O Bank of America eleva preço-alvo das ações da Tesla, classificando-a como líder em inteligência artificial física

O Bank of America (BofA) elevou seu preço-alvo para as ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) de US$ 341 para US$ 471, reiterando sua recomendação Neutra. O BofA descreveu a fabricante de veículos elétricos como a clara líder no campo emergente da “IA física”, mas alertou que sua avaliação atual parece elevada.

A meta revisada deriva de uma análise da soma das partes (SOTP, na sigla em inglês) que atribui cerca de 45% do valor total da Tesla ao seu segmento de robotáxis, 19% ao projeto do robô humanoide Optimus, 17% à condução totalmente autônoma (FSD, na sigla em inglês), 12% ao negócio automotivo principal e 6% à geração e armazenamento de energia, de acordo com os analistas.

A equipe, liderada por Federico Merendi, afirmou que a avaliação mais alta reflete “um menor custo de capital próprio, um melhor progresso do Robotaxi e uma avaliação mais alta para a Optimus, levando em conta a potencial entrada em mercados internacionais”.

O Bank of America ajustou suas projeções financeiras para incluir margens mais robustas na divisão de energia, variantes mais acessíveis do Modelo 3/Y e contribuições iniciais do negócio de Robotaxi. No entanto, os analistas também elevaram suas projeções de custos operacionais para refletir os investimentos contínuos da Tesla em crescimento.

Agora, a previsão é de que as despesas operacionais cheguem a US$ 13,2 bilhões em 2026, um aumento de 24% em relação às estimativas anteriores.

“Continuamos a ver a TSLA como a empresa com a maior vantagem em termos de iniciativas de condução autônoma e aplicações de IA física atualmente no mercado. No entanto, reconhecemos que existem desafios a curto prazo e que a avaliação atual está elevada”, escreveram os analistas.

Os resultados do terceiro trimestre da Tesla destacaram uma receita de US$ 28,1 bilhões, um aumento de 12% em relação ao ano anterior, superando as expectativas de Wall Street, impulsionado por entregas recordes de 497.099 veículos.

As margens automotivas da empresa caíram para 17%, pressionadas pelo aumento dos custos e das tarifas, enquanto seu segmento de energia apresentou um desempenho sólido, com margens brutas de 31,4%.

As despesas operacionais subiram 44% em relação ao ano anterior, impulsionadas por um aumento de 57% nos gastos com IA e P&D, à medida que a Tesla continua a expandir sua presença tecnológica.

Analistas alertaram que desafios de curto prazo permanecem para os negócios automotivos da empresa na América do Norte após o término dos incentivos da Lei de Redução da Inflação, ecoando o aviso do CEO Elon Musk sobre “alguns trimestres difíceis”.

Ainda assim, a equipe do BofA permanece otimista em relação às perspectivas da Tesla nos setores de energia e mobilidade autônoma, observando que a área de atuação da empresa em Austin triplicou e que as operações do Robotaxi podem ser lançadas em até dez áreas metropolitanas antes do final do ano.

“A abordagem da Tesla baseada em visão computacional tem o potencial de permitir uma expansão muito mais rápida dos Robotaxis em comparação com os concorrentes”, disseram os analistas.

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