanes por tonelada métrica, o equivalente a US$ 109,08, registrando alta de 0,39% no dia. Já na Bolsa de Cingapura (SGX), o contrato de referência para novembro avançou 0,45%, encerrando a US$ 104,65 por tonelada, com o preço das fines de 62% Fe negociado próximo de US$ 104,60.
Fatores que impulsionaram o minério
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Expectativa de estímulos chineses: investidores aguardam novos pacotes de incentivo fiscal e monetário após dados econômicos fracos no setor imobiliário e industrial.
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Demanda por aço: os estoques de produtos siderúrgicos caíram, enquanto a produção voltou a crescer na China, sinalizando demanda firme no curto prazo.
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Limite de alta: analistas, no entanto, alertam que o aumento dos embarques globais pode pressionar os preços nas próximas semanas.
Impacto na Vale e no setor de mineração
Apesar da recuperação dos preços do minério, as ações da Vale (BOV:VALE3) encerraram o pregão em queda de 0,27%, cotadas a R$ 61,71 na bolsa de valores brasileira (B3). Na bolsa de Nova York (NYSE:VALE), os recibos de ações (ADRs) também recuaram 0,17%, fechando a US$ 11,50.
O movimento reflete uma realização de lucros após a sequência positiva da véspera e o ajuste de posições de curto prazo. Mesmo assim, o papel segue amparado por uma visão otimista no médio prazo, após a empresa divulgar resultados operacionais sólidos no 3T25 e anunciar pagamento de dividendos e JCP.
A XP Investimentos manteve recomendação neutra para a companhia, mas fixou preço-alvo de R$ 66 para 2025, citando perspectivas favoráveis para os próximos trimestres, ainda que o cenário externo permaneça volátil.
Desempenho das mineradoras globais
No exterior, o movimento foi misto entre as principais mineradoras. A australiana BHP Group (ASX:BHP) avançou 0,48%, fechando a 2.094,00 unidades, enquanto sua listagem em Nova York (NYSE:BHP) recuou 0,90%, a US$ 55,29. A Rio Tinto (LSE:RIO) teve alta de 1,84%, encerrando a 5.301,00 unidades, impulsionada pelos ganhos do minério e pelo otimismo com a demanda chinesa.
Nos Estados Unidos, a Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) subiu 0,54%, cotada a US$ 13,07, enquanto a europeia ArcelorMittal (EU:MT) teve leve baixa de 0,51%, a €33,33, acompanhando o enfraquecimento do euro frente ao dólar.
Na B3, a CSN Mineração (BOV:CMIN3) registrou alta de 1,75%, a R$ 5,81, seguindo o tom positivo do minério e refletindo melhora nas expectativas para o segmento de aço e logística.
Panorama setorial e mineração no Brasil
O setor de mineração brasileiro continua no radar dos investidores, impulsionado por projetos em minerais críticos e parcerias internacionais. O governo anunciou que pretende ampliar o processamento interno de minerais estratégicos, reduzindo a dependência de exportações in natura, enquanto a Agência Nacional de Mineração (ANM) segue com atividades parcialmente paralisadas — o que gera preocupação sobre licenciamento e segurança.
A Vale (VALE3) segue como destaque, com forte geração de caixa e avanço em projetos de níquel e cobre, além do foco em sustentabilidade e descarbonização. A companhia também lidera iniciativas de cooperação internacional entre o Brasil e a Indonésia no setor de energia e mineração.
A alta do minério nesta quinta-feira reforça o papel central das commodities metálicas no mercado financeiro global, com impacto direto sobre o desempenho da Vale (BOV:VALE3) e do Ibovespa. O cenário de curto prazo ainda é volátil, mas o otimismo com a economia chinesa e a retomada da demanda siderúrgica sustentam o apetite dos investidores.
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