Brent e WTI fecham em baixa. Petrobras avança na B3, enquanto petroleiras internacionais têm desempenho misto nos pregões desta segunda-feira (27/10).

O mercado de petróleo iniciou a semana em clima de cautela, com os preços das principais referências internacionais em queda nesta segunda-feira, 27 de outubro de 2025, refletindo as incertezas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China e a preocupação com a sobreoferta global. O movimento de realização de lucros veio após uma sequência de altas expressivas no final da semana passada, quando as sanções norte-americanas a companhias russas impulsionaram o setor energético.

No fechamento do dia, o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) recuou 0,68%, cotado a US$ 61,41 por barril, após oscilar entre a mínima de US$ 60,56 e a máxima de US$ 61,93. Já o Petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) caiu 1,13%, encerrando a sessão a US$ 64,99, com mínima de US$ 64,41 e máxima de US$ 65,81. A queda ocorreu após forte valorização na última quinta-feira, quando o Brent havia subido mais de 5%.

Mesmo com o recuo da commodity, a Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) manteve desempenho positivo na bolsa de valores B3, com as ações preferenciais (PETR4) subindo 0,54%, a R$ 30,00, e as ordinárias (PETR3) avançando 0,41%, cotadas a R$ 31,88. Nos Estados Unidos, os ADRs da petroleira também fecharam em alta: PBR subiu 1,02%, a US$ 11,86, enquanto PBR.A avançou 0,99%, a US$ 11,19.

Entre as empresas brasileiras do setor, a PetroReconcavo (BOV:RECV3) teve leve alta de 0,72%, cotada a R$ 12,57, enquanto PRIO (BOV:PRIO3) manteve estabilidade em R$ 37,05. Já Brava Energia (BOV:BRAV3) recuou 0,07%, a R$ 14,45, e Pet Manguinhos (BOV:RPMG3) caiu 0,46%, a R$ 2,18.

No cenário internacional, as grandes petroleiras listadas em Nova York e Londres mostraram desempenho misto. A ExxonMobil (NYSE:XOM) avançou 0,16%, a US$ 115,57, e a ConocoPhillips (NYSE:COP) subiu 0,76%, cotada a US$ 88,70. Já Chevron (NYSE:CVX) recuou 0,09%, para US$ 155,42. Na Europa, a BP (LSE:BP) teve alta de 0,69%, a US$ 34,78, enquanto a Shell (LSE:SHEL) caiu 0,63%, cotada a US$ 75,36. A TotalEnergies (EU:TTE) teve desempenho misto, com os papéis subindo 0,37% na Euronext, a € 62,33, e recuando 0,26% na NYSE, a US$ 53,77.

O ambiente de incerteza global ainda é agravado pela persistente sobreoferta de petróleo e pelas sanções à Rússia, que seguem gerando volatilidade nas cotações. Além disso, o temor de desaceleração na demanda global — especialmente diante da política de juros altos em economias desenvolvidas — mantém investidores em alerta.

A Petrobras, por sua vez, segue no radar dos investidores, apoiada por sua forte geração de caixa e novos projetos de exploração na Margem Equatorial e no pré-sal. O mercado avalia que, mesmo com a volatilidade do petróleo, a estatal mantém fundamentos sólidos e boa capacidade de distribuição de dividendos no médio prazo.

O desempenho das commodities segue sendo um dos principais vetores para o comportamento do mercado financeiro brasileiro, especialmente pela forte correlação entre o preço do petróleo e as ações da Petrobras.

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