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Ações da Netflix caem 7% no pré-mercado com cobrança de impostos no Brasil atingindo margens

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A Netflix, Inc. (NASDAQ:NFLX) viu suas ações caírem mais de 7% no pré-mercado dos EUA na quarta-feira, 22 de outubro de 2025, após divulgar lucros trimestrais abaixo das expectativas de Wall Street, principalmente devido a uma despesa tributária extraordinária relacionada a uma disputa no Brasil. A empresa enfatizou que a questão “não terá efeito material nos resultados futuros”.

A Netflix também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:NFLX34).

No terceiro trimestre, a Netflix registrou lucro de US$ 5,87 por ação, abaixo da previsão dos analistas de US$ 6,96. A receita cresceu 17% em relação ao ano anterior, para US$ 11,51 bilhões, ficando praticamente em linha com as estimativas. A empresa atribuiu o crescimento da receita ao aumento de assinantes, preços mais altos e um forte desempenho publicitário — seu melhor trimestre publicitário até o momento.

O engajamento do público também atingiu níveis recordes nos EUA e no Reino Unido, com alta de 15% e 22%, respectivamente, em relação ao final de 2022, de acordo com dados da Nielsen e do Broadcasters’ Audience Research Board (Barb). A Netflix não divulga mais o número de assinantes em seus relatórios de lucros.

A margem operacional, no entanto, caiu de 30% para 28% no ano anterior, impactada por uma cobrança de US$ 619 milhões vinculada a avaliações de impostos não relacionados à renda no Brasil, abrangendo de 2022 até o terceiro trimestre deste ano.

A Netflix observou que “teria excedido sua meta de margem sem a cobrança”. A questão tributária brasileira também deve pesar nas margens do ano inteiro, levando a empresa a reduzir sua projeção de margem anual de 30% para 29%.

Para o trimestre atual, a margem operacional projetada é de 23,9%, dois pontos acima do mesmo período do ano passado. A empresa também previu uma receita de US$ 11,96 bilhões no quarto trimestre e um lucro de US$ 5,45 por ação.

Em nota a clientes, os analistas do BofA Securities, Jessica Reif Ehrlich e Brent Navon, destacaram que a Netflix não divulgou uma previsão para o ano inteiro de 2026, ao contrário do que ocorreu no mesmo trimestre do ano passado. A empresa atribuiu a mudança às “circunstâncias únicas” associadas à remoção da divulgação de dados para assinantes a partir de 2025.

“No entanto, isso não parece sinalizar nenhuma mudança perceptível nos fundamentos subjacentes, já que a publicidade deve mais que dobrar em 2025, o crescimento do engajamento aumentou no terceiro trimestre e o ambiente de preços é construtivo após vários aumentos de preços dos concorrentes”, disseram os analistas do BofA.

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Crédito da imagem: Canva

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