
O ouro recuou novamente nas negociações asiáticas na segunda-feira, 27 de outubro de 2025, prolongando a queda da semana passada, com a melhora do sentimento comercial entre EUA e China reduzindo a demanda pelo metal como ativo de refúgio. Os participantes do mercado agora estão voltando suas atenções para o Federal Reserve (Fed), que deve cortar as taxas de juros ainda esta semana.
O ouro à vista caiu 1,3%, para US$ 4.060,80 a onça, às 01h44 (horário de Brasília), enquanto os contratos futuros do ouro nos EUA recuaram 1,6%, para US$ 4.072,60. A queda ocorreu após o ouro encerrar uma sequência de nove semanas de ganhos, durante as quais os preços atingiram máximas recordes acima de US$ 4.300 a onça, com compras em portos seguros, impulsionadas por preocupações geopolíticas e expectativas de flexibilização monetária.
Avanço comercial enfraquece apelo do ouro
A recente queda ocorre após um avanço nas discussões comerciais, com autoridades americanas e chinesas chegando a um acordo preliminar no fim de semana, à margem das reuniões da ASEAN na Malásia. A estrutura deverá ser finalizada quando Donald Trump e Xi Jinping se encontrarem na Coreia do Sul no final desta semana, potencialmente estendendo a trégua comercial e abrindo caminho para um acordo mais amplo.
“A ameaça da tarifa de 100% desapareceu, assim como a ameaça de os chineses iniciarem um regime mundial de controle de exportações”, disse o funcionário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sugerindo que o risco de uma nova escalada comercial havia diminuído.
A mudança no sentimento aumentou o apetite dos investidores por ativos de risco, pesando na demanda por ouro.
Decisão sobre a taxa do Fed em foco
As expectativas de um corte na taxa de juros do Fed na reunião de 29 de outubro ajudaram a limitar as perdas do ouro. O relatório mais fraco do IPC dos EUA, divulgado na semana passada, reforçou as apostas em um corte de 25 pontos-base, com os investidores também observando sinais de maior flexibilização até o final do ano.
Taxas de juros mais baixas geralmente beneficiam o ouro ao reduzir o custo de oportunidade de manter o metal e pressionar o dólar americano, tornando o ouro mais atraente para compradores estrangeiros.
Movimentos mistos nos mercados de metais
O complexo mais amplo de metais preciosos também se enfraqueceu na segunda-feira. Os futuros da prata caíram 1,4%, para US$ 47,91 a onça, enquanto os futuros da platina recuaram 0,9%, para US$ 1.587,10.
Em contraste, o cobre prolongou sua alta. Os contratos futuros de referência na Bolsa de Metais de Londres subiram mais de 1%, atingindo o recorde de US$ 11.078,00 por tonelada, enquanto os contratos futuros de cobre nos EUA subiram 1,4%, para US$ 5,19 por libra. A alta foi impulsionada pela paralisação da mina Grasberg, da Freeport-McMoRan Inc., na Indonésia, e pelo otimismo renovado em relação a uma trégua comercial entre EUA e China.
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