
Produção recorde no 3T25 e expectativas de estímulos chineses impulsionam ações da mineradora brasileira, enquanto pares internacionais mostram ganhos variados em um dia de recuperação para commodities.
Nesta quarta-feira (29/10), as ações da Vale (BOV:VALE3) | (NYSE:VALE) capturaram o otimismo do mercado de minério de ferro, fechando em alta na B3 e refletindo a resiliência da gigante brasileira em um cenário de negociações comerciais EUA-China que aquecem a demanda global. A VALE3 subiu 1,93%, cotada a R$ 63,40, com volume expressivo de 30,8 milhões de ações negociadas, superando a abertura em R$ 62,82 e testando máxima de R$ 63,69 antes de uma mínima de R$ 62,71. Esse movimento positivo alinha-se ao Ibovespa em tendência de alta, onde a Vale continua sendo peso-pesado, representando cerca de 10% do índice e atraindo fluxos de investidores locais em busca de exposição a commodities.
Nas negociações internacionais, a ADR da Vale na NYSE seguiu o embalo doméstico, avançando 3,47% para US$ 12,0231, com robusto volume de 48,9 milhões de ADRs trocados, partindo de uma abertura em US$ 11,86 e oscilando entre máxima de US$ 11,94 e mínima de US$ 11,745. Essa performance superior à B3 destaca o apetite de investidores estrangeiros por ativos emergentes, especialmente em um dia em que o S&P 500 testou recordes, impulsionado por techs, mas com spillover para materiais básicos graças à recuperação do minério.
A correlação direta com os preços do minério de ferro foi evidente hoje, com a commodity registrando ganhos que sustentaram a alta das ações da Vale. O contrato de referência para 62% Fe CFR em Singapura fechou em US$ 106,45 por tonelada, alta de 0,7%, enquanto em Dalian, o janeiro de 2026 subiu 1,96% para 804,5 iuanes (cerca de US$ 113,32). Esses avanços, o terceiro dia consecutivo de ganhos, foram catalisados por otimismo com um possível acordo comercial EUA-China e demanda firme por aço na China, o maior importador global. Embora os preços permaneçam voláteis em torno de US$ 105-113, a tendência positiva ajudou a Vale a superar a média setorial, reforçando sua posição como maior produtora de pelotas e minério fino.
Entre os fatores que moldaram o pregão da Vale nesta quarta-feira, o destaque foi o relatório de produção do terceiro trimestre de 2025, revelando 94,4 milhões de toneladas de minério de ferro – o maior volume desde 2018, com alta de 5,5% ante o 2T25 e foco em eficiência operacional em Carajás e Itabira. Esse recorde, impulsionado por ramp-up em projetos como Vargem Grande e redução de custos em 8% com logística otimizada, reacendeu apostas em margens EBITDA acima de 50%. No entanto, sombras pairam com a reunião da liderança chinesa, que pode anunciar estímulos fiscais para infraestrutura, mas também alertas sobre rentabilidade de siderúrgicas locais, limitando a euforia.
Adicionalmente, a Vale avançou em sua agenda de sustentabilidade, discutindo rotas para descarbonizar a mineração brasileira em eventos globais, alinhando-se à transição energética e atraindo ESG funds. A estatal também negocia com a Ma’aden (Arábia Saudita) um investimento de R$ 8 bilhões em pesquisa mineral no Brasil, anunciado pelo governo federal, o que pode diversificar receitas além do minério. Por outro lado, a controvérsia em torno de barragens pós-Brumadinho persiste, com auditorias ambientais pressionando custos, mas a empresa reportou zero incidentes graves no 3T, o que acalmou investidores preocupados com riscos regulatórios.
Comparando com pares globais no setor de mineração, a Vale teve um dia de destaque, superando a maioria em ganhos, mas ficando atrás de algumas líderes australianas. A BHP (NYSE:BHP) | (ASX:BHP) avançou 1,31% para US$ 57,8775 na NYSE e 2,82% para AU$ 2.227 na ASX, beneficiada por diversificação em cobre e potássio, com yield de dividendos em 5,2%. A Rio Tinto (NYSE:RIO) | (LSE:RIO) performou ainda melhor, subindo 0,31% para US$ 72,21 na NYSE e 2,55% para £ 5.546 na LSE, graças a projetos em lítio e alumínio que mitigam a dependência do minério. Já a Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF), mais exposta a aço nos EUA, despencou 9,58% para US$ 12,74, penalizada por tarifas comerciais e margens apertadas.
