Minerva lidera quedas do dia no Ibovespa: ações despencam com preocupações sobre dívida e ciclo do gado

Em uma quarta-feira (29/10) de altas generalizadas no índice, setor de proteínas e varejo pressionam para baixo, enquanto investidores digerem balanços e volatilidade em commodities.

Nesta quarta-feira (29/10), o Ibovespa (BOV:IBOV) subiu 0,82% para 148.632,93 pontos, mas nem todas as ações acompanharam o ritmo positivo, com o setor de alimentos liderando as perdas em meio a temores com endividamento elevado e ciclo desfavorável do gado no Brasil. A Minerva (BOV:BEEF3), empresa do segmento de proteínas que atua na produção e exportação de carne bovina com marcas como Minerva Foods e Athena Foods, registrou a maior baixa entre as componentes do índice, caindo 3,38% para R$ 6,86, refletindo preocupações com sua dívida líquida de R$ 14,2 bilhões reportada no primeiro semestre de 2025 e o impacto de um prejuízo de R$ 1,5 bilhão acumulado em 2024.

A segunda posição nas quedas ficou com a Vamos (BOV:VAMO3), companhia do ramo de locação de veículos pesados e equipamentos agrícolas com produtos sob a marca Vamos Locação, que recuou 3,06% para R$ 3,17, influenciada pela volatilidade no setor de logística e pela ausência de catalisadores positivos imediatos após um ano de ajustes em frota e margens. Em terceiro lugar, a Auren Energia (BOV:AURE3), do setor de energia renovável focada em geração eólica e solar com ativos como parques eólicos integrados, despencou 2,71% para R$ 10,75, penalizada por um ambiente de juros elevados que encarece financiamentos para projetos de expansão.

Na sequência, a Raízen (BOV:RAIZ4), joint venture no segmento de biocombustíveis e distribuição de combustíveis com marcas como Shell e produtos de etanol de segunda geração, caiu 2,15% para R$ 0,91, afetada pela compressão de margens no açúcar e etanol devido a preços internacionais mais baixos e estoques elevados. Fechando o top 5, a Magazine Luiza (BOV:MGLU3), varejista de eletrodomésticos e eletrônicos com a icônica marca Magalu e plataforma de e-commerce, desvalorizou 1,85% para R$ 8,50, em meio a um consumo doméstico ainda fragilizado e competição acirrada no online, apesar de esforços em omnicanalidade.

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Embora a Vale (BOV:VALE3), gigante da mineração com foco em minério de ferro e níquel sob a marca Vale, tenha subido 1,93% para R$ 63,40 com o apoio da alta no minério, a Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4), estatal de óleo e gás com produtos como gasolina Podium e lubrificantes Lubrax, viu sua ação ordinária PETR3 cair 0,38% para R$ 31,88, pressionada por expectativas de dividendos menores em 2025 e volatilidade no petróleo, enquanto a preferencial PETR4 resistiu com leve alta de 0,20%.

No setor financeiro, que geralmente atua como âncora de estabilidade, algumas instituições fecharam em baixa nesta quarta-feira (29/10), como a BB Seguridade (BOV:BBSE3), braço de seguros e previdência do Banco do Brasil com produtos como seguros rurales e planos de previdência BB Previdência, que recuou 0,73% para R$ 32,44, refletindo ajustes em prêmios e sinistralidade; e a Caixa Seguridade (BOV:CXSE3), focada em seguros habitacionais e consórcios com a marca Caixa Seguros, que caiu 0,33% para R$ 14,95, impactada por um cenário de provisões mais conservadoras.

A análise técnica da Minerva (BOV:BEEF3) revela um padrão de Engolfo de Baixa no candlestick diário, sinalizando continuação de pressão vendedora após o corpo da vela atual engolir completamente a anterior, com suporte imediato em R$ 6,61 que, se rompido, pode levar a testes em R$ 6,38; já a resistência chave está em R$ 7,21, com indicadores como Estocástico neutro entre 20 e 80 e Parabólico SAR ainda em compra, mas com 38% dos sinais altistas contra 15% baixistas, sugerindo cautela em meio a um campo de tendência ainda em alta mas com risco de reversão.

Os motivos para essas baixas estão ancorados em notícias do dia, como o ciclo desfavorável do gado elevando custos para a Minerva apesar de sua redução de 9% na dívida via aumento de capital em setembro, enquanto a Vamos sofre com logística cara; a Auren enfrenta juros que encarecem renováveis, a Raízen lida com margens apertadas no etanol, e a Magazine Luiza reflete consumo fraco, tudo em um pregão onde o otimismo geral com China e EUA não permeou todos os setores.

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Análise Técnica Minerva – BEEF3

Após o pregão de quarta-feira (29/10), as ações da Minerva (BOV:BEEF3) encerraram em queda de 3,38%, cotadas a R$ 6,86, pressionadas pela formação de candlestick “Engolfo de Baixa”, que sinaliza possível reversão negativa. O papel oscilou entre R$ 6,84 e R$ 7,17, com volume negociado de 16,6 milhões de ações, acima da média dos últimos três meses. Apesar da queda, o campo de tendência permanece em alta, sustentado por indicadores como Trix ascendente, médias móveis de 5 e 21 períodos e Parabólico SAR apontando compra. No entanto, o rompimento da banda superior de Bollinger e o IFR neutro indicam que o ativo pode estar sobrecomprado, exigindo cautela.

Para o pregão de quinta-feira (30/10), os traders devem observar dois pontos críticos: a resistência em R$ 7,21 e o suporte em R$ 6,61. Caso BEEF3 rompa a resistência com força e volume, poderá buscar alvos em R$ 8,24 e R$ 8,33. Por outro lado, se perder o suporte de R$ 6,61, o papel pode acelerar a queda até R$ 6,04. Com 5 dos 13 indicadores sinalizando alta e apenas 2 apontando baixa, o cenário técnico é misto, mas com viés positivo. Estratégias de trade devem incluir stops curtos e atenção ao volume, que pode confirmar ou invalidar os sinais gráficos.

Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.

Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.