Atividade comercial da América Latina deve ganhar força em 2025

A Atividade comercial da América Latina e do Caribe deve atravessar 2025 com mais fôlego, segundo um novo relatório divulgado nesta quarta-feira pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da ONU. O documento indica que o ambiente externo, embora desafiador, tende a ser menos adverso do que se temia inicialmente, especialmente após a imposição de novas tarifas pelos Estados Unidos. De acordo com o estudo, a região deve registrar um avanço de 5% no valor exportado, ritmo superior ao crescimento de 4,5% observado em 2024.

A Cepal explicou que esse aumento será sustentado por um crescimento de 4% no volume exportado e por um acréscimo de 1% nos preços internacionais. O México, maior exportador da região, desponta como destaque, com expectativa de elevação de 5% em suas remessas ao exterior. Em seu relatório, a entidade destacou: “O impacto desses aumentos tarifários no dinamismo do comércio global foi menor do que o inicialmente previsto, em grande parte devido à aceleração das importações e ao acúmulo de estoques por empresas americanas durante o primeiro trimestre e ao forte ritmo do comércio entre as economias asiáticas”. Ainda assim, ponderou que “No entanto, a perspectiva para o comércio global de bens em 2026 é menos promissora”.

Diante desse cenário, o avanço previsto para 2025 tende a oferecer algum suporte ao mercado de ações latino-americano, que costuma reagir de forma particularmente sensível ao dinamismo do comércio internacional. Moedas locais, especialmente as de economias fortemente exportadoras, também podem apresentar volatilidade moderada, enquanto títulos soberanos podem se beneficiar parcialmente de um ambiente global menos tensionado no curto prazo.

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