
A Vivo supera expectativas do mercado com Ebitda de R$6,5 bilhões e receita líquida de R$14,94 bilhões, impulsionada por fibra, pós-pago e serviços digitais
A Telefônica Brasil (BOV:VIVT3), operando sob a marca Vivo, divulgou nesta quinta-feira (30/10) seu balanço do terceiro trimestre de 2025, registrando lucro líquido de R$1,9 bilhão, alta de 13,3% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado superou a expectativa média de analistas, que projetavam R$1,7 bilhão, segundo dados da LSEG.
O desempenho reflete a estratégia da empresa em expandir serviços de fibra e impulsionar a receita de pós-pago, além de diversificar suas fontes de faturamento com soluções corporativas, TIC e serviços digitais, segmento que cresceu 22,8% na base anual, fortalecendo significativamente a receita fixa.
O Ebitda da Telefônica Brasil atingiu R$6,5 bilhões, 9% acima do resultado do terceiro trimestre de 2024, enquanto a receita líquida totalizou R$14,94 bilhões, alta de 6,5% em relação ao ano anterior. A receita de serviços móveis avançou 5,5%, impulsionada pelo crescimento do pós-pago (+8%), embora o pré-pago tenha registrado queda de 7,6%. Já o faturamento com serviços de rede fixa teve aumento histórico de 9,6%, alcançando R$4,35 bilhões, impulsionado pela expansão da base de fibra, que atingiu 30,5 milhões de domicílios em 450 cidades, adicionando 2,2 milhões de novos clientes.
No fechamento desta quinta-feira (30/10), a ação VIVT3 encerrou cotada a R$34,08, estável em relação ao pregão anterior, dentro de uma faixa de 52 semanas que vai de R$23,165 a R$35,10. Os investidores deverão acompanhar atentamente o impacto da expansão da fibra e do crescimento dos serviços digitais nos próximos trimestres, enquanto a empresa consolida sua liderança no setor de telecomunicações no Brasil.
A Telefônica Brasil é uma das principais operadoras de telecomunicações do país, oferecendo serviços de telefonia móvel e fixa, banda larga e soluções digitais, atuando sob a marca Vivo. Entre seus principais concorrentes estão Claro, TIM e Oi.
Teleconferência
A Telefônica Brasil (VIVT3) mantém aberta a possibilidade de voltar às compras no segmento de fibra óptica para ampliar sua presença na banda larga fixa no país. A sinalização ocorre após a companhia desistir da aquisição da Desktop (DESK3), operadora com atuação concentrada principalmente no interior de São Paulo.
“Nosso crescimento em fibra vem sendo puxado, sobretudo, pela expansão orgânica, que continua como prioridade. Porém, se surgir uma oportunidade alinhada à nossa estratégia, podemos avaliar uma aquisição”, afirmou o CEO da Telefônica Brasil, Christian Gebara, em conversa com jornalistas nesta sexta-feira, após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre.
Segundo ele, as negociações com a Desktop não avançaram porque as condições não se mostraram favoráveis. “Não chegamos a um acordo. Neste momento, não há uma negociação em curso. Mas, se aparecer alguma alternativa que faça sentido em termos de sobreposição de rede, qualidade técnica e preço, vamos olhar”, destacou.
Gebara também comentou a parceria recente com a Perplexity, que disponibiliza um ano de acesso gratuito à plataforma de inteligência artificial para clientes da operadora. Ele afirmou que a adesão vem crescendo, mas não detalhou números.
Outro ponto abordado foi o plano de desinvestimento em ativos relacionados à rede de cobre. A companhia pretende negociar cerca de R$ 4,5 bilhões até 2028.
Apenas no terceiro trimestre, foram vendidos R$ 34 milhões em cobre e R$ 200 milhões em imóveis. “A tendência é que as vendas de cobre acelerem. Já anunciamos que, nos próximos três anos, devemos vender cerca de R$ 3 bilhões desse ativo”, afirmou.
Sobre um possível leilão de frequências para o 6G pela Anatel, Gebara avaliou que o debate ainda é prematuro. Ele destacou que a tecnologia não tem, por enquanto, nem aparelhos compatíveis disponíveis no mercado.
“Antes de pensar em 6G, precisamos concluir as obrigações do 5G e finalizar a migração do modelo de concessão para autorização. Não é o momento dessa discussão”, concluiu.
VISÃO DO MERCADO
A Telefônica Brasil (VIVT3), controladora da Vivo, encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,9 bilhão, crescimento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar do resultado positivo, as ações recuavam 3,26% por volta das 12h50, negociadas a R$ 32,97.
Segundo a XP Investimentos, o desempenho foi consistente. A receita veio em linha com o previsto, mas o que chamou atenção foi o baixo índice de cancelamentos nos planos pós-pagos e de fibra (FTTH), além do controle de despesas e da geração de caixa sólida. A corretora também destacou que o trimestre já começou a refletir os primeiros efeitos da migração para o regime de autorização, movimento importante para a simplificação operacional da companhia.
“Nós seguimos vendo a Vivo como nossa principal aposta no setor, devido à combinação de dividendos atrativos, resiliência do portfólio e perspectivas de crescimento”, afirmou a XP, que projeta aceleração dos resultados até 2028.
O BTG Pactual também avaliou os números como fortes e dentro das expectativas, reforçando o perfil defensivo da empresa. O banco apontou que a Vivo negocia a cerca de 13 vezes o lucro estimado para 2026, com um dividend yield próximo de 8%, nível considerado competitivo frente a pares globais. O BTG manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 31.
Já o Bradesco BBI fez uma ponderação: embora parte dos números tenha surpreendido positivamente, isso se deveu, em parte, a fatores não recorrentes, como a venda de ativos. O banco também chamou atenção para a desaceleração da receita de serviços móveis, que cresceu 5,5% em 12 meses — abaixo do ritmo observado nos trimestres anteriores.
O Itaú BBA adotou uma postura semelhante, destacando que a Vivo segue entregando resultados estáveis, mas que a desaceleração da Receita de Serviços de Telecom (MSR) traz dúvidas sobre a capacidade de manter um crescimento acima da inflação. Ainda assim, o banco vê avanço consistente nas estratégias de monetização, especialmente no segmento corporativo e na plataforma Vivo Total.
Já o Goldman Sachs apontou que o lucro ficou 21% acima da projeção do banco e 9% acima do consenso do mercado, impulsionado por um EBITDA mais forte e uma alíquota de impostos menor. Outro ponto relevante foi o ganho de R$ 232 milhões com a venda de ativos ligados às antigas concessões — acima dos R$ 168 milhões estimados. A companhia manteve a expectativa de levantar cerca de R$ 4,5 bilhões com esse processo entre 2026 e 2027.
Recomendações dos analistas
- Monte Bravo: rebaixou a recomendação para neutra, com preço-alvo de R$ 31, citando setor maduro, maior concorrência e múltiplos já esticados.
- Itaú BBA: recomendação neutra e preço-alvo de R$ 35,50, entendendo que parte do potencial já está refletido no preço.
- Goldman Sachs: manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 34.
Em resumo, o mercado reconhece que a Vivo segue sólida, com disciplina financeira e boa capacidade de geração de caixa. O debate agora se concentra no ritmo de crescimento daqui para frente — especialmente em um setor mais competitivo e diante de uma economia que pode trazer desafios adicionais.
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