A ArcelorMittal (NYSE:MT) | (Euronext:MT), gigante integrada de minério e aço, teve dia negativo, caindo 3,51% para US$ 38,3746 na NYSE e 1,61% para € 33,61 na Euronext, impactada por custos energéticos na Europa e fraqueza na demanda automotiva. No Brasil, a CSN Mineração (BOV:CMIN3) subiu modestamente 0,67% para R$ 6,00, em linha com a Vale, mas com menor volume. A Vale, portanto, saiu-se melhor que ArcelorMittal e Cleveland-Cliffs – que sofreram com oversupply e geopolítica – e em par com BHP, mas perdeu para Rio Tinto, cuja estratégia em metais críticos para EVs a posiciona à frente na transição verde.
- Produção Record no 3T: 94,4MT de minério, +5,5% vs 2T, impulsionando margens.
- Minério em Alta: +0,7% Singapura (US$106,45/t), +1,96% Dalian (US$113,32/t) por otimismo China-EUA.
- Sustentabilidade: Rotas de descarbonização e parceria Ma’aden (R$8B em pesquisa).
- Reunião Chinesa: Estímulos potenciais para aço, mas rentabilidade de usinas limita upside.
- Custos Logísticos: Redução de 8% apoia EBITDA >50%.
Para investidores atentos ao ciclo de commodities, a Vale reforça seu apelo como hedge contra inflação e play de valor em minério, especialmente com yields projetados em 8-10% para 2025. O próximo catalisador será o balanço do 3T, em 30 de outubro, que pode confirmar guidance de 320-340MT anuais.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.
Análise Técnica Vale – VALE3
Após o pregão de quarta-feira (29/10), as ações da Vale (BOV:VALE3) encerraram cotadas a R$ 63,40, com alta expressiva de 1,93%, aproximando-se da resistência técnica de R$ 63,99. O papel operou entre R$ 62,71 e R$ 63,69, com forte volume financeiro de R$ 1,95 bilhão, bem acima da média dos últimos três meses. A análise técnica mostra predominância de indicadores altistas: 6 dos 13 sinalizam compra, incluindo médias móveis de 5 e 21 períodos, HILO e Parabólico SAR. No entanto, o rompimento da banda superior de Bollinger e o IFR sobrecomprado sugerem atenção para possível reversão de curto prazo.
O campo de tendência segue em alta, reforçado pelo Trix ascendente e pelo CCI acima de 100, embora este último também indique risco de correção. O papel vem de uma sequência de formações de candlestick com viés baixista nas últimas semanas, como Harami de Baixa e Engolfo de Baixa, o que reforça a necessidade de cautela. O rompimento da resistência de R$ 63,99 pode abrir caminho para os próximos alvos em R$ 65,35 e R$ 65,66, enquanto a perda do suporte em R$ 61,33 pode levar o ativo a testar R$ 59,80 e R$ 59,22.
Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.
Possíveis estratégias de trade com VALE3 para quinta-feira (30/10)
Para o pregão de quinta-feira (30/10), os traders devem monitorar de perto o comportamento de VALE3 em relação à resistência de R$ 63,99. Um rompimento com volume acima da média pode configurar entrada compradora com alvos em R$ 65,35 e R$ 65,66, e stop abaixo de R$ 62,71. A tendência de alta é sustentada por múltiplos indicadores, mas o IFR sobrecomprado e o rompimento da banda de Bollinger pedem atenção para possíveis realizações.
Caso o ativo não consiga romper a resistência e volte a perder o suporte de R$ 61,33, estratégias de venda podem ser consideradas, com alvos em R$ 59,80 e R$ 59,22. O uso de stops curtos é recomendado, dado o cenário técnico misto e a presença de padrões de reversão baixista recentes. O volume elevado e o fechamento próximo da máxima do dia indicam força compradora, mas o mercado pode buscar equilíbrio antes de definir nova direção.
Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.
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