A atividade industrial da zona do euro apresentou uma ligeira melhora em outubro

O setor industrial da zona do euro deu um pequeno, mas significativo, passo em direção à estabilização em outubro. De acordo com os dados mais recentes da S&P Global e do Hamburg Commercial Bank (HCOB), o Índice de Gerentes de Compras (PMI) manufatureiro subiu para 50,0, alcançando o patamar considerado neutro e registrando seu nível mais alto em dois meses. O resultado veio em comparação com os 49,8 da Projeção de setembro, indicando uma pausa na sequência de contração.

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A melhora, no entanto, não foi uniforme entre as maiores economias do bloco. O relatório destacou que países como Espanha e Grécia tiveram avanços mais robustos em suas condições industriais. Por outro lado, as potências Alemanha, França e Áustria ainda seguem no território de contração, embora tenham desacelerado o ritmo de declínio.

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O economista-chefe do HCOB, Cyrus de la Rubia, ofereceu uma análise cautelosa sobre os números. “No setor manufatureiro da zona do euro, podemos, na melhor das hipóteses, falar de um indício muito frágil de recuperação econômica. A produção aumentou por oito meses consecutivos, mas não há um impulso real, já que está crescendo praticamente no mesmo ritmo modesto dos meses anteriores. Enquanto isso, a demanda em toda a economia da zona do euro permaneceu fraca, com os novos pedidos estagnados no mesmo nível do mês anterior”, comentou Cyrus de la Rubia.

Para os mercados financeiros, um PMI estagnando no limiar de 50 pontos é um sinal ambivalente. Por um lado, afasta temporariamente o fantasma de uma recessão mais profunda, o que pode trazer algum alívio para as bolsas de valores europeias, como o Euronext 100 (EU:N100) e o DAX (DBI:DAX). Por outro, a ausência de um vigor real na demanda e na produção mantém o Banco Central Europeu em um caminho delicado para os próximos passos sobre os juros. Moedas como o Euro (FX:EURUSD) e títulos soberanos da região podem experimentar volatilidade moderada, à espera de indicadores mais decisivos.

No contexto atual, a notícia age como um pequeno fôlego para o sentimento de risco global. A estagnação do PMI no patamar neutro, longe de ser um motivo de euforia, sugere que a economia europeia ainda busca uma trajetória clara de recuperação, o que mantém os investidores atentos a cada novo dado que surgir.

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