Os preços do petróleo subiram na quinta-feira, 16 de outubro de 2025, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, concordou em parar de importar petróleo da Rússia, uma medida que pode restringir a oferta global.
Às 7h00 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent para dezembro subiram 22 centavos, ou 0,36%, para US$ 62,13 o barril, enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA para novembro avançaram 23 centavos, ou 0,39%, para US$ 58,50.
Recuperação após perdas recentes
A alta ocorreu após uma queda acentuada na sessão anterior, quando ambos os índices de referência atingiram seus níveis mais baixos desde o início de maio. Os preços foram pressionados pelas novas tensões comerciais entre os EUA e a China e por um alerta da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre um potencial excesso de oferta em 2026, com a OPEP+ e outros produtores aumentando a produção em meio ao enfraquecimento da demanda.
Na quarta-feira, Trump afirmou que a Índia — que obtém cerca de um terço de suas importações de petróleo da Rússia — suspenderia as compras e que Washington agora buscaria um compromisso semelhante com a China. A medida faz parte de uma estratégia mais ampla dos EUA para reduzir as receitas energéticas de Moscou e pressionar o Kremlin a negociar a paz na Ucrânia.
A reação moderada da Índia
O Ministério das Relações Exteriores da Índia respondeu na quinta-feira, enfatizando que os “dois principais objetivos do país eram garantir preços de energia estáveis e garantir o fornecimento”. A declaração não mencionou os comentários de Trump.
De acordo com três fontes citadas pela Reuters, algumas refinarias indianas estão se preparando para uma redução gradual das importações de petróleo bruto russo nos próximos meses.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também disse na quarta-feira que informou o ministro das Finanças japonês, Katsunobu Kato, sobre a expectativa de Washington de que o Japão também reduzirá as importações de energia russa.
Índia e China continuam sendo os dois maiores compradores de petróleo bruto russo transportado por via marítima, que está sob sanções dos EUA e da UE. Modi já havia defendido as compras como cruciais para a segurança energética da Índia.
“Na margem, este é um desenvolvimento positivo para o preço do petróleo bruto, pois removeria um grande comprador (Índia) do petróleo russo”, disse Tony Sycamore, analista de mercado do IG Group.
Novas sanções e dados de inventário em destaque
O governo do Reino Unido também implementou novas sanções contra a Rosneft e a Lukoil, visando quatro terminais de petróleo, a refinaria chinesa Shandong Yulong Petrochemical, 44 petroleiros da “frota paralela” da Rússia e a Nayara Energy Limited, uma refinaria de propriedade russa na Índia.
A atenção agora se volta para os dados de estoque dos EUA, divulgados pela Administração de Informação de Energia (EIA) na quinta-feira. Dados anteriores do Instituto Americano de Petróleo (API) mostraram um aumento de 7,36 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto dos EUA na semana encerrada em 10 de outubro, juntamente com um aumento de 2,99 milhões de barris nos estoques de gasolina e uma queda de 4,79 milhões de barris nos destilados.
A queda nos estoques de destilados sugere uma demanda mais firme por diesel, mas o aumento nos estoques de petróleo bruto e gasolina aponta para um consumo geral lento nos EUA, o maior consumidor mundial de petróleo. Analistas esperam que os estoques de petróleo bruto dos EUA tenham aumentado em cerca de 0,3 milhão de barris na semana passada.
